O desembolso do crédito rural atingiu a marca de R$ 293,1 bilhões nos primeiros oito meses do Plano Safra 2023/24, registrando um crescimento de 17% em comparação ao mesmo período da safra anterior. Este montante representa 67% do total programado para a atual safra, que é de R$ 435,8 bilhões.
Do valor total desembolsado, R$ 164 bilhões foram destinados a financiamentos de custeio, R$ 69 bilhões para investimentos, R$ 36 bilhões para operações de comercialização e R$ 24 bilhões para industrialização. Ao longo desse período, foram formalizados 1.517.656 contratos, com destaque para 1.133.860 contratos no Pronaf e 144.716 no Pronamp.
Os produtores na agricultura empresarial (médios e grandes) receberam R$ 251 bilhões em crédito rural, representando um aumento de 19% em relação ao ano anterior e correspondendo a 69% do total programado pelo governo para esse segmento, que é de R$ 364,2 bilhões.
Os pequenos e médios produtores receberam, respectivamente, R$ 42 bilhões no Pronaf e R$ 39,3 bilhões no Pronamp. No que diz respeito aos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa RenovAgro registrou contratações de R$ 4,9 bilhões, refletindo um aumento de 41% em relação ao mesmo período da safra anterior. Os financiamentos para o Pronamp alcançaram R$ 3,9 bilhões, uma alta de 101%.
Um destaque importante é a participação dos recursos livres equalizáveis, que atingiram R$ 13,6 bilhões, um aumento significativo de 338% em relação à safra anterior. Além disso, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA Livre) representou 49% do total das aplicações da agricultura empresarial nos primeiros oito meses da safra atual, somando R$ 123,9 bilhões, um aumento de 115% em relação à safra anterior.
Esses números, extraídos do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), demonstram o papel crucial do crédito rural na sustentação e expansão do agronegócio brasileiro, impulsionando a produção e contribuindo para o desenvolvimento do setor agropecuário.