O Nordeste expande produção de grãos e desafia a tendência de queda observada no restante do país. Enquanto o Brasil deve registrar retração de 3,7% na safra 2025/26, a região nordestina cresce 4,4%, alcançando 32,75 milhões de toneladas, segundo a Conab e o IBGE. Esse avanço confirma a força agrícola do Nordeste, impulsionada especialmente por Bahia, Maranhão e Piauí, que concentram mais de 90% da produção regional. Nordeste expande produção de grãos com clima favorável Ao contrário do Sul, que enfrenta impactos do fenômeno La Niña, o Nordeste expande produção de grãos com apoio de um clima mais equilibrado. As chuvas devem ficar próximas ou acima da média no oeste da Bahia, sul do Piauí e Maranhão. Esse cenário favorece culturas como soja, milho e feijão-caupi, fortalecendo a safra de verão e estimulando novos investimentos agrícolas. Na Bahia, a Conab projeta 14,65 milhões de toneladas colhidas em 2025/26, com tendência de nova alta em 2026. A soja continua liderando, com rendimento médio próximo de 3.500 kg/ha.O Maranhão mantém estabilidade nas áreas de arroz irrigado e amplia o cultivo de soja e milho, superando 8,8 milhões de toneladas. Já o Piauí deve colher 6,7 milhões de toneladas, consolidando-se como o terceiro maior polo agrícola do Nordeste. Agricultura familiar sustenta crescimento regional Nos estados do semiárido, a agricultura familiar sustenta o avanço da produção. Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte registraram altas expressivas, impulsionadas por programas públicos e maior regularidade das chuvas. No Ceará, a produção subiu 46,8% em 2025, com produtividade média de 648 kg/ha.A Paraíba cresceu 37,9%, e o Rio Grande do Norte, 51,6%, recuperando áreas afetadas por estiagens anteriores. Esse desempenho reflete três fatores principais: retorno das chuvas, reativação de famílias agricultoras e o chamado efeito base, já que 2024 teve forte quebra de safra. Feijão-caupi, milho e arroz ganham destaque O feijão-caupi, resistente à seca, é destaque na agricultura familiar. No Piauí, mais de 800 mil hectares foram cultivados com a leguminosa, com produtividade média de 560 kg/ha. A expectativa para 2026 é de leve alta e expansão também no Maranhão e no interior da Bahia. O milho, que sofre retração em outras regiões, mantém estabilidade no Nordeste. Ele é usado tanto na comercialização quanto na rotação com a soja. Já o arroz de sequeiro, embora com menor peso econômico, segue relevante em áreas familiares do Maranhão, Piauí e Alagoas, voltado ao consumo local e consorciado com mandioca ou milho. Cenário nacional em queda, mas Nordeste resiste Em nível nacional, a produção de grãos deve cair 3,7% em 2026, puxada por milho (-9,3%) e arroz (-6,5%). Apenas a soja deve crescer 1,1%, atingindo 167,7 milhões de toneladas. Mesmo assim, a área total colhida no Brasil deve aumentar 1,1%, alcançando 81,5 milhões de hectares, com apoio de novas tecnologias. A capacidade de armazenagem também cresceu 1,8%, totalizando 231,1 milhões de toneladas, o que melhora a logística e a rentabilidade, especialmente no Nordeste. Essa estrutura reforçada ajuda os produtores da região a decidir o melhor momento de venda, garantindo competitividade mesmo em um cenário nacional mais desafiador. 📺 Comenta aqui, compartilhe e acompanhe tudo na TV Portal AgroMais!
Expo Agro Vale do Jaguaribe encerra com legado e novas parcerias para o agro cearense
Após três dias intensos — de 12 a 14 de novembro — a Expo Agro Vale do Jaguaribe 2025 encerra sua primeira edição consolidando-se como um marco para o agronegócio do Ceará. O evento deixou um legado de conhecimento, conexões e novas parcerias que prometem impulsionar a economia rural da região. Entre os temas em destaque estiveram sustentabilidade, inovação, crédito rural e gestão de cadeias produtivas — com ênfase nas atividades de leite, mel, banana e camarão, pilares da produção jaguaribana. Segundo a Agência de Notícias do IBGE, o valor da produção da aquicultura no Brasil chegou a R$ 132,8 bilhões em 2024, representando um crescimento de 8,8% em relação a 2023. Ainda conforme o IBGE, a aquicultura respondeu por R$ 10,2 bilhões em 2023, com expansão de 16,6% sobre o ano anterior. Na fruticultura, os resultados também impressionam. De acordo com o Portal Folha do Vale, o Ceará produziu 481,4 mil toneladas de banana em 2024, mostrando a força da agricultura irrigada no semiárido. Mais do que celebrar resultados, a Expo Agro Vale do Jaguaribe mostrou que o futuro doagro cearense está na integração entre tecnologia, sustentabilidade e cooperação. O evento conectou produtores, empresários, técnicos e gestores públicos em um mesmo propósito: gerar valor, abrir mercados e fortalecer o agro regional. 🌾 O legado da Expo Agro Vale do Jaguaribe 2025 já se espalha pelo Ceará, mostrandoque o campo está pronto para ir além — da porteira pra fora. Acompanhe os melhores momentos do evento na TV Portal AgroMais e continue conectado às transformações do agronegócio cearense. Comenta aqui, compartilhe e fique ligado no Portal AgroMais para mais novidades
Entrega Física de Milho Derivativo
O Brasil registra a primeira entrega física de derivativos de grãos em mais de 15 anos. A operação marca um avanço histórico no mercado agrícola nacional. O Balcão Agrícola do Brasil (BAB) realizou a entrega de 1.800 toneladas de milho no terminal ferroviário da Rumo, em Rondonópolis (MT). O movimento reforça o papel do BAB na integração entre o mercado físico e o mercado de derivativos. Com isso, o agronegócio ganha mais eficiência, transparência e oportunidades. Inovação no mercado com entrega física de derivativos A entrega física de derivativos começou após a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Desde setembro de 2025, o Balcão Agrícola do Brasil opera oficialmente. O mercado respondeu com entusiasmo e registrou aumento no número de contratos. De acordo com Eric Cardoni, diretor-presidente do BAB, o formato foi bem aceito. “O mercado gostou da entrega física. Há grande interesse em utilizar essa forma de liquidação nos primeiros contratos”, afirmou. A entrega, equivalente a três contratos, representa o início de uma nova fase. Para novembro e dezembro, estão previstas novas liquidações, que somam 9.000 toneladas adicionais. BAB conecta derivativos ao mercado físico O BAB aproxima o mercado financeiro do mercado físico de grãos. Diferente dos derivativos da B3, que têm liquidação apenas financeira, o modelo do BAB permite a entrega física. Assim, compradores e vendedores negociam diretamente, com menor risco. Cardoni explica que esse modelo elimina o “risco de basis”, a diferença entre o preço local e o contrato futuro da bolsa de Chicago. “Esse formato é mais eficiente. Ele permite gerenciar risco e comercializar o físico com o mesmo instrumento.” Além disso, os contratos do BAB são padronizados e negociados em reais, o que simplifica o hedge e torna as operações acessíveis a produtores de todos os portes. Liquidação física: marco para o agronegócio brasileiro A entrega física de derivativos surge em um cenário de produção recorde de grãos no Brasil. Ao mesmo tempo, o mercado global enfrenta grande volatilidade. Com tarifas chinesas sobre a soja dos EUA e oscilações nos prêmios, o BAB torna-se essencial para o hedge local. O contrato liquidado envolveu milho com entrega em outubro e pagamento no início de novembro. Esse processo completou todo o ciclo: negociação, registro e liquidação. O BAB, com investimento principal da Rumo, fortalece a modernização do mercado agrícola. Agora, produtores e investidores contam com um ambiente de negociação mais seguro, simples e eficiente. 📺 Comenta aqui, compartilhe e acompanhe tudo na TV Portal AgroMais!
Copa Mangalarga Marchador fortalece a equinocultura no Ceará
A Copa Mangalarga Marchador realizada durante a Expo Cariri consolidou-se como um dos maiores eventos da equinocultura cearense. O encontro reuniu criadores, produtores e apaixonados por cavalos em uma celebração de tradição, técnica e amor pelo campo.O evento foi destaque no programa Sertão Nosso, exibido pela TV Portal Agro Mais, e mostrou como o setor equino vem crescendo e fortalecendo a economia rural no Ceará. 🐎 Copa Mangalarga Marchador: união e recorde no Cariri A Copa Mangalarga Marchador foi marcada por união e superação. Com 83 animais competindo, o evento bateu o recorde anterior de Fortaleza, que era de 81.Além disso, a competição contou com o apoio do Núcleo do Ceará, do Núcleo de Pernambuco e da Associação Nacional dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador. O evento teve ainda a presença de Marco Siqueira, diretor nacional da entidade. “Nosso intuito é unir o marchador do estado do Ceará. Este é só o começo de algo ainda maior”, destacou um dos organizadores. Com tanto sucesso, o grupo já planeja o futuro. A meta é reunir 150 animais na próxima edição, consolidando o Cariri como um dos polos mais importantes da marcha nordestina. 🌾 Equinocultura: força e tradição do sertão Mais do que uma competição, a Copa Mangalarga Marchador é um símbolo do fortalecimento da equinocultura, atividade que movimenta a economia rural e valoriza a cultura sertaneja.Por isso, criadores de várias regiões participaram do evento, promovendo integração, troca de experiências e incentivo à criação de cavalos de marcha. O cavalo Mangalarga Marchador, conhecido por sua docilidade e resistência, representa tradição, esporte e desenvolvimento econômico. Assim, ele conecta gerações e transforma a vida de quem vive no campo. 🤝 Expo Cariri: vitrine do agro nordestino Realizada em um dos maiores centros agropecuários do interior do estado, a Expo Cariri é uma verdadeira vitrine do agro nordestino.A feira reúne produtores, criadores e empreendedores rurais, com exposições de bovinos, caprinos, ovinos e equinos.Além disso, o evento oferece palestras técnicas e apresentações culturais que reforçam o papel do Cariri como um polo de inovação, negócios e tradição rural.Por isso, a Expo Cariri mostra que o agro cearense cresce com união, tecnologia e propósito. 🐴 Um futuro promissor para o cavalo cearense O fortalecimento da Copa Mangalarga Marchador reflete o avanço da equinocultura no Ceará.Com apoio técnico e a dedicação dos criadores, o estado caminha para se tornar uma referência regional em genética e treinamento de equinos de marcha. “Este evento é um embrião. Ano que vem, será ainda maior. Vamos continuar unindo esforços para fortalecer o cavalo cearense”, reforçaram os organizadores. Assim, o Ceará mostra que o sertão tem talento, paixão e força para continuar crescendo no cenário da equinocultura brasileira. Assista à reportagem completa na TV Portal AgroMais 👉 Assista ao vídeo completo abaixo e comente sua opinião sobre o impacto do empreendedorismo rural no futuro do agro.