De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os preços do café permanecem atrativos para os produtores brasileiros, impulsionados por uma combinação de oferta restrita e demanda elevada. A valorização do grão, especialmente do robusta, segue em alta, refletindo o cenário de produção limitada. O Brasil, como maior produtor mundial de café, enfrentou dificuldades climáticas nas safras de 2021 e 2022, o que afetou negativamente a produção. Esses eventos climáticos adversos também atingiram outros grandes produtores, como o Vietnã, gerando uma queda significativa nos estoques globais de café e elevando a pressão sobre os preços.
Essa redução na oferta global tem sido um dos principais fatores para o aumento expressivo nos preços do café no mercado internacional. A crescente demanda por café, tanto do tipo arábica quanto do robusta, tem sustentado a valorização do grão, beneficiando diretamente os produtores brasileiros. As exportações do Brasil alcançaram números recordes em 2024, com 32,1 milhões de sacas de 60 quilos exportadas entre janeiro e agosto, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Esse número representa um aumento significativo de 40,1% em relação ao mesmo período de 2023.
O desempenho robusto das exportações coloca o Brasil em posição de potencialmente superar o recorde histórico de 43,9 milhões de sacas exportadas em 2020. Esse aumento nas exportações ressalta a importância do café brasileiro no mercado global, consolidando o país como um fornecedor essencial para a demanda internacional. Além disso, mesmo com os desafios climáticos recentes, os produtores brasileiros têm conseguido se beneficiar da alta nos preços, encontrando um ambiente de negócios favorável e aproveitando o cenário de mercado que segue aquecido. O contexto atual, marcado pela oferta limitada e forte demanda, parece garantir a continuidade de preços elevados no futuro próximo, proporcionando boas oportunidades para o setor cafeeiro no Brasil.