Como a criação de gado no sertão molda histórias e tradições no Ceará
A criação de gado no sertão segue como uma das atividades mais marcantes da identidade rural cearense. No programa Vida de Agro, acompanhamos de perto a rotina de Humberto, bovinocultor de Crateús que encontrou no rebanho de Guzerá não apenas sustento, mas propósito, tradição e conexão profunda com o território onde nasceu.
Criação de gado no sertão: rotina que começa cedo e nunca termina
O produtor conta que a criação de gado no sertão exige dedicação diária. Antes mesmo de iniciar qualquer outra atividade, ele verifica os animais, observa a ordenha, acompanha o manejo e monitora a reprodução.
Segundo Humberto, cada bovino passa a ter nome, história e personalidade. Esse vínculo, explica, é um dos fatores que fazem o trabalho no campo ser tão apaixonante.
Além disso, o clima do sertão define o ritmo da produção. Há um curto período de chuvas seguido por longos meses de seca, o que torna essencial adotar estratégias de convivência com a aridez, como o uso de novas tecnologias e técnicas de alimentação voltadas ao período seco.
O papel da genética na criação de gado no sertão
Humberto utiliza o touro Guzerá para melhoramento genético do rebanho. A raça é conhecida por sua rusticidade e alta adaptação ao clima semiárido, o que a torna ideal para a criação de gado no sertão.
Ele destaca que a retomada das exposições agropecuárias na região tem sido essencial para aproximar produtores, facilitar o acesso à genética de elite e fortalecer a cadeia produtiva local.
Desafios e esperança para quem vive da criação de gado no sertão
A falta de chuva continua sendo o maior desafio. Produzir volumoso para alimentar o rebanho durante longos períodos de estiagem exige planejamento e assistência técnica. Humberto explica que a ausência dessas orientações por muitos anos prejudicou gerações de produtores.
No entanto, ele vê avanços importantes e acredita que a continuidade de feiras, exposições e políticas de apoio pode transformar a realidade da criação de gado no sertão.
Identidade, pertencimento e paixão pelo sertão
Para Humberto, viver em Crateús é viver em casa. Depois de anos na capital, voltou ao sertão para permanecer. Segundo ele, o território, o clima, o gado e a comunidade rural constituem um modo de vida que nenhuma cidade grande substitui.
A rotina cansativa se mistura com sentimento de realização — especialmente ao ver eventos retomados, produtores motivados e a cadeia leiteira renascendo na região.
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