Café brasileiro enfrenta tarifa de 50% e Cecafé busca isenção A nova medida dos Estados Unidos impactou diretamente o setor cafeeiro nacional. A partir da assinatura do decreto presidencial em 30 de julho de 2025, o café brasileiro passou a integrar a lista de produtos taxados em 50% nas exportações para os EUA. Contudo, o Cecafé busca isenção imediata para o produto, com base em argumentos econômicos e estratégicos. De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a taxação imposta pelo governo norte-americano pode provocar impactos negativos bilionários nos dois países. A entidade já iniciou tratativas diplomáticas com a National Coffee Association (NCA), nos Estados Unidos, com o objetivo de incluir o café na lista de produtos isentos da nova alíquota. Café do Brasil é essencial para o mercado norte-americano Segundo o Cecafé, os cafés brasileiros representam mais de 30% do mercado dos EUA, sendo o Brasil o maior fornecedor do produto para o país. Por outro lado, os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras, com 16% da fatia total. Essa interdependência comercial evidencia a importância estratégica da manutenção de tarifas viáveis. Além disso, dados da NCA mostram que o café é um dos bens mais consumidos pelos americanos. Cerca de 76% da população dos EUA consome café, gerando um mercado estimado em US$ 110 bilhões ao ano. Setor cafeeiro dos EUA também será afetado O Cecafé alerta ainda que a decisão prejudica não apenas o Brasil, mas também a própria economia norte-americana. Conforme estudo da Technomic, para cada US$ 1 importado em café, outros US$ 43 são movimentados na economia interna dos EUA. A cadeia do café emprega mais de 2,2 milhões de americanos, gera US$ 101 bilhões em salários e representa 1,2% do PIB do país. Portanto, a taxação do café brasileiro poderá resultar em aumento de preços e repasse direto ao consumidor final, o que pode intensificar a inflação nos EUA. Entidade segue atuando para incluir café na lista de isentos Diante desse cenário, o Cecafé afirma que continuará atuando junto às entidades americanas, buscando reverter a inclusão do café brasileiro na lista de produtos tarifados. A entidade reforça que manter o café na isenção é uma medida econômica sensata e estratégica para ambos os lados da balança comercial.
EUA Isentam Exportações Brasileiras
Entenda o que muda com a nova tarifa de 50% e quais setores brasileiros escaparam do impacto A princípio, nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, os Estados Unidos anunciaram oficialmente a imposição de uma nova tarifa de 50% sobre diversas importações brasileiras. A medida, assinada pelo presidente Donald Trump, acendeu o alerta em diversos setores da economia brasileira. No entanto, uma lista estratégica de isenções foi publicada junto ao decreto, preservando setores considerados essenciais para o comércio bilateral e para a estabilidade das cadeias produtivas dos dois países. Com isso, o impacto para o Brasil, embora expressivo, foi parcialmente mitigado. Diversos produtos – como aço, suco de laranja, aeronaves civis, combustíveis, fertilizantes e minerais estratégicos – foram excluídos da tarifa máxima e permanecerão sendo taxados pela alíquota anterior de 10%. Aço: o alívio para a indústria cearense Além disso, o Ceará respirou aliviado com a notícia de que o aço – principal item exportado pelo estado para os EUA – está isento da nova alíquota. A manutenção da tarifa em 10% protege empregos, investimentos e contratos de longo prazo firmados com compradores americanos. O setor siderúrgico local, que já vinha enfrentando dificuldades logísticas e cambiais, agora evita um possível colapso de competitividade. Além do aço bruto, a lista de isenção inclui produtos derivados como: Ou seja, essa preservação da cadeia metálica garante, também, a continuidade das exportações de minérios estratégicos, muitos deles utilizados pela indústria de alta tecnologia norte-americana. Aviação civil: setor poupado para não comprometer cadeias globais Do mesmo modo, a indústria aeronáutica também saiu vitoriosa. Os EUA decidiram isentar todas as aeronaves civis, peças, motores e simuladores de voo. Isso inclui: Ainda mais, esse gesto reconhece a importância da cadeia aeroespacial global e a necessidade de manter o fluxo de componentes entre Brasil e EUA. Empresas brasileiras como Embraer e suas fornecedoras podem continuar suas operações com menos riscos e custos previsíveis. Energia: petróleo, gás e carvão fora da sobretaxa Outro setor fortemente beneficiado foi o de energia. O governo dos EUA preservou produtos essenciais para seu parque energético e industrial. Entre os itens isentos, estão: A presença desses produtos na lista mostra o quanto o Brasil é relevante para a matriz energética global. Além disso, garante a continuidade das trocas energéticas, especialmente via grandes distribuidoras da costa leste americana. Agricultura e alimentos: alívio para o agro brasileiro Apesar disso, o agronegócio foi uma das áreas que mais celebrou as isenções. Produtos como suco de laranja (em várias formas), castanha-do-brasil, polpa de madeira e fibras de sisal continuam com a tarifa reduzida. Isso evita prejuízos diretos a produtores do Nordeste, Norte e Sudeste, e mantém viva uma rota de exportação sólida. Lista de itens agrícolas isentos: A medida protege, principalmente, agroindústrias familiares e cooperativas que dependem do mercado americano para escoar seus produtos. Químicos, fertilizantes e madeira seguem com tarifa reduzida Outro setor preservado envolve produtos essenciais à agricultura e à indústria. Fertilizantes e produtos químicos compõem boa parte das exportações brasileiras que seguem isentas da nova alíquota. Entre os principais itens, destacam-se: Além disso, a madeira tropical serrada e diversos tipos de polpas de madeira – branqueadas, químicas ou mecânicas – continuam com a taxa anterior. Isso favorece produtores da Amazônia Legal e empresas do setor de celulose no Sul e Sudeste. Cultura, doações e comércio técnico foram poupados Além disso, na parte cultural e humanitária, os EUA decidiram manter isenção total para materiais informativos e produtos enviados com fins de ajuda. Isso inclui: Esse ponto reafirma o compromisso com a circulação de conhecimento e com ações sociais promovidas por instituições e empresas. Implicações geopolíticas e comerciais para o Brasil Embora a medida tenha gerado tensão, a lista de isenções revela um recado diplomático: os EUA ainda consideram o Brasil um parceiro estratégico. As exceções indicam a intenção de preservar relações com setores estruturais da economia brasileira, evitando rompimentos comerciais. No entanto, analistas apontam que o Brasil deve: O que esperar nos próximos meses Ou seja, o cenário exige monitoramento constante. Exportadores brasileiros devem: Empresas que atuam com commodities e produtos semiacabados podem se beneficiar da permanência da tarifa reduzida. Contudo, o risco de futuras sanções exige cautela e articulação política. Conclusão: uma brecha em meio à crise tarifária Apesar da tensão inicial, a exclusão de centenas de produtos brasileiros da nova tarifa de 50% demonstra um alinhamento técnico e pragmático entre os dois países. O Brasil, como fornecedor relevante de energia, alimentos, insumos industriais e tecnologia, conseguiu manter espaço estratégico no mercado americano. Portanto, exportadores devem agora trabalhar com inteligência de mercado, planejamento logístico e monitoramento diplomático. Afinal, a nova tarifa veio para marcar território, mas não para fechar portas completamente.
Capacitação Rural com Cavalos
Senar leva capacitação com cavalos ao interior do Ceará A capacitação rural com cavalos tem transformado o cenário do campo. O Senar promoveu um curso de Ranch Sorting no interior do Ceará. A formação uniu prática, educação e esporte em um só evento. Logo no início, os participantes aprenderam a manejar o gado com o cavalo de forma técnica e gentil. Além disso, o curso valorizou o bem-estar animal, sem uso de maus-tratos. O objetivo foi qualificar a mão de obra rural com foco na equinocultura. Interiorização leva conhecimento a quem mais precisa Por isso, interiorizar a educação rural é essencial. Muitas vezes, quem vive em regiões afastadas recebe informações distorcidas ou até nenhuma. Com ações como essa, o Senar democratiza o acesso ao conhecimento. Ao mesmo tempo, o curso mostra que o esporte equestre nasceu da lida no campo. O Ranch Sorting, por exemplo, surgiu da necessidade diária de apartar gado. Hoje, virou esporte competitivo entre fazendas. Esporte equestre fortalece a equinocultura Por consequência, a capacitação rural com cavalos fortalece também a economia. A equinocultura gera empregos, movimenta milhões e integra a cadeia produtiva da pecuária. Apesar disso, muitas vezes é ignorada. No entanto, essa prática precisa de visibilidade. Com mais profissionais capacitados, o setor se desenvolve de forma técnica, segura e rentável. Além disso, atrai mais jovens para o campo com oportunidades reais de crescimento. Curso gratuito impulsiona formação técnica e cultural De fato, o curso foi gratuito e acessível. Ao unir educação e tradição, o Senar cumpre seu papel social e fortalece a cultura rural. O aluno aprende, se diverte e se conecta com as raízes do campo. Assim, a capacitação rural com cavalos torna-se uma ponte entre trabalho, lazer e conhecimento. O resultado é uma pecuária mais profissional, com foco em qualidade e bem-estar. Assista ao programa completo Da Porteira para Fora no canal da TV Portal Agromais no YouTube.Comente como esse tipo de formação pode transformar sua realidade no campo.