Modelo que impulsiona pequenos produtores e fortalece o agro brasileiro As cooperativas agropecuárias se consolidam como uma das principais estratégias para fortalecer pequenos e médios produtores no Brasil. No Ceará, esse modelo ganha destaque ao promover união, eficiência e competitividade no campo. Assim, o cooperativismo se torna um motor de desenvolvimento regional, ampliando oportunidades e organizando produtores em torno de objetivos comuns. Como funciona o sistema cooperativo O Sistema OCB, composto pela OCB e pelo SESCOOP Ceará, oferece assessoria jurídica, contábil, financeira e capacitação para cooperativas de todos os ramos. Dessa forma, produtores recebem suporte especializado, ampliando a qualidade da gestão e a sustentabilidade dos negócios. Hoje, o Brasil conta com sete ramos representados pela OCB: agro, crédito, consumo, trabalho, transporte, saúde e infraestrutura. Além disso, as cooperativas cearenses atuam em diversas áreas, como leite, frutas, hortaliças, artesanato e produção vegetal. Serviços compartilhados que reduzem custos O cooperativismo se destaca por viabilizar serviços compartilhados. Por exemplo, um produtor com pequena área teria alto custo para manter um trator próprio, que ficaria ocioso grande parte do ano. Entretanto, dentro de uma cooperativa com 200 associados, essa mesma máquina opera continuamente, reduzindo custos e aumentando produtividade. Além disso, comprar insumos em grande volume permite negociação direta com fabricantes, garantindo preços menores. Por isso, o associado recebe produtos mais baratos, aumentando sua competitividade no mercado. Assistência técnica como diferencial As cooperativas também fortalecem os produtores com assistência técnica especializada. Muitas mantêm equipes próprias de agrônomos, veterinários e especialistas em suas cadeias produtivas. Assim, hortaliças, leite ou frutas recebem orientação técnica adequada e contínua. Hoje, as cooperativas são o maior fornecedor privado de assistência técnica rural do Brasil, ficando atrás apenas do setor público. Consequentemente, o produtor recebe orientação estratégica para inovar, melhorar manejo e aumentar produtividade. História que inspira: Seu Moisés, de Limoeiro do Norte O quadro História de Produtor Rural trouxe a trajetória de Seu Moisés, um exemplo de dedicação e persistência na pecuária leiteira. Ele começou produzindo apenas 20 litros de leite por dia, conciliando trabalho e família. Depois disso, investiu em melhorias, genética e tecnologias. Aos 69 anos, segue apaixonado pela pecuária de leite. Com 17 anos de inseminação artificial, construiu um rebanho de alta qualidade e formou quatro filhos, que hoje trabalham no mesmo segmento dentro da propriedade. Segundo ele, o segredo está em manter o foco, investir em assistência técnica e buscar inovação constantemente. “Se você muda o foco, você não cresce. Mas se você segue firme no propósito, o sucesso chega”, afirma. Impacto nacional do cooperativismo O Brasil possui mais de 1.600 cooperativas agropecuárias, reunindo milhões de produtores. Juntas, elas são responsáveis por cerca de 50% da produção agropecuária do país. Dessa forma, o cooperativismo mostra sua relevância econômica e social, promovendo inclusão produtiva, sustentabilidade e desenvolvimento regional. 📺 Gostou do conteúdo?Siga, comente e compartilhe as matérias do Portal TV AgroMais. Assim, você acompanha mais notícias sobre o futuro do agro e as inovações que estão moldando o campo brasileiro. Assista a matéria completa a baixo:
Brasil mira exportações de DDG
Brasil entra na disputa global pelos DDGs O Brasil iniciou uma movimentação inédita no mercado internacional de DDG e DDGS, coprodutos do etanol de milho usados na nutrição animal. Pela primeira vez, o País passa a disputar um segmento que, até agora, era dominado pelos Estados Unidos. Além disso, o avanço ocorre em um momento estratégico, já que a China demonstra forte interesse em diversificar fornecedores. Durante anos, os EUA concentraram quase todo o comércio global desses insumos. Apenas em 2024, a China importou 99,6% dos DDGs diretamente dos norte-americanos, movimentando cerca de US$ 65 milhões. Por isso, a entrada do Brasil nesse cenário representa uma mudança importante nos fluxos comerciais internacionais. China habilita plantas brasileiras e acelera o movimento Segundo Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), há grande apetite das companhias chinesas pelos DDGs brasileiros. Desde maio, quando Pequim autorizou oficialmente a entrada do produto feito no Brasil, delegações estatais e privadas têm visitado unidades nacionais para conhecer a estrutura produtiva. Em novembro, ocorreram as primeiras habilitações. Cinco plantas brasileiras foram autorizadas a exportar DDGs para a China. Além disso, outras onze unidades aguardam avaliação das autoridades chinesas. Por isso, Nolasco estima que os primeiros embarques devem ocorrer no início de 2026. Etanol de milho impulsiona a oferta O interesse chinês coincide com o crescimento acelerado da indústria de etanol de milho no Brasil. O Mato Grosso é o centro dessa expansão. A Conab prevê uma colheita de 54,2 milhões de toneladas de milho na safra 2025/26. Por isso, a produção nacional de etanol e de coprodutos deve continuar crescendo. No mercado interno, o DDG é disputado pela bovinocultura, suinocultura e avicultura. Entretanto, a oferta disponível encontra limites. As vendas no mercado spot caíram e novos contratos só são negociados para janeiro em diante. Assim, parte do avanço do setor deverá vir das exportações. Exportações atingem recorde histórico Dados da Scot Consultoria mostram que os embarques seguem em forte crescimento. Até outubro, o Brasil exportou 714,9 mil toneladas de DDG e DDGS, o maior volume já registrado para o período. Como resultado, houve um salto de 15,9 vezes nas exportações em apenas sete anos, desde 2019. A projeção é de novo recorde em 2025. Entre os principais compradores estão Turquia (34,7%), Vietnã (28,7%), Nova Zelândia (13,9%) e Espanha (12,2%). Esse cenário reforça a diversificação da demanda global. Por que a China quer DDG? Para entender o movimento chinês, é necessário observar sua matriz alimentar. A China é o maior produtor e consumidor de carne suína do planeta. Por isso, depende de uma estrutura colossal de ração baseada em milho e farelo de soja. Contudo, esses insumos apresentam riscos de oferta, volatilidade de preços e pressões geopolíticas. O DDG surge como uma alternativa que reduz riscos e diversifica as formulações de ração. Ele mantém boa oferta proteica e pode ser usado em suínos, aves e bovinos. Assim, o produto se encaixa em uma política ativa da China de reorganização das cadeias de insumo para reduzir vulnerabilidades externas. Um relatório recente do Insper Agro Global reforça essa análise. Segundo a instituição, a abertura ao DDG brasileiro faz parte de uma estratégia ampla da China para diminuir sua dependência dos EUA e ampliar segurança logística e comercial. O tamanho da oportunidade brasileira Embora a demanda chinesa anual seja de cerca de 7 milhões de toneladas — acima da produção brasileira estimada em 5,5 milhões —, o setor trabalha com metas progressivas. A Unem projeta que entre 20% e 35% da produção nacional poderá ser destinada ao mercado externo sem comprometer o consumo doméstico. Além disso, o Brasil espera crescer internamente. O Imea estima que a produção nacional possa atingir 6 milhões de toneladas até a safra 2030/31. Entretanto, para consolidar o País como fornecedor global competitivo, será necessário avançar em logística, certificações, inteligência comercial e relações institucionais com mercados estratégicos. 📺 Gostou do conteúdo?Siga, comente e compartilhe as matérias do Portal TV AgroMais. Assim, você acompanha mais notícias sobre o futuro do agro e as inovações que estão moldando o campo brasileiro.
Missões Internacionais do Agro Cearense
Ceará avança em duas missões internacionais em 2026 As missões internacionais, promovidas pela Faec, Abid e Senar, começam em março de 2026 e aproximam o Ceará de dois dos maiores polos de irrigação do mundo. Essas missões internacionais fortalecem o intercâmbio técnico e ampliam as oportunidades de inovação no campo. Visitas técnicas à Espanha e aos Estados Unidos As viagens ocorrerão de 1 a 30 de março de 2026 e incluem visitas à Andaluzia e à Califórnia. Além disso, cada destino oferecerá experiências práticas, análises de tecnologias e encontros com especialistas em irrigação. Por isso, empresários, pesquisadores e técnicos terão acesso a soluções que podem ser aplicadas no Ceará e em outras regiões do Brasil. Andaluzia: referência em sustentabilidade e irrigação eficiente A Andaluzia será o primeiro destino da missão. A viagem ocorrerá de 1 a 8 de março. Durante esses dias, o grupo visitará distritos irrigados, infraestruturas hídricas e centros de pesquisa. Além disso, os participantes aprenderão diretamente com profissionais da região. Dessa forma, será possível compreender modelos de gestão que equilibram produtividade e sustentabilidade. Tecnologias agrícolas e cultivos de alto valor A região é referência mundial na produção de azeite de oliva. Além disso, cultiva amêndoas, uvas, cítricos e hortaliças de alto valor econômico. Esses resultados só são possíveis porque a Andaluzia utiliza técnicas eficientes e protege seus recursos naturais. Consequentemente, o território mantém um equilíbrio entre biodiversidade e desenvolvimento.Para saber mais sobre o setor agrícola espanhol, consulte o portal oficial do Governo da Andaluzia (fonte externa recomendada). Califórnia: o maior polo agrícola dos Estados Unidos Depois disso, entre 20 e 30 de março, a missão seguirá para a Califórnia. O foco será entender como o estado se tornou líder agrícola nos Estados Unidos. Além disso, o grupo estudará práticas de irrigação e modelos de gestão hídrica que influenciam a produção de alimentos em todo o país. Produção e estrutura agrícola californiana A Califórnia possui 69 mil propriedades rurais e mais de 10 milhões de hectares agrícolas. Portanto, sua estrutura produtiva é essencial para abastecer os Estados Unidos. Mais de 50% das frutas e vegetais consumidos no país saem de lá. Além disso, o estado lidera a produção de lácteos, o que reforça sua importância econômica. Apoio técnico da Universidade da Califórnia Davis A Universidade da Califórnia Davis apoiará tecnicamente a missão. A instituição é referência mundial em pesquisas sobre agricultura e sustentabilidade. Por isso, seus laboratórios e centros de estudo serão fundamentais para ampliar o conhecimento das equipes do Ceará. Assim, os participantes poderão comparar tecnologias, entender regulações e identificar oportunidades de inovação que se encaixem na realidade brasileira. 📺 Gostou do conteúdo?Siga, comente e compartilhe as matérias do Portal TV AgroMais. Assim, você acompanha mais notícias sobre o futuro do agro e as inovações que estão moldando o campo brasileiro.