Segundo o mais recente Semanal de Preços da Horticultura, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), foram analisadas as 10 hortaliças mais comercializadas no CeasaMinas. Entre elas estão a abóbora moranga, abobrinha, alho, batata, cebola, cenoura, chuchu, pimentão, quiabo e tomate. Dentre as principais variações de preço, o maior destaque foi para a abóbora moranga, que registrou um aumento expressivo de 75% na primeira semana, seguido por uma elevação adicional de 20,1%, resultando no preço de R$ 3,66 por quilo. A variação média da abóbora foi de 34,7%, o que demonstra uma elevação considerável no período analisado.
A abobrinha italiana, por sua vez, apresentou uma queda inicial de 36,2%, atingindo o valor de R$ 1,22 por quilo, mas logo após passou por uma recuperação de 27%, encerrando o período a R$ 1,55 por quilo. Apesar dessa recuperação parcial, a média semanal indicou uma redução de 9,9%. Já a cebola teve uma trajetória de queda contínua, com decréscimos de 9,1% e 20%, chegando ao preço de R$ 2,00 por quilo na segunda semana, e registrando uma queda média de 18,8% ao longo do período.
Outras hortaliças, como o pimentão verde, também apresentaram quedas acentuadas. Na segunda semana, o pimentão caiu 19,9%, fechando o período a R$ 2,22 por quilo. O chuchu, que teve uma queda inicial de 33,5%, viu uma alta expressiva de 67,5%, alcançando o preço final de R$ 2,63 por quilo. Já o tomate longa vida AA enfrentou duas quedas significativas, de 18,2% e 44,4%, mas se recuperou na segunda semana, resultando em uma variação média positiva de 4%.
No relatório, foi observado também que os preços do alho brasileiro, batata e quiabo mantiveram-se estáveis ao longo do período analisado. Por outro lado, os produtos que registraram aumentos foram a abóbora moranga, a cenoura e o tomate. Em contrapartida, hortaliças como abobrinha italiana, cebola, chuchu e pimentão apresentaram reduções nos preços.
As variações nos preços dessas hortaliças foram influenciadas por diversos fatores, incluindo condições climáticas, questões logísticas e a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Por exemplo, a redução na colheita de inverno impactou diretamente a oferta de tomate, enquanto as altas temperaturas prejudicaram a integridade dos bulbos de cebola, comprometendo sua qualidade.
A SEAPA, em colaboração com instituições vinculadas como a Emater-MG, Epamig e IMA, realiza o monitoramento contínuo dos preços dos principais produtos comercializados no CeasaMinas, no entreposto de Contagem. O objetivo desse acompanhamento é garantir o abastecimento alimentar em Minas Gerais, identificando tendências de oferta e demanda. A análise mais recente, que cobre o período de 16 a 27 de setembro de 2024, se baseou nos preços médios praticados na unidade Grande BH, fornecendo informações valiosas para o mercado agrícola do estado.