Paraipaba perde liderança em 2025 A Paraipaba perde posto do coco para Petrolândia, em Pernambuco, após quatro anos como a maior produtora nacional. Os dados são da Produção Agrícola Municipal (PAM) 2024, divulgada pelo IBGE. A cidade cearense, localizada na Região Metropolitana de Fortaleza, tinha 20% de seu PIB dependente do fruto, segundo dados da Prefeitura Municipal. Petrolândia assume protagonismo na produção Agora, Petrolândia se consolida como a nova líder nacional na produção de coco. O município pernambucano desbanca Paraipaba e mostra maior competitividade no setor agrícola. Apesar da perda da liderança municipal, o Ceará continua como o maior produtor estadual do país. Ceará mantém liderança estadual Em 2024, o Ceará produziu 588,5 mil toneladas de coco-da-baía, volume 13,4% superior ao ano anterior. O Estado manteve a primeira posição nacional, seguido pela Bahia, com cerca de 360 mil toneladas. Assim, mesmo sem Paraipaba na liderança municipal, o território cearense segue como referência na cadeia produtiva. Produtividade aumenta em território cearense Outro dado relevante é que o Ceará alcançou o quarto lugar nacional em rendimento médio por área, registrando 13,3 mil kg/ha em 2024. O índice superou os 12,1 mil kg/ha de 2023. Esse avanço reforça o aumento de eficiência no cultivo. Enquanto isso, Pernambuco lidera em produtividade, com 30,7 mil kg/ha, mesmo após leve queda no último levantamento. Economia de Paraipaba sente impactos Boa parte da economia de Paraipaba gira em torno da cadeia do coco, incluindo plantações e indústrias de derivados, como água e leite do fruto. A perda da liderança pode impactar produtores locais, mas o cenário também abre espaço para diversificação da economia agrícola do município. Perspectivas para o futuro Portanto, o fato de Paraipaba perder o posto do coco não significa queda do potencial cearense. O Estado continua em destaque nacional e deve ampliar sua competitividade. A busca por inovação e o investimento em produtividade podem fortalecer ainda mais a presença do Ceará no mercado.

Brasil pode exportar sorgo ainda em 2025 A importação de sorgo da China a partir do Brasil pode se tornar realidade ainda em 2025. Segundo o Ministério da Agricultura, os primeiros embarques podem ocorrer nos próximos 60 dias. A confirmação representa uma nova oportunidade comercial, já que até então os chineses dependiam majoritariamente dos Estados Unidos como principal fornecedor. China reconhece sorgo brasileiro como apto A Administração Geral de Alfândega da China (GACC) comunicou oficialmente que o sorgo brasileiro está apto para exportação. O anúncio foi feito após visita de uma delegação chinesa ao Brasil em agosto de 2025. Durante a viagem, autoridades se reuniram com produtores e avaliaram áreas de cultivo, reforçando a confiança no produto nacional. Próximos passos para os embarques Agora, os próximos passos envolvem o cadastro de empresas exportadoras e produtoras interessadas. O Brasil já enviou uma primeira lista de companhias habilitadas e aguarda validação da China. Assim, os embarques podem ser confirmados ainda este ano, consolidando o acordo firmado durante a visita de Estado do presidente Xi Jinping a Brasília em 2024. Relações comerciais favorecem o Brasil Enquanto isso, a decisão ocorre em meio ao enfraquecimento das relações entre China e Estados Unidos. As tarifas comerciais reduziram drasticamente as exportações de sorgo norte-americano para os chineses. Até julho deste ano, os EUA enviaram apenas 82 mil toneladas, queda de 97% em relação ao mesmo período anterior, segundo o U.S. Census Bureau. Esse cenário favorece o Brasil como alternativa estratégica de fornecimento. Produção brasileira de sorgo em crescimento De acordo com a Conab, a produção de sorgo brasileira atingiu 4,4 milhões de toneladas métricas na safra 2023/24. O volume é o dobro registrado há poucos anos. Apesar desse crescimento, as exportações do país ainda representam menos de 1% do comércio global. Portanto, a abertura do mercado chinês poderá expandir significativamente a demanda. Produtores brasileiros veem oportunidades Segundo Pedro Ottoni, diretor da Aliança Internacional do Milho, a importação de sorgo da China impulsionará o plantio no Brasil. Para ele, o país tende a assumir papel de destaque no cenário global. Além disso, a diversificação de mercados reduz a dependência de exportações concentradas em milho e soja, fortalecendo a competitividade agrícola nacional. Impacto para o setor agrícola brasileiro Portanto, a parceria pode transformar o Brasil em novo protagonista no fornecimento de sorgo. A abertura do mercado chinês cria oportunidades para produtores, exportadores e toda a cadeia do agronegócio. Esse movimento reforça a estratégia de internacionalização da produção agrícola brasileira.