O Brasil eleva estimativas para safras de soja e milho no ciclo 2024/25, segundo relatório final da Conab. A produção de soja deve alcançar 171,47 milhões de toneladas, enquanto o milho chega a 139,67 milhões. Esse aumento ocorre à medida que a colheita se aproxima do fim. Produção de soja em alta O Brasil eleva estimativas para safras de soja em 1,82 milhão de toneladas em relação à previsão de agosto. Com esse resultado, a soja mantém sua posição como carro-chefe do agronegócio nacional. Além disso, houve ajustes em estoques e dados de esmagamento, fortalecendo o cenário de oferta interna e exportações. Produção de milho revisada O milho também apresentou crescimento. A Conab elevou a previsão em 2,67 milhões de toneladas, somando 139,67 milhões. A segunda safra, responsável pela maior parte do volume nacional, contribuiu com quase 2,5 milhões adicionais. Produtores brasileiros já finalizaram grande parte da colheita e iniciaram o plantio da soja para 2025/26 no Sul do país. Exportações de soja devem crescer A previsão de exportação da soja para 2024/25 também foi revisada. Agora, a estimativa é de 106,65 milhões de toneladas, 400 mil a mais que no mês anterior. A maior parte segue destinada à China, principal parceira comercial do Brasil. Enquanto isso, os Estados Unidos enfrentam dificuldades nas negociações com os chineses, ampliando o espaço para a soja brasileira. Revisões acumuladas pela Conab A Conab também revisou as áreas plantadas e os rendimentos de soja e milho desde 2020/21 até 2024/25. O resultado foi um acréscimo acumulado de 13,12 milhões de toneladas. Esse ajuste reforça a solidez dos números atuais e a importância das revisões técnicas para o planejamento do setor agrícola. Impacto para o agronegócio brasileiro Portanto, o fato de que o Brasil eleva estimativas para safras de soja e milho confirma a força produtiva nacional. Esse movimento garante competitividade nos mercados internacionais e reforça a liderança do país como maior produtor e exportador global de soja.
Valor da produção agrícola brasileira registra nova queda
Produção cai pelo segundo ano consecutivo O valor da produção agrícola brasileira caiu pelo segundo ano consecutivo em 2024. Segundo dados publicados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE, houve retração de 3,9% em relação a 2023, somando R$ 783,2 bilhões. Esse resultado reflete principalmente a queda na produção de grãos, que recuou 7,5% e atingiu 292,5 milhões de toneladas. Soja e milho lideram as perdas O grupo de grãos registrou queda de 17,9% no valor da produção agrícola, somando R$ 431,2 bilhões. Soja e milho, que representam quase 89% da safra, foram os cultivos mais impactados. As perdas se devem ao fenômeno El Niño, que reduziu colheitas e pressionou preços. Área plantada continua crescendo Apesar da queda consecutiva no valor, a área plantada no país cresceu 1,2% e alcançou 97,3 milhões de hectares. A soja ampliou sua participação com aumento de 1,8 milhão de hectares, seguida pelo algodão. Em contrapartida, o milho registrou redução de 4,9% na área cultivada. Produtos que sustentaram crescimento Mesmo com retração, a soja manteve-se como principal cultivo no valor da produção agrícola, representando cerca de um terço do total nacional. A cana-de-açúcar subiu para a segunda posição, impulsionada pelo aumento do preço do etanol. Café, arroz e cacau ajudaram a compensar parte das perdas. Café, arroz e cacau em alta O café apresentou crescimento de 58,1% no valor de produção, alcançando R$ 69,2 bilhões. O arroz aumentou 25,7% no valor e consolidou sua relevância entre os principais cultivos. Já o cacau registrou salto de 229,4%, chegando à décima posição nacional. Mato Grosso segue na liderança Entre os estados, Mato Grosso manteve a liderança no valor da produção agrícola, apesar de queda de 21,3%, totalizando R$ 120,8 bilhões. São Paulo ocupou a segunda posição, com destaque para a laranja e o café. Minas Gerais avançou para a terceira colocação, impulsionada pelo café arábica. Outros estados em destaque O Rio Grande do Sul cresceu 21,1%, com força em arroz e soja. O Paraná caiu para quinta posição após perdas significativas em grãos. Goiás também apresentou retração em soja, cana e milho. Entre os municípios, Sorriso (MT) manteve-se líder pelo sexto ano seguido, representando 0,9% do total nacional.
Queijo coalho: a história desse patrimônio nordestino
O queijo coalho é um dos grandes símbolos da culinária nordestina. Produzido há séculos, ele faz parte da identidade cultural e movimenta a economia local. No programa do Sertão Nosso, Jakeline Diógenes conta a história desse alimento que atravessa gerações e conquista o mundo. Uma tradição com mais de 300 anos A princípio, desde o século XVII, fazendas do Ceará produzem esse tipo de queijo. A técnica foi trazida por padres carmelitas e adaptada ao clima do sertão. Inicialmente, ele era consumido apenas nas propriedades rurais, já que a pecuária de corte dominava a economia da época. Posteriormente, a necessidade de preservar alimentos impulsionou a criação de outros produtos, como a carne de sol. Aos poucos, pequenos produtores passaram a comercializar o queijo na região. No final do século XVIII, longas secas forçaram os pecuaristas a buscar novas fontes de renda. Assim, o queijo começou a ser trocado por rapadura no Cariri e por sal em Aracati. Expansão e valorização do queijo nordestino Sobretudo, no século XIX, a produção cresceu e ganhou destaque na economia nordestina. Pequenos produtores passaram a distribuir o queijo para diversas províncias do Brasil. Hoje, a fabricação ultrapassa 170 mil toneladas anuais, empregando milhares de famílias no sertão. Além disso, esse queijo se tornou um item de prestígio no mercado gourmet. Premiações internacionais destacam sua qualidade, impulsionando sua aceitação fora do Brasil. Sua versatilidade permite o consumo de diversas formas, desde grelhado na brasa até como ingrediente em pratos sofisticados. Símbolo cultural e econômico do Ceará Atualmente, o Ceará reconhece o município de Jaguaribe como referência na produção do queijo. A tradição continua viva, garantindo que esse alimento permaneça presente na mesa dos brasileiros. Quer conhecer essa história de perto? Assista ao episódio especial do Sertão Nosso na TV Portal AgroMais e deixe seu comentário!!