O Brasil deve renovar o recorde de exportação de carne bovina em novembro, consolidando 2025 como o melhor ano da história do setor, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).De janeiro a outubro, os embarques cresceram 16% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionados pela forte demanda global e pela diversificação dos destinos. De acordo com projeções da Abiec, caso o ritmo atual seja mantido, o país deve ultrapassar a marca histórica ainda este mês, alcançando o maior volume exportado desde o início dos registros em 1997. Crescimento expressivo nas exportações de carne bovina Em outubro de 2025, o Brasil exportou 357 mil toneladas de carne bovina, gerando uma receita de US$ 1,9 bilhão. O número representa um crescimento de 39,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior.Esse desempenho reforça a posição brasileira como líder global nas exportações de carne bovina, superando concorrentes tradicionais como Estados Unidos e Austrália. A Abiec destaca que o aumento no volume embarcado se deve à eficiência produtiva do setor pecuário, à expansão dos frigoríficos habilitados para exportação e à valorização do produto brasileiro no mercado internacional. China mantém liderança entre os compradores A China segue como o principal destino da carne bovina brasileira, respondendo por 48,1% do total exportado. Entre janeiro e outubro, o país asiático importou 1,34 milhão de toneladas, o equivalente a US$ 7,1 bilhões. Em segundo lugar, aparecem os Estados Unidos, que, mesmo com uma sobretaxa de 50% imposta sobre produtos brasileiros, ampliaram significativamente suas compras. Foram 232 mil toneladas, somando US$ 1,38 bilhão, um aumento de 45% em volume e 38% em valor em comparação com 2024. O desempenho norte-americano já supera o total importado em todo o ano passado, reforçando o apetite internacional pela proteína brasileira. Novos mercados e expansão global Além de China e EUA, outros mercados também ampliaram suas compras em 2025. Os maiores crescimentos foram registrados no México (+213%), União Europeia (+109%), Rússia (+50,4%) e China (+75,5%).Esses números reforçam a diversificação dos destinos de exportação, reduzindo a dependência de um único mercado e fortalecendo o posicionamento do Brasil como potência agroexportadora. Para a Abiec, o cenário indica crescimento sustentável e perspectivas positivas para o último bimestre do ano. O país deve fechar 2025 com recorde histórico em volume e receita de exportações de carne bovina. Comenta aqui, compartilhe e fique ligado na TV Portal AgroMais para mais novidades sobre agricultura regenerativa e o agro do futuro!
Faec articula criação do Conseleite no Ceará
A implantação do Conseleite no Ceará está em andamento e promete fortalecer a cadeia produtiva do leite no estado. A iniciativa, articulada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), busca promover transparência na precificação e equilíbrio entre produtores e indústrias de laticínios. Na última sexta-feira (7), a sede da Faec, em Fortaleza, recebeu o médico veterinário Ronei Volpi, fundador do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleite) do Paraná. O encontro reuniu lideranças do setor agropecuário, representantes da indústria e instituições de ensino, com o objetivo de discutir o modelo que deve ser adotado no estado. União entre produtores e indústrias Durante o encontro, estiveram presentes o presidente da Faec, Amílcar Silveira, o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Ceará (Sindlaticínios), José Antunes Mota, o vice-presidente regional da Faec e representante do Movimento dos Produtores de Leite do Ceará (Movleite), Francisco Almir Severo, além de representantes do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e da indústria leiteira. O Conseleite, já consolidado em estados como Paraná e Santa Catarina, é uma entidade que reúne produtores e indústrias de forma paritária para definir critérios técnicos de precificação do leite. A proposta é estabelecer valores de referência transparentes, com base em análises de mercado e custos de produção. Avanço da cadeia do leite no Ceará Para Amílcar Silveira, a criação do Conseleite no Ceará é um passo fundamental para o desenvolvimento da cadeia leiteira. “Queremos buscar harmonia entre todos os elos da cadeia, aumentar a produtividade e divulgar com clareza quanto o produtor recebe e quanto o consumidor paga”, afirmou. Já o idealizador do modelo, Ronei Volpi, destacou o potencial cearense. “Estamos à disposição para ajudar na melhoria da cadeia do leite no Ceará. A experiência do Paraná pode servir de base para fortalecer o setor”, explicou. A partir deste encontro, a Faec deve conduzir as próximas etapas de articulação institucional e formalização do Conseleite cearense, com o apoio de entidades parceiras. Fortalecimento e inovação para o agro cearense A implantação do Conseleite no Ceará representa mais que um avanço econômico — é uma oportunidade de valorizar o produtor rural, promover segurança jurídica nas negociações e estimular boas práticas produtivas. Com o apoio técnico da Embrapa, do Sebrae Ceará e de instituições como o IFCE, o estado dá um passo importante rumo a um modelo mais competitivo, equilibrado e sustentável para o setor lácteo. Comenta aqui, compartilhe e fique ligado na TV Portal AgroMais para mais novidades sobre agricultura regenerativa e o agro do futuro!
Retomada do Algodão no Ceará impulsiona nova base tecnológica
Pesquisa e inovação fortalecem o cultivo de algodão no Cariri e abrem caminho para uma fibra de qualidade superior A retomada do algodão no Ceará ganha força com o apoio de instituições estratégicas como Embrapa, FAEC, Senar, Sebrae e Senai. Esse movimento marca uma nova fase para a cotonicultura no estado, agora baseada em pesquisa, tecnologia e sustentabilidade. Durante visita ao Campo Experimental da Embrapa Algodão, em Barbalha, pesquisadores destacaram o avanço de uma nova base tecnológica que promete revolucionar a produção. Diferente da era anterior — marcada pelos impactos do bicudo-do-algodoeiro —, o novo modelo prioriza redução de custos e aumento da rentabilidade. Assim, a produção se torna mais eficiente e viável para o produtor rural. Embrapa lidera pesquisa e inovação na cotonicultura Há mais de 25 anos, a Embrapa Algodão desenvolve pesquisas voltadas para o aumento da produtividade e da qualidade da fibra. O trabalho também busca adaptar o cultivo às condições de solo e clima do Cariri cearense. Os resultados são claros: a fibra produzida no Ceará apresenta qualidade superior em comparação com outras regiões do país. Isso ocorre por causa da combinação entre solo fértil, alta luminosidade e temperatura ideal para o desenvolvimento do algodão. Além disso, cultivares como a BRS 700 têm mostrado desempenho diferenciado e grande potencial para atender mercados premium de algodão de fibra longa, semelhantes ao algodão egípcio, reconhecido mundialmente pela resistência e maciez. Indicação geográfica valoriza o algodão cearense Com o apoio do Sebrae Ceará, a Embrapa trabalha na indicação geográfica de origem (IG) do algodão produzido no Cariri. Essa certificação garante o reconhecimento da qualidade e procedência do produto, agregando valor e fortalecendo sua identidade regional. “A indicação geográfica é uma forma de valorizar o trabalho do produtor e destacar o Ceará no mapa da cotonicultura nacional”, afirmam especialistas da Embrapa. Além disso, a certificação abre portas para novos mercados e atrai investimentos. Assim, o algodão cearense ganha visibilidade e passa a competir em nível nacional e internacional. Parcerias estratégicas garantem sustentabilidade e crescimento O sucesso da retomada do algodão no Ceará depende da união entre pesquisa, capacitação e mercado. Por isso, instituições como Embrapa, FAEC, Senar, Sebrae e Senai formam um ecossistema de inovação que acelera a transferência de tecnologia e fortalece a cadeia produtiva. Essa colaboração garante que o conhecimento científico chegue até o campo, beneficiando produtores e modernizando o manejo agrícola. Dessa forma, a produção se torna mais sustentável e lucrativa. “Estamos construindo uma nova base tecnológica, com foco em sustentabilidade, qualidade e rentabilidade. O algodão do Cariri tem tudo para se tornar referência no Brasil”, afirmam os pesquisadores da Embrapa. Com fibra mais nobre e processos otimizados, o algodão cearense se consolida como símbolo de prosperidade e inovação agrícola no Nordeste. Assista à reportagem completa na TV Portal AgroMais 👉 Assista ao vídeo completo abaixo e comente sua opinião sobre o impacto do empreendedorismo rural no futuro do agro.