Palavras-chave: algodão Cariri, indicação geográfica, FAEC, Embrapa Algodão, FIEC O Algodão do Cariri Cearense está prestes a conquistar a Indicação Geográfica (IG) — reconhecimento que garante procedência e qualidade ao produto. Durante a ExpoCariri 2025, a FAEC, a FIEC/SENAI, o Sebrae e a Embrapa vão apresentar o Painel da Indicação Geográfica do Algodão, um marco para o setor. Segundo a Embrapa Algodão, o Ceará possui mais de 30 mil hectares aptos para o cultivo da fibra longa BRS 700FL B3RF, reconhecida pela sua resistência e qualidade têxtil. A IG vai fortalecer a rastreabilidade da produção e aumentar o valor agregado do produto, posicionando o Cariri como uma das regiões mais promissoras da nova era da cotonicultura no Brasil. Portal Agro Mais — valorizando o que o Ceará tem de mais genuíno.Por Jakeline Diógenes — A Marketeira do Agro Acompanhe mais histórias e bastidores em @portalagromais e @jakelinediogenes.
EPROCE realiza três encontros em outubro e novembro fortalecendo o agro cearense
Eventos reúnem produtores, lideranças e especialistas para discutir inovação, sustentabilidade e futuro do campo O EPROCE – Encontro dos Produtores Rurais do Ceará segue unindo forças e fortalecendo o agro cearense com uma série de encontros regionais entre outubro e novembro de 2025. As edições, realizadas em Fortaleza, Quixeramobim e Caucaia, abordam temas como sustentabilidade, gestão, inovação e o futuro do agronegócio no semiárido nordestino. Além disso, os eventos reúnem produtores, empresários, pesquisadores e representantes de instituições que desempenham papel fundamental no desenvolvimento rural do Estado. EPROCE Fortaleza reúne produtores e líderes do setor agro No dia 31 de outubro, o EPROCE Fortaleza acontece na Churrascaria Nativas Grill, no bairro Meireles, a partir das 12h. O encontro contará com palestra de Luiz Gastão, presidente da Fecomércio, que apresentará o tema “A contribuição do Sistema Fecomércio, SESC e SENAC no fortalecimento do Agro Cearense”. Com essa edição, o EPROCE reforça a importância das parcerias institucionais e da integração entre o setor produtivo e o sistema de formação e capacitação profissional. EPROCE no Sertão Central destaca sustentabilidade e queijo artesanal Em seguida, no dia 7 de novembro, o EPROCE chega ao Sertão Central, com encontro realizado no Restaurante Renato Carnes Assadas, em Quixeramobim. O evento trará o tema “Leite & Corte – Sustentabilidade das Fazendas no Semiárido”, com foco também na valorização do queijo artesanal. Entre os palestrantes confirmados estão: O encontro reforça a troca de experiências entre produtores e técnicos e o papel do conhecimento como pilar para a sustentabilidade no campo. EPROCE Caucaia debate o cenário atual do agro brasileiro Dando sequência ao calendário de encontros, o EPROCE Caucaia acontece no dia 28 de novembro, a partir das 12h, na Fazenda BOISA. O evento contará com a presença de Raimundo Delfino Filho, CEO da Santana Textiles, e Luiz Roberto Barcelos, fundador da Agrícola Famosa, que abordarão o tema “Cenário Atual do Agro no Brasil”. Essa edição reforça a relevância do Ceará no panorama nacional, destacando o papel das indústrias, da exportação e das cadeias produtivas na geração de emprego e renda no estado. EPROCE: união, conhecimento e prosperidade no campo A sequência de encontros mostra que o EPROCE vai além de um evento: é um movimento que valoriza o produtor rural e fortalece o agro cearense. Com diálogo, inovação e cooperação, o EPROCE segue cumprindo seu papel de conectar o campo com o futuro, incentivando práticas mais sustentáveis e rentáveis em todo o Estado.
Agro cearense em expansão
Investimentos e eventos impulsionam novas fronteiras agrícolas no estado O agro cearense vive um momento de expansão e consolidação de novas fronteiras agrícolas. Impulsionado por investimentos privados e apoio do governo estadual, o setor avança em três regiões estratégicas: Ibiapaba, Chapada do Apodi e Chapada do Araripe. Juntas, elas formam o novo mapa da produção agrícola do Ceará, com destaque para culturas como tomate, pimentão e algodão. Ibiapaba: hortifruticultura em ascensão Na Chapada da Ibiapaba, o futuro da agricultura passa pela construção de novos reservatórios de água, essenciais para o fortalecimento da hortifruticultura. A região já se destaca como polo produtor de tomate e pimentão colorido, além de apostar em berries de alto valor agregado, como morango, amora, framboesa e mirtilo. O tema foi destaque durante a Coalizão Agro, realizada em Guaraciaba do Norte, que reuniu pesquisadores e grandes empresários do setor, entre eles Edson Trebeschi, maior produtor brasileiro de tomate. Segundo os participantes, a Ibiapaba é o local ideal para o cultivo protegido — sob estufas modernas, que já ocupam 600 hectares na região, superando, em qualidade, as de Almeria, na Espanha. Durante o evento, o secretário executivo do Agronegócio da SDE, Sílvio Carlos Ribeiro, confirmou a chegada da empresa norte-americana Emcocal, que iniciará pesquisas sobre a adaptação de variedades de berries ao clima local. Chapada do Apodi: tecnologia e algodão de qualidade A Chapada do Apodi, no Oeste do estado, também vem se consolidando como uma das grandes promessas do agro cearense. A combinação de solo fértil e irrigação tem permitido o cultivo de soja, sorgo, palma forrageira e algodão. Fazendas como Nova Agro, de Raimundo Delfino, e Flor da Serra, de Luiz Girão, são exemplos do potencial produtivo e tecnológico da região. Nesta semana, a Fazenda Nova Agro iniciou a colheita mecanizada de algodão, cuja qualidade foi comparada à do algodão egípcio pelo Laboratório Têxtil da FIEC. O resultado reforça o êxito do projeto Algodão do Ceará, uma parceria entre FAEC, FIEC e Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE). Araripe: nova fronteira do agronegócio No Sul do estado, a Chapada do Araripe atrai empresários do Matopiba (Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia) interessados nas condições favoráveis da região — altitude de 900 metros, solo fértil e clima ameno. O local já registra cultivos de soja e prepara o terreno para a próxima safra de algodão, consolidando-se como nova fronteira agrícola do Ceará. ExpoCariri e o fortalecimento do agro Outro destaque recente é a ExpoCariri 2025, que ocorrerá entre 30 de outubro e 1º de novembro em Barbalha, organizada pela FAEC, Sebrae e Governo do Estado. Realizada na Fazenda Experimental da Embrapa Algodão, a feira terá 170 estandes — o triplo da edição anterior — e reunirá empresas de diversos segmentos do agro. A feira promete ser a principal vitrine da produção caririense, atraindo produtores dos 25 municípios da região e de estados vizinhos como Pernambuco, Paraíba e Piauí. Segundo Amílcar Silveira, presidente da FAEC, o momento é de otimismo: “O produtor rural do Ceará é, antes de tudo, um forte. Homens e mulheres dedicados a produzir alimentos de qualidade para todos. Isso ficará evidente na ExpoCariri 2025.” Ceará se consolida como referência agrícola Com investimentos em irrigação, inovação e eventos técnicos, o agro cearense demonstra força e resiliência. As novas fronteiras agrícolas mostram que o estado pode diversificar sua produção, aumentar exportações e atrair capital nacional e estrangeiro. Além disso, o calendário do setor continua intenso. Entre 3 e 5 de novembro, o Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, sediará o XXXIV Congresso Brasileiro de Irrigação e Drenagem, reunindo especialistas e lideranças do agronegócio. Com isso, o Ceará reforça seu papel como protagonista do agro nordestino, unindo tradição, tecnologia e sustentabilidade.
Balança comercial do Brasil cresce
Exportações impulsionam saldo positivo em outubro A balança comercial do Brasil segue positiva e demonstra a força do setor exportador. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o país manteve desempenho expressivo em outubro, mesmo diante de oscilações no mercado global. Somente na terceira semana de outubro, as exportações somaram R$ 39 bilhões, enquanto as importações chegaram a R$ 33 bilhões. O saldo semanal foi de R$ 6 bilhões, com movimentação total de R$ 72 bilhões, reforçando o vigor das transações internacionais brasileiras. Crescimento sustentado nas exportações No acumulado do mês, o Brasil já exportou R$ 101 bilhões e importou R$ 83 bilhões, mantendo um saldo favorável de R$ 18 bilhões. Assim, a corrente de comércio já ultrapassa R$ 183 bilhões apenas em outubro. Entre janeiro e meados de outubro, o comércio exterior brasileiro alcançou quase R$ 2,8 trilhões em transações — um recorde histórico. Desse total, R$ 1,52 trilhão correspondem às exportações e R$ 1,25 trilhão às importações, resultando em um superávit de R$ 268 bilhões. Comparado ao mesmo período de 2024, o avanço é notável. As exportações diárias cresceram 6%, atingindo R$ 7,76 bilhões em média. Já as importações tiveram alta de 1,1%, chegando a R$ 6,36 bilhões por dia. Agropecuária e mineração em destaque O desempenho da balança comercial do Brasil tem forte influência do setor agropecuário. A agropecuária registrou alta de 12,7% nas exportações diárias, enquanto a indústria extrativa cresceu 23,4%. Esses números mostram o protagonismo do campo e das commodities brasileiras no cenário internacional. Por outro lado, a indústria de transformação apresentou retração de 2,5% nas exportações médias diárias, impactada por variações de preço e demanda global. Nas importações, houve movimento inverso: a indústria de transformação aumentou suas compras em 2,6%, enquanto a agropecuária caiu 0,5% e a extrativa recuou 22%. O agro sustenta o saldo positivo Esses resultados evidenciam a resiliência do agronegócio, que segue sustentando o superávit da balança comercial do Brasil. Mesmo com oscilações externas, o campo mantém sua competitividade, garantindo receitas e fortalecendo a economia nacional. Além disso, o desempenho do agro confirma o papel estratégico do Brasil como fornecedor global de alimentos, minérios e energia renovável. O país consolida sua posição como líder nas exportações de soja, milho, carne e café, reforçando a importância da sustentabilidade e da inovação nas cadeias produtivas. Portanto, os dados da Secex revelam não apenas o bom momento da balança comercial, mas também as oportunidades para produtores e indústrias que buscam expandir sua presença no mercado internacional.