O Governo do Ceará prorroga edital exportador voltado para empresas locais afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. O prazo foi ampliado por mais 15 dias. O objetivo da medida é apoiar companhias que tiveram queda nas exportações para os EUA, especialmente em setores como mel, castanha, filé de peixe, água de coco e cajuína. Dessa forma, busca-se preservar empregos, estimular a economia e ampliar o destino dos produtos dentro do mercado estadual. Edital exportador garante apoio às empresas Assim, o edital exportador possibilita que empresas cearenses, regularmente instaladas no estado, apresentem documentação que comprove prejuízos nas vendas internacionais durante o segundo semestre de 2024. Além disso, o credenciamento permitirá que essas companhias forneçam produtos para demandas institucionais da administração pública estadual. Com isso, cria-se um fluxo de escoamento que ameniza os impactos do tarifaço norte-americano sobre as exportações. Como participar da prorrogação do edital Portanto, as empresas interessadas devem enviar a documentação necessária para o e-mail edital.exportadores@sda.ce.gov.br dentro do novo prazo estabelecido. O resultado oficial será divulgado no site da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e publicado no Diário Oficial do Estado. Adicionalmente, o processo seguirá critérios técnicos e observará preços de mercado definidos pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), conforme ato específico. Dessa forma, a seleção assegura transparência e equilíbrio nas contratações. Lei estadual fortalece pacote de ações Logo, a iniciativa integra o conjunto de medidas previsto pela Lei Estadual nº 19.384, de 2025, que visa reduzir impactos do tarifaço e manter a competitividade das empresas locais. Ainda, o pacote de ações busca preservar empregos, estimular a circulação dos produtos dentro do território cearense e evitar perdas ainda maiores para o setor produtivo regional. Perspectivas para o mercado exportador cearense Finalmente, a prorrogação do edital exportador reforça a disposição do Governo do Ceará em apoiar produtores e indústrias. Ao ampliar os prazos, garante-se mais tempo para adequação das empresas prejudicadas pelo cenário internacional. Consequentemente, a medida fortalece a confiança no ambiente de negócios, contribui para manter a geração de renda no campo e nas cidades e valoriza a produção local.
México lidera exportações de frango
O México foi o principal destino da carne de frango do Brasil em agosto, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Esse resultado ocorreu em um cenário marcado pela ausência da China, que suspendeu temporariamente suas compras devido à gripe aviária já solucionada. Exportações de frango cresceram em agosto Assim, os embarques de carne de frango atingiram 394,6 mil toneladas em agosto, registrando alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2024. Esse desempenho foi possível graças à retomada de mercados que haviam imposto embargos sanitários. Além disso, a receita das exportações somou US$ 699,4 milhões, queda de 11,9% frente ao ano anterior. Essa diferença ocorreu principalmente pela pressão sobre os preços internacionais. Mesmo com essa redução em valores, o aumento no volume embarcado demonstra a resiliência do setor. México amplia sua participação nas compras Portanto, o México importou 37,5 mil toneladas de carne de frango em agosto, representando quase 10% do total exportado pelo Brasil no período. Esse número significa crescimento expressivo de 873,3% em comparação anual. Do mesmo modo, o México também avançou nas compras de carne bovina brasileira, superando os Estados Unidos e consolidando-se como segundo maior destino. No caso do frango, os EUA não figuram entre os principais compradores. Outros mercados apresentaram desempenho misto Consequentemente, alguns países reduziram suas compras em agosto. Os Emirados Árabes importaram 32,5 mil toneladas (-16,9%). O Japão adquiriu 30,3 mil toneladas (-22,2%). A África do Sul comprou 25,7 mil toneladas (-8,4%). Entretanto, outros mercados registraram alta. As Filipinas compraram 19,7 mil toneladas (+27,2%). A Coreia do Sul adquiriu 15,3 mil toneladas (+65,7%). O Reino Unido importou 11,3 mil toneladas (+130,2%). Esses números mostram diversificação no comércio internacional da proteína brasileira. Retomada de mercados amplia perspectivas Logo, a retomada das compras pela União Europeia e pelo Chile fortalece as projeções para os próximos meses. Esses países haviam suspendido importações devido à gripe aviária, mas já confirmaram a reabertura. Ainda assim, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, destacou que a estabilidade observada em agosto deve se transformar em crescimento consistente a partir das próximas exportações. A recuperação do status sanitário brasileiro impulsiona a confiança dos compradores internacionais. Brasil mantém liderança mundial Finalmente, o desempenho confirma a posição do Brasil como maior exportador mundial de carne de frango. O avanço do México reforça a importância estratégica da América Latina no comércio global do setor. Dessa forma, as exportações brasileiras devem continuar crescendo, com novas oportunidades abertas pela recomposição de mercados e pelo fortalecimento da demanda mexicana.