Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – FOTO: Roque de Sá/Agência Senado Eleição para nova diretoria será em outubro O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, tentará a reeleição para um novo mandato de mais quatro anos. A votação para escolha da nova diretoria da entidade está marcada para outubro. A chapa liderada por Martins foi registrada na quarta-feira (6/8) e conta com: • Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), como 1º vice-presidente;• Antônio Ernesto de Salvo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), como 2º vice-presidente;• Marcelo Bertoni (Mato Grosso do Sul) como secretário;• Humberto Miranda (Bahia) como suplente de vice-presidente;• José Amilcar de Araújo Silveira (Ceará) como suplente de secretário. O prazo para registro de chapas segue aberto, conforme edital de convocação divulgado recentemente pela CNA. “João Martins continua com a grande e inegável liderança que vem exercendo. Ele soube colocar a CNA à altura do agronegócio brasileiro”, afirmou Gedeão Pereira após evento em Brasília. Nos bastidores, havia expectativa de que a senadora Tereza Cristina (PP-MS) pudesse disputar a presidência com o apoio de Martins, dada sua proximidade e prestígio no setor. No entanto, fontes afirmam que a ex-ministra tem sido cotada para uma possível candidatura à vice-presidência da República em 2026, o que impediu o avanço do plano para o comando da entidade.Sua postura, é elogiada no meio rural por manter um projeto político centrado e responsável, sem misturar política partidária com a defesa classista dos produtores. Essa conduta tem reforçado sua imagem como uma das lideranças mais respeitadas do agronegócio brasileiro. João Martins está à frente da CNA desde 2016, quando assumiu o cargo após a renúncia de Kátia Abreu. À época, Kátia deixou a presidência para evitar uma destituição, em meio a críticas do agronegócio por seu apoio à então presidente Dilma Rousseff durante o processo de impeachment. “Todas as federações têm um entendimento de que o presidente João Martins deve continuar”, afirmou uma fonte ligada ao sistema CNA.
Alece Cria a Rota Turística da Tilápia no Ceará
A princípio, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) aprovou um projeto inovador do deputado Simão Pedro (PSD), criando a “Rota Turística da Tilápia”. Esta medida visa estimular o turismo gastronômico e fortalecer a cadeia produtiva da tilápia, incentivando a exploração dos recursos naturais e culturais do interior cearense. O Propósito da Rota Turística da Tilápia Inicialmente, o objetivo principal da Rota Turística da Tilápia é proporcionar aos visitantes uma experiência completa do cultivo ao prato. A rota incluirá açudes, fazendas, cooperativas e restaurantes temáticos que destacam o peixe como principal atração gastronômica. Esse tipo de turismo irá conectar os turistas diretamente à produção local, oferecendo uma visão detalhada sobre a importância econômica da tilápia para o estado. Municípios Beneficiados pela Iniciativa A iniciativa inicial abrange cinco municípios cearenses que possuem grande tradição na pesca e produção de tilápia. Estes municípios são: Esses locais foram escolhidos pela sua relevância na cadeia produtiva da tilápia e pela infraestrutura turística que já estão desenvolvendo. A inclusão dessas cidades na rota ajudará a promover o interior do Ceará, aumentando o fluxo de turistas e incentivando a geração de emprego e renda. Parcerias Público-Privadas (PPP) e Desenvolvimento Sustentável Ainda mais, a nova lei autoriza a criação de parcerias público-privadas (PPPs), focadas em investimentos em infraestrutura, inovação e sustentabilidade. Essas parcerias serão essenciais para garantir que a Rota Turística da Tilápia seja bem estruturada, com qualidade de serviços e práticas que respeitem o meio ambiente. A colaboração entre os setores público e privado proporcionará os recursos necessários para o sucesso do projeto. Valorização Cultural e Sustentabilidade Além disso, a criação da Rota Turística da Tilápia é vista como uma forma de valorizar a cultura local e promover um turismo sustentável. De acordo com os gestores municipais e representantes do setor, a nova rota ajudará a aumentar a visibilidade das tradições pesqueiras do Ceará, além de atrair mais investimentos e gerar emprego nas áreas afetadas. O fortalecimento da cadeia produtiva também beneficiará os pequenos produtores e cooperativas, incentivando o desenvolvimento econômico local. O Impacto no Turismo e na Economia Local Ou seja, a Rota Turística da Tilápia promete transformar o setor de turismo do Ceará, tornando-o mais diversificado e acessível. Além disso, contribuirá para o crescimento do turismo sustentável no estado. A experiência única proporcionada por essa rota ajudará a integrar as atividades pesqueiras às visitas turísticas, promovendo o Ceará como destino gastronômico e cultural. O Futuro da Rota Turística da Tilápia Portanto, com a aprovação da Alece, a Rota Turística da Tilápia representa uma nova fase para o turismo no Ceará. Espera-se que ela atraia visitantes de todo o Brasil e do exterior, gerando oportunidades de negócios e fortalecendo a imagem do estado como um destino gastronômico de excelência. O sucesso da rota dependerá da efetiva implementação da infraestrutura necessária e da promoção contínua do projeto para atrair turistas.
Impactos das Tarifas dos EUA sobre o Brasil
As tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros começaram a vigorar no dia 6 de agosto de 2025. Essa medida, que gerou tensões diplomáticas, tem impactos variados sobre a economia brasileira. Embora o cenário não seja alarmante, é essencial compreender como essa tarifa pode afetar o comércio e o mercado financeiro do Brasil. Reação Inicial do Governo Brasileiro Em resposta imediata, o governo brasileiro iniciou um processo de contestação da medida na Organização Mundial do Comércio (OMC). Além disso, o presidente Lula anunciou a busca por alianças com a China e a Índia para fortalecer uma frente conjunta contra as tarifas dos EUA. A diplomacia brasileira busca minimizar os danos ao setor comercial, particularmente ao agronegócio e à indústria, que são os mais atingidos pela medida. Impactos Econômicos: O Que Esperar? Apesar de ser uma medida impactante, as tarifas afetaram apenas uma parte das exportações brasileiras para os EUA. Aproximadamente 36% dos produtos exportados estão incluídos na tarifa, mas isso representa apenas 4% do total das exportações brasileiras para o país norte-americano. O governo acredita que até metade dessa fatia poderá ser redirecionada para outros mercados, o que ameniza o impacto imediato sobre a balança comercial do Brasil. Reações do Mercado Financeiro O impacto da tarifa nos mercados financeiros foi limitado. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, fechou o dia em alta de 1,04%, o que demonstra resiliência do mercado brasileiro. Além disso, o dólar registrou queda de 0,78%, chegando a R$ 5,46. Esse movimento sugere que o mercado já havia antecipado a medida e que, até o momento, não houve grande volatilidade devido às novas tarifas. O Contexto Geopolítico e as Estratégias dos EUA A ofensiva tarifária dos EUA vai além de uma simples disputa comercial. Ela reflete uma estratégia geopolítica para preservar a hegemonia do dólar nas transações internacionais. Com o crescente movimento de países como os membros do BRICS, que buscam alternativas ao dólar, os EUA tentam proteger sua posição dominante no comércio global. Contudo, essa estratégia também pode resultar em um isolamento econômico, já que outros países buscam diversificar suas relações comerciais. O Impacto no Brasil: Desafios e Oportunidades Embora o impacto direto nas exportações brasileiras seja moderado, setores como o agronegócio, aço e alumínio podem enfrentar desafios significativos. O Brasil, por meio de sua diplomacia e articulação estratégica, buscará não só proteger suas exportações, mas também se reposicionar no mercado global. A capacidade do governo brasileiro de adaptar-se rapidamente a esse novo cenário determinará o sucesso de suas negociações comerciais. Conclusão: O Caminho a Seguir A implementação das tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros é um desafio, mas também uma oportunidade para o Brasil repensar sua estratégia comercial. A resposta diplomática e a adaptação a novos mercados serão cruciais para minimizar os efeitos negativos e garantir que o Brasil continue a ser competitivo no cenário global. O futuro das exportações brasileiras dependerá, em grande parte, da habilidade do governo em negociar, proteger seus interesses e diversificar suas parcerias comerciais.
Ciclos: Econômico, Operacional e Financeiro. Qual a importância desses conceitos para sua empresa?
O controle dos ciclos econômico, operacional e financeiro de uma empresa objetivam ter a mensuração mais próxima sobre o tempo em que suas atividades são desenvolvidas. Sua importância se intensifica nos controles gerenciais que interferem na gestão direta do seu negócio, refletindo inclusive na sua cultura organizacional. Suas quantificações dependem dos seus processos de produção, da sua capacidade de vendas e de recebimento de seus clientes, bem como dos pagamentos a fornecedores. Para sermos mais objetivos sobre essas explicações, vamos usar um exemplo hipotético de uma empresa, para ilustrar as situações: Consideremos uma empresa onde as mercadorias passam em média 50 dias paradas no estoque, onde a média de recebimentos das contas a receber de seus clientes é de 70 dias, sendo o pagamento a fornecedores realizado em 30 dias. Vamos então montar os dados que usaremos para os cálculos dos ciclos: – Prazo Médio de Estocagem (PME): 50 dias – Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR): 70 dias – Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMPF): 30 dias 1 – Ciclo Econômico: é o tempo em que a mercadoria fica parada no estoque e compreende desde a data da compra da mercadoria, até o dia da saída para venda, não levando em consideração o recebimento do dinheiro do cliente. Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem (PME) Ciclo Econômico = 50 dias 2 – Ciclo Operacional: tem início na data da compra da mercadoria e vai até o recebimento dos clientes. Se, por acaso, a empresa trabalhar apenas com vendas à vista, o ciclo operacional será igual ao o ciclo econômico. Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR) Ciclo Operacional = 50 dias + 70 dias Ciclo Operacional = 120 dias 3 – Ciclo Financeiro: esse ciclo compreende o período entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas. Quanto melhor for o relacionamento da sua empresa com seus fornecedores, maior é a possibilidade de redução do seu ciclo financeiro. Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) Ciclo Financeiro = 120 dias – 30 dias Ciclo Financeiro = 90 dias REFLEXÕES: É de suma importância que as empresas sempre busquem reduzir os seus ciclos financeiros, tendo sempre como base as limitações que seu mercado as impõe e o seu setor econômico. Quanto menores forem os ciclos, mais rápido será o giro dos negócios, acarretando maiores retornos sobre os investimentos. Para o exemplo hipotético que trouxemos, temos um ciclo financeiro de 90 dias, implicando que durante 1 ano (360 dias – Ano Comercial) a empresa gira 4 vezes. Vejamos que após o pagamento a fornecedores, a empresa usa seu capital para financiar suas atividades. Visualizemos então a diminuição do ciclo financeiro estendendo o pagamento a fornecedores do instante A para o instante B. Poderíamos também tomar outras atitudes como a antecipação das vendas e dos seus recebimentos. Esperamos que estes conhecimentos possam apoiar no melhoramento da gestão do seu negócio. Sucesso. Sobre o Autor: Fabiano Mapurunga é Mestre em Administração de Empresas com ênfase em Finanças pela Unifor, Pós-Graduado em Gestão de Negócios pelo INSPER, MBA em Gestão Financeira e Controladoria pela FGV, MBA em Agronegócios pela USP/ Esalq e Graduado em Administração de Empresas pela UFC. Possui experiência de 23 anos na área de Finanças Corporativas. Atualmente trabalha com inovação e consultoria financeira para empresas nacionais, além de se dedicar a novos negócios e investimentos. É professor universitário em cursos de Pós Graduação e autor de vários artigos.