O período eleitoral está batendo à porta, e com ele, a responsabilidade de escolher quem irá traçar os rumos não só de Fortaleza, mas de todo o Estado. Para o agro cearense, que desempenha um papel crucial na economia do Nordeste, essa escolha é ainda mais significativa. Fortaleza, maior mercado consumidor do Ceará e um dos principais centros econômicos do Brasil, precisa estar atenta às necessidades do campo e das cadeias produtivas que a abastecem.
Fortaleza, com seus mais de 2,7 milhões de habitantes, é uma peça chave na engrenagem que movimenta a economia do estado. Segundo dados do IBGE, a capital cearense representa cerca de 45% do PIB estadual e figura entre as 10 maiores economias municipais do Brasil. Isso significa que, para o agronegócio cearense prosperar e continuar sendo um dos pilares da nossa economia, é necessário que políticas públicas eficientes e voltadas para o agro sejam prioritárias na agenda dos futuros governantes.
As eleições municipais de Fortaleza têm o poder de definir estratégias que impactam diretamente o setor agropecuário. A infraestrutura logística, o consumo dos produtos do campo, as políticas de incentivo fiscal e de desburocratização para escoar a produção agrícola são pautas fundamentais. Isso sem mencionar as ações voltadas à segurança hídrica e ao incentivo à inovação tecnológica, que já são, hoje, demandas urgentes para os produtores rurais.
O cenário eleitoral também abre espaço para uma reflexão sobre a representatividade do agro nas decisões políticas. A capital consome uma enorme quantidade de produtos vindos do interior do estado, seja de pequenos produtores, seja das grandes fazendas de grãos, fruticultura, camarão e outras atividades. Por isso, é necessário que os futuros prefeitos e vereadores não vejam apenas o campo como um fornecedor, mas como um parceiro estratégico no desenvolvimento econômico.
Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE) apontam que, atualmente, o agronegócio cearense responde por cerca de 13% do PIB do estado e é responsável por milhares de empregos diretos e indiretos. Só a cadeia do camarão, por exemplo, representa mais de 20 mil empregos no interior. Boa parte dessa produção tem como destino os mercados da capital, que precisa cada vez mais de uma gestão voltada para o fortalecimento dessa cadeia.
Por isso, escolher bem os candidatos que compreendam a importância do agro, suas necessidades e que sejam comprometidos em incentivar políticas de desenvolvimento sustentável é essencial. Fortaleza não pode caminhar sem olhar para o campo, e o campo depende da cidade para prosperar. Essa simbiose precisa ser valorizada nas urnas.
Essa é a hora de decidir o futuro de Fortaleza e, por extensão, o futuro do desenvolvimento do agro cearense. Uma escolha consciente agora pode significar um ciclo de crescimento para o nosso setor nos próximos anos. Estamos ligados!
——————————————
Esta coluna é escrita por Diego Trindade, sul-mato-grossense que escolheu o Ceará como sua casa. Diego atua conectando o agro e traz para você informações exclusivas sobre acordos, projetos e inovações que impulsionam o setor.