O futuro do agro é regenerativo
A agricultura regenerativa vem se consolidando como o novo caminho para o agronegócio global. Mais do que uma tendência, ela representa uma mudança estrutural no modelo de produção.
O objetivo é regenerar solos, aumentar a biodiversidade e reduzir o impacto ambiental — sem abrir mão da produtividade.
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), um terço dos solos do planeta está degradado devido ao uso excessivo de insumos químicos e manejo intensivo. Além disso, a ONU alerta que, até 2050, 90% dos solos podem estar comprometidos, afetando a produção de alimentos e a segurança alimentar mundial.
Agricultura regenerativa: um novo modelo de produção
A agricultura regenerativa busca restaurar a saúde do solo e dos ecossistemas agrícolas por meio de técnicas que imitam a natureza.
Entre as principais práticas estão a cobertura vegetal permanente, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o uso de bioinsumos e o manejo racional da água.
De acordo com a Embrapa Solos (2024), propriedades que adotam sistemas regenerativos registram até 25% de aumento na fertilidade do solo e redução de 40% no uso de fertilizantes e defensivos.
Essas práticas tornam as lavouras mais resilientes às mudanças climáticas, reduzem custos e contribuem para uma agricultura mais lucrativa e sustentável.
Um movimento global com impacto econômico
A transição para a agricultura regenerativa é também uma oportunidade econômica.
O relatório The Regenerative Agriculture Opportunity (BCG, WBCSD e CEBDS, 2023) mostra que o modelo pode gerar US$ 100 bilhões em valor econômico até 2050, impulsionando novas cadeias produtivas e criando empregos no campo.
Além disso, grandes empresas como Nestlé, Danone, Unilever e Bayer já implementam políticas de compras sustentáveis, priorizando fornecedores com práticas regenerativas.
Esse movimento está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente os ODS 2 (Fome Zero), 12 (Consumo Responsável) e 13 (Ação Climática). Dessa forma, o agro regenerativo conecta rentabilidade e responsabilidade ambiental.
O Brasil e o Ceará na vanguarda do agro regenerativo
O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do planeta e um histórico de inovação agrícola, o que o coloca naturalmente à frente nessa transformação.
A Embrapa destaca que os solos tropicais brasileiros têm alto potencial de regeneração quando manejados corretamente.
No Ceará, a Serra da Ibiapaba se tornou um exemplo de avanço. Produtores de Guaraciaba do Norte e região vêm adotando práticas regenerativas com apoio do Sebrae/CE e do Sistema FAEC/Senar Ceará.
Assim, o estado desponta como referência em produção sustentável e inovação agrícola. A Ibiapaba Agrotech 2025, que terá como tema “Agricultura Regenerativa”, reforça esse movimento e posiciona o Ceará como protagonista do agro do futuro.
Um futuro mais fértil e consciente
A transição para o agro regenerativo é mais do que uma tendência — é uma necessidade global.
Portanto, o produtor que investir em regeneração do solo, biodiversidade e eficiência hídrica estará mais preparado para enfrentar os desafios climáticos e de mercado.
Dessa forma, o futuro do agronegócio será mais equilibrado e produtivo.
O futuro do agro é regenerativo porque o futuro do planeta depende de um campo saudável.
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