A região centro-sul do Brasil iniciou a safra 2025/26 com números abaixo do esperado, pressionando o setor sucroenergético logo no começo da temporada.
Produtividade da cana recua 16,6% no início da safra
Para começar, os dados divulgados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) mostram uma queda de 16,6% na produtividade da cana em abril. O volume colhido foi de 72,7 toneladas por hectare, contra 87,2 toneladas no mesmo período da safra anterior.
Além disso, o Açúcar Total Recuperável (ATR) médio caiu para 112 kg por tonelada de cana. Isso representa uma retração de 3%, o que reduz a eficiência da produção de açúcar e etanol por hectare.
Queda no TAH agrava cenário produtivo
Em seguida, o indicador TAH (toneladas de ATR por hectare) também caiu. Ele atingiu apenas 8 toneladas por hectare, marcando uma redução de 20% em relação ao ciclo 2024/25.
Contudo, o CTC destacou que o déficit hídrico acumulado está dentro da normalidade, com cerca de 300 mm. Além disso, o risco de florescimento — que compromete o rendimento da cana — permanece baixo, exceto no Triângulo Mineiro e em Goiás.
Chuvas recentes podem impulsionar recuperação da moagem
Logo após, a consultoria Datagro indicou que várias usinas optaram por adiar o início da moagem. A decisão foi estratégica, aproveitando as chuvas de abril para melhorar o desenvolvimento da cana.
No entanto, analistas da S&P Global Commodity Insights projetam nova queda na moagem para a primeira quinzena de maio: recuo estimado em 9,9% frente ao mesmo período do ano anterior.
Produção de açúcar será prioridade na safra
Por fim, especialistas da JOB Economia apontam uma tendência clara: mais cana será destinada à produção de açúcar. Essa medida visa manter a oferta do produto mesmo com redução no volume colhido.
Leia mais na matéria completa da Forbes Agro, que detalha os impactos da nova safra.