A equinocultura como negócio tem se mostrado uma excelente oportunidade de investimento no agronegócio cearense. No programa Da Porteira pra Fora, apresentado por Jakeline Diógenes no Portal AgroMais, o tema foi debatido sob a ótica do empreendedorismo, da sustentabilidade e da paixão pelos cavalos. Por que investir na equinocultura como negócio? Antes de tudo, entender a equinocultura como negócio é reconhecer que ela vai além do lazer e da tradição. O setor movimenta milhões e gera empregos, impactando desde a criação de animais até o turismo rural. Durante o programa, o empresário à frente do Arasland, conhecido como o “Country Club do Sertão”, explicou como transformou o amor pelos cavalos em empreendimento sustentável. O espaço oferece lazer em família, ensino técnico e incentivo à convivência com os animais — sempre com foco na gestão eficiente e no uso da ciência aplicada ao agro. Equinocultura e conhecimento técnico caminham juntos Assim como todo ramo do agronegócio, a equinocultura como negócio requer preparo e estudo. No Arasland, consultores como o Dr. Tenório, especialista em biomecânica, e a Dra. Tatiana, neonatologista equina, oferecem treinamentos e orientações técnicas. Além disso, o conhecimento teórico, inspirado em obras como Gestão de Equinos de Daniel Autoni, ajuda produtores a gerirem seus plantéis com visão empresarial. Como resultado, há ganhos em produtividade, bem-estar animal e rentabilidade. Modalidades esportivas impulsionam o mercado de equinos O Ceará tem se destacado em modalidades como vaquejada, manga larga marchador e ranch sorting. Essa expansão é fruto da parceria entre o Arasland, a Associação Cearense do Mangalarga e a Associação Cearense do Esporte Equestre. Dessa forma, o Estado vem se consolidando como polo de referência nacional em equinocultura, atraindo novos investidores e fortalecendo o setor com eventos, provas e treinamentos. Para quem deseja começar, o segredo está em unir ciência, gestão e paixão. Quando há planejamento, a equinocultura deixa de ser apenas um hobby e se transforma em um negócio rentável. Assista à reportagem completa na TV Portal AgroMais Por fim, o programa Da Porteira pra Fora, apresentado por Jakeline Diógenes, destacou como o empreendedorismo na equinocultura como negócio vem transformando o agro cearense. A reportagem está disponível no canal da TV Portal AgroMais, no YouTube. 👉 Assista ao vídeo completo abaixo e comente sua opinião: você acredita que o conhecimento técnico é o caminho para tornar a equinocultura um negócio sustentável? 🎥 Assista agora:
Plano Clima Brasileiro em Debate
O Plano Clima brasileiro voltou ao centro das discussões nesta quarta-feira (22), durante o 10º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo. O tema mobilizou parlamentares e representantes do setor rural, que pedem ajustes antes da votação no Congresso. De acordo com os líderes do agro, o texto atual do Plano Clima brasileiro aumenta custos, impõe novas obrigações e cria mais restrições para quem vive do campo. Setor rural questiona o Plano Clima brasileiro Durante o congresso, a senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina classificou o plano como um “desastre” para a agropecuária. Ela defendeu que o conteúdo passe pelo Congresso Nacional, garantindo análise técnica e transparência. Além disso, afirmou que o grupo articula um projeto de lei para submeter o Plano Clima brasileiro à revisão do Legislativo. Segundo Tereza Cristina, decisões estratégicas sobre o clima e a produção precisam ser tomadas com equilíbrio e diálogo. “O que está colocado ali penaliza o setor produtivo. O Brasil não pode correr o risco de entregar decisões a grupos que prejudiquem o país”, enfatizou. Ex-ministros defendem ajustes e diálogo O ex-ministro Roberto Rodrigues também criticou a proposta atual. Para ele, o Plano Clima brasileiro atribui ao agronegócio responsabilidades que pertencem ao desmatamento ilegal, uma prática criminosa que não deve ser confundida com a produção sustentável. De forma direta, Rodrigues afirmou que “o plano coloca nos ombros do agro emissões que pertencem a quem desmata, e não ao produtor que trabalha de forma regular”. Assim, ele defende que o governo corrija a metodologia e reconheça os avanços ambientais já realizados pelo setor. Entidades do agro reforçam necessidade de equilíbrio Desde agosto, entidades rurais articulam ajustes no texto. Elas afirmam que o agronegócio já faz parte das soluções ambientais, graças ao aumento da produtividade e à preservação de áreas nativas. Além disso, o governo sinalizou que pode revisar o documento antes da votação final, o que abre espaço para um diálogo mais construtivo. Parlamentares também destacaram preocupações sobre os vetos presidenciais ao licenciamento ambiental. O tema segue em negociação, e o setor rural busca regras claras, com segurança jurídica e previsibilidade para quem investe e produz de forma regular. Entre compromissos ambientais e produção sustentável O debate sobre o Plano Clima brasileiro revela o desafio de equilibrar compromissos ambientais com as demandas do campo. Produtores rurais reforçam que, sem consenso, o plano pode prejudicar a economia e comprometer o abastecimento de alimentos. Por outro lado, especialistas afirmam que políticas climáticas bem estruturadas podem impulsionar a sustentabilidade e abrir novos mercados para produtos de baixo carbono. Portanto, é essencial manter o diálogo entre governo e produtores, garantindo regras justas e aplicáveis. Acompanhe mais análises sobre política e sustentabilidade no campo em Portal AgroMais
Frutas Exóticas no Ceará
O cultivo de frutas exóticas no Ceará cresce rapidamente e consolida-se como uma das áreas mais promissoras do agronegócio regional. Tradicionalmente reconhecido pela produção de frutas tropicais, o estado agora amplia sua diversidade agrícola com o plantio de pitaia, tâmara e damasco. O sucesso desse novo mercado resulta da união entre tecnologia, irrigação e manejo especializado, pilares que impulsionam o desenvolvimento dessa cadeia produtiva. Expansão do cultivo de frutas exóticas Nos últimos anos, o cultivo de frutas exóticas no Ceará avançou de forma constante. A pitaia, por exemplo, tornou-se símbolo dessa expansão. Graças ao clima semiárido e ao solo fértil, ela é cultivada em mais de 25 municípios — entre eles Russas, Jaguaribe, Apodi, Cascavel e Limoeiro do Norte. Além disso, a adoção de sistemas modernos de irrigação e práticas agrícolas sustentáveis vem garantindo colheitas mais produtivas e rentáveis. De acordo com Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa Ceará, “o cultivo da pitaia começou de forma tímida, mas hoje já é uma realidade em diversos municípios, caindo no gosto do consumidor”. Atualmente, a produção estadual deve atingir entre 5 e 8 mil toneladas em 2025 — mais que o dobro das 3.100 toneladas registradas no ano anterior. Pitaia: sabor, saúde e rentabilidade A pitaia conquista cada vez mais espaço nas mesas cearenses. Além de saborosa, ela oferece benefícios nutricionais valiosos, como alto teor de fibras e baixo índice calórico. Por isso, consumidores como Maria de Jesus e Marta Rosa destacam seu uso em sucos, mousses e receitas fitness. Além disso, o clima e o solo do Ceará favorecem o cultivo da fruta. Com o uso de tecnologias de irrigação e manejo especializado, os produtores conseguem frutos de alta qualidade e excelente aceitação no mercado. Dessa forma, a pitaia se consolida como uma fonte de renda lucrativa e sustentável. Tâmara: nova fronteira do semiárido A tâmara é outro exemplo de fruta exótica que vem ganhando espaço no Ceará. Tradicionalmente importada do Oriente Médio, ela já começa a ser cultivada localmente, o que representa uma oportunidade econômica relevante. Atualmente, o quilo da tâmara custa cerca de R$ 60 na Ceasa, o que estimula o investimento em produções regionais. Em Itarema, o produtor Nilo de Moraes cultiva tamareiras desde 2020 e comemora a adaptação bem-sucedida ao solo e ao clima semiárido. Segundo ele, “a tamareira tem dupla rentabilidade, pois permite a comercialização dos frutos e também o uso paisagístico das plantas macho”. Além disso, a fazenda já entrou em fase de frutificação, e a expectativa é iniciar a safra comercial em 2027. A Embrapa Semiárido, que pesquisa o cultivo da tamareira desde a década de 1980, confirma a viabilidade da produção no Nordeste, reforçando o potencial dessa cultura. (Fonte externa: Embrapa). Damasco e novas oportunidades no agronegócio O damasco é mais uma fruta exótica que começa a despertar o interesse dos produtores locais. Embora ainda esteja em fase inicial de testes, sua adaptação é promissora. Graças à combinação entre altitude, microclimas e inovação tecnológica, o Ceará abre novas oportunidades para o cultivo de frutas de alto valor agregado, fortalecendo o agronegócio e gerando novas fontes de renda. Impactos econômicos e sociais do cultivo exótico O avanço das frutas exóticas no Ceará beneficia toda a cadeia produtiva. Enquanto os produtores ampliam sua renda, os consumidores ganham acesso a alimentos mais saudáveis e diversificados. Além disso, o setor movimenta empregos diretos e indiretos em regiões como o Vale do Jaguaribe e o Cariri. De acordo com Gustavo Zanotto, comerciante da Ceasa, “a produção local dessas frutas vai reduzir custos, aumentar o acesso e gerar mais oportunidades para o agricultor cearense”. Assim, o cultivo regional torna-se uma alternativa viável e estratégica para o desenvolvimento econômico do estado. Tecnologia, manejo e o futuro do agro cearense A expansão do cultivo de frutas exóticas no Ceará confirma que a inovação é o caminho para o futuro do campo. Com apoio técnico da Embrapa, do SENAR Ceará e da FAEC, os produtores investem em manejo eficiente, uso racional da água e melhoria da qualidade da produção. Portanto, a diversificação agrícola mostra-se uma estratégia sustentável e inteligente, capaz de posicionar o Ceará como referência nacional em fruticultura.
Inovação Agrícola no Campo Experimental de Barbalha
A inovação agrícola é o destaque da participação da Embrapa na ExpoCariri 2025, reforçando o papel da pesquisa e tecnologia no desenvolvimento do semiárido. A Embrapa Algodão será uma das protagonistas da ExpoCariri 2025, abrindo as portas do seu Campo Experimental de Barbalha, referência em pesquisa e desenvolvimento para o semiárido. Segundo dados da Embrapa (2024), o Ceará integra o projeto nacional de mecanização da colheita do algodão no semiárido, que busca aumentar a produtividade em até 30% e reduzir custos operacionais em pequenas propriedades. Durante o evento, visitantes terão acesso a demonstrações de cultivares adaptadas ao clima semiárido, sistemas de irrigação inteligente e pesquisas sobre sustentabilidade e manejo do solo. A presença da Embrapa na feira reforça o papel do Cariri como polo de ciência e tecnologia rural, onde o conhecimento aplicado transforma a realidade de milhares de produtores. A atuação da Embrapa reforça a importância da inovação agrícola como motor de crescimento sustentável. A aplicação de novas tecnologias no campo promove não apenas aumento de produtividade, mas também a valorização do conhecimento científico que impulsiona o futuro do agronegócio no Nordeste. Portal Agro Mais — o agro do Ceará contado por quem vive o campo.Saiba mais sobre inovação agrícola no Portal Agro Mais e acesse também o site oficial da Embrapa Algodão para conhecer outras pesquisas e tecnologias do campo. Por Jakeline Diogenes — A Marketeira do AgroAcompanhe mais histórias e bastidores em @portalagromais e @jakelinediogenes.