A nova tabela BR Caprinos e Ovinos transforma a nutrição animal no semiárido. O sistema traz dados precisos sobre alimentação adequada para caprinos e ovinos no clima tropical. Desperdício evitado com base científica Até então, produtores do semiárido utilizavam tabelas internacionais, desenvolvidas para animais de regiões frias. Isso resultava em gastos excessivos e menor aproveitamento nutricional dos alimentos. Com a nova tabela nacional, os pesquisadores da UFC e de outras instituições propõem ajustes técnicos com base em estudos desenvolvidos desde 2008, voltados à realidade do semiárido brasileiro. Rações mais eficientes e acessíveis Além disso, o BR Caprinos e Ovinos recomenda rações com 12% de proteína bruta, em vez dos 16% usados anteriormente. Essa mudança reduz o custo sem afetar a produtividade. O farelo de soja, principal fonte proteica, custa caro no Nordeste. Logo, diminuir sua proporção na dieta dos animais representa economia direta para o produtor rural. Produção com menor impacto ambiental Por consequência, os animais aproveitam melhor os nutrientes e geram menos resíduos no solo. Assim, o sistema evita desperdícios e contribui com a sustentabilidade das pequenas propriedades. Outro ponto importante é a redução do uso de fósforo em excesso, já que a nova fórmula atende exatamente às exigências do animal em cada fase. Competitividade para o Nordeste Atualmente, o Ceará lidera a criação de cabras no Brasil, com mais de 2,5 milhões de animais. Portanto, melhorar a nutrição animal no semiárido é essencial para fortalecer o agro nordestino. O material está disponível gratuitamente no site da Universidade Federal do Ceará, facilitando o acesso ao conhecimento e à inovação por parte dos produtores. Por fim, assista ao episódio completo do Inova Agro e deixe seu comentário no canal da TV Portal AgroMais no YouTube. A ciência está transformando o campo.
SDA Entrega Equipamentos à Agricultura Familiar
A SDA entrega equipamentos para Organizações da Agricultura Familiar (OAFs) contempladas pelo Projeto São José (PSJ), reforçando o compromisso com o desenvolvimento rural sustentável no Ceará. A ação integra o Edital nº 02/2021 e marca uma etapa decisiva no fortalecimento da produção no campo. Além disso, a iniciativa garante mais infraestrutura, melhores condições de trabalho e oportunidades para ampliar a geração de renda. O processo contou com visitas técnicas, Diagnóstico Rural Participativo e elaboração de Planos de Desenvolvimento Comunitário e Operacional, que orientam a execução dos projetos e formalizam os Termos de Fomento junto à SDA. Equipamentos que fortalecem a produção Entre as organizações beneficiadas, está a Associação Comunitária Nossa Senhora das Candeias, de Tabuleiro do Norte. A entidade recebeu colmeias, cavaletes, fumigadores, macacões, botas, luvas e vassourinhas, essenciais para atividades de avicultura e apicultura. Esses itens permitem manejo seguro das abelhas e produção de mel com qualidade e segurança. Ao mesmo tempo, as entidades contempladas pelo Edital nº 01/2021 já iniciaram obras e aquisições previstas para unidades de beneficiamento. As licitações ocorrem pelo sistema Licitaben, assegurando transparência e agilidade. Atualmente, 81 organizações já contam com recursos da primeira parcela em conta para avançar com as ações. Impacto econômico e social no campo Segundo João Nogueira, gerente de Inclusão Econômica Sustentável do PSJ, cada entrega representa mais do que um investimento material. Representa a oportunidade de ampliar mercados, gerar empregos e transformar comunidades. Do mesmo modo, o coordenador do Projeto São José, professor Lafaete Almeida, reforça que a SDA entrega equipamentos como parte de uma estratégia de valorização da agricultura familiar, priorizando inovação, geração de renda e preservação dos saberes e tradições do campo. Desenvolvimento regional e perspectivas Com entregas em diversas regiões do Estado, o projeto beneficia diretamente famílias agricultoras e fortalece a economia local. Essa ação se soma a outras políticas públicas de inclusão produtiva, gerando resultados concretos e duradouros para o meio rural.
Preços dos Alimentos Caem e Inflação Surpreende para Baixo
A divulgação mais recente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) confirmou que preços dos alimentos caem e que a inflação subiu menos que o esperado em julho de 2025. Segundo o IBGE, o índice avançou 0,26% no mês, abaixo da projeção de 0,37% e levemente acima da alta de 0,24% registrada em junho. Além disso, no acumulado de 12 meses, a inflação atingiu 5,23%, inferior aos 5,35% do período anterior. A pesquisa Focus indicou revisões para baixo nas expectativas por 11 semanas consecutivas, reforçando um cenário de alívio gradual nos índices de preços. Queda nos alimentos impulsiona resultado Por outro lado, o grupo de alimentação e bebidas registrou recuo de 0,26% no período, contribuindo com impacto negativo de 0,06 p.p. no IPCA. A redução foi puxada pelo café e pelas proteínas, que caíram mesmo sem influência direta da política tarifária de Donald Trump. Além disso, o café caiu 1,01% em julho, marcando a primeira baixa em mais de um ano e meio, embora ainda acumule alta de 41,46% no ano. As proteínas também apresentaram retração, fortalecendo a tendência de alívio nos preços dos alimentos. Energia elétrica continua pressionando Entretanto, o grupo Habitação apresentou alta de 0,91% em julho, com impacto de 0,12 p.p. no índice. A energia elétrica residencial acumula alta de 10,18% no ano, sendo a maior pressão individual sobre a inflação acumulada. Ainda assim, economistas destacam que a valorização cambial e a desaceleração em bens industrializados contribuíram para conter a alta geral. Alexandre Maluf, da XP, observou comportamento benigno em todos os grupos de preços livres, incluindo serviços. Perspectivas para os próximos meses Portanto, com os preços dos alimentos em queda, a expectativa é de que o IPCA de 2025 feche abaixo do projetado no início do ano, ainda que acima da meta do Banco Central. Segundo Carla Argenta, da CM Capital, o movimento favorável nos serviços menos voláteis reforça a possibilidade de cortes na taxa Selic caso a desaceleração se mantenha. Assim, o cenário abre espaço para um ciclo de inflação controlada, sustentado por fatores internos, e para discussões sobre estímulos econômicos.