Por que investir em boas práticas sanitárias Atualmente, a avicultura caipira sustentável se destaca como alternativa rentável e viável para produtores rurais. Ao adotar práticas corretas, o produtor garante qualidade e segurança. A princípio, a sanidade das aves precisa ser prioridade. Doenças podem comprometer toda a produção, gerando perdas econômicas e riscos à saúde humana. Como manter a biossegurança nas granjas Antes de qualquer decisão, é necessário aplicar protocolos de biossegurança. Esses cuidados incluem controle de acesso, higienização de veículos e uso de roupas específicas. Além disso, vacinas desempenham papel essencial. O veterinário define o protocolo vacinal ideal conforme o tipo de criação e as condições da região. Portanto, quem deseja atuar com responsabilidade na avicultura caipira sustentável precisa seguir orientações técnicas atualizadas e alinhadas às exigências legais. Registro na ADAGRE: uma exigência estratégica Logo que o plantel ultrapassa mil aves, o produtor deve registrar a granja junto à ADAGRE. Esse passo garante legalidade e rastreabilidade. Mesmo abaixo desse número, recomenda-se registrar a propriedade. Isso facilita o mapeamento em situações de emergência, como surtos de gripe aviária. Adicionalmente, contar com responsável técnico fortalece a gestão sanitária e aumenta a credibilidade da produção no mercado. Tendência de mercado e oportunidade rural Cada vez mais, consumidores buscam produtos com origem rastreada e manejo ético. A avicultura caipira sustentável responde a essa demanda crescente. Quem se adapta agora sai na frente. O produtor que investe em boas práticas conquista mercados exigentes e valoriza sua marca. Quer saber mais? Assista ao episódio completo do Panorama do Agro na TV Portal AgroMais no YouTube. Curta, compartilhe e deixe seu comentário no vídeo!
Quando a Justiça perde o limite, o Agro paga a conta: Moraes, Trump e a Lei Magnitsky.
A princípio, desde que Donald Trump reassumiu a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025, um assunto tem ganhado força nas rodas de conversa e nos bastidores da política brasileira: a Lei Magnitsky. Mas o que isso tem a ver com o ministro Alexandre de Moraes e, mais importante, com você, produtor rural? Vamos explicar de forma direta. O que é a Lei Magnitsky? Criada nos EUA, essa lei permite que o presidente americano sancione — ou seja, puna — autoridades estrangeiras envolvidas em corrupção, perseguições políticas ou violações de direitos humanos. As punições podem incluir:• Congelamento de bens nos Estados Unidos,• Bloqueio de contas bancárias em bancos internacionais,• Proibição de entrada em território americano. Por que o nome de Alexandre de Moraes entrou nisso? Com a volta de Trump à Casa Branca, aliados conservadores que denunciam supostos abusos do ministro Alexandre de Moraes ganharam voz novamente. Eles alegam que Moraes, como ministro do STF, tem reprimido a liberdade de expressão e perseguido opositores políticos, especialmente aqueles ligados à direita. Parlamentares conservadores americanos já enviaram petições formais ao governo Trump solicitando que Moraes seja investigado e sancionado com base na Lei Magnitsky. Trump pode realmente sancionar um ministro do STF? Sim. A decisão é discricionária do presidente dos EUA. Se ele entender que há fundamentos suficientes — como violações de liberdades civis ou perseguições políticas — ele pode aplicar sanções unilaterais contra qualquer autoridade estrangeira, inclusive do Brasil. Isso afeta o produtor rural? Diretamente, não. Mas indiretamente, sim e muito. Um país que entra em rota de colisão diplomática com os Estados Unidos pode:• Ter acordos comerciais revisados ou suspensos,• Sofrer pressão econômica em organismos multilaterais,• Perder confiança de investidores internacionais. Para o agro brasileiro — que depende de exportações de grãos, carnes, frutas e lácteos para mercados externos — isso significa risco real de prejuízo. O agro precisa de estabilidade institucional Você, produtor, sabe que não há produção sem segurança jurídica, liberdade e respeito à Constituição. A instabilidade entre os poderes ou o autoritarismo de qualquer autoridade gera desconfiança, freia investimentos e atrasa o progresso. Se um ministro do Supremo é sancionado por outro país por abuso de poder, o impacto vai muito além do nome dele: atinge a imagem do Brasil no mundo. ⸻ Conclusão Com Trump de volta à presidência dos EUA, o Brasil entra no radar das potências internacionais. A possível sanção ao ministro Alexandre de Moraes pela Lei Magnitsky é um sinal de alerta: ou o Brasil retoma o caminho da liberdade e do respeito às instituições, ou pagaremos o preço no comércio, na economia e no campo. O agro, que sustenta o país, não pode assistir calado quando a liberdade está em risco. Diego Trindade é produtor rural, advogado e coordenador do EPROCE. Diretor do Portal AgroMais, também é fundador das iniciativas Agro no Ponto e Agro Otimista, que fortalecem a imagem e os valores do setor. Nesta coluna, compartilha informações exclusivas sobre projetos, acordos e inovações que impulsionam o agro. Pós-graduado em Direito Ambiental e Agrário (PUC/SP), tem MBA em Economia e Gestão de Negócios (FGV/SP) e LL.M. em Finanças (INSPER/SP). Já atuou no Comitê Tributário da Sociedade Rural Brasileira e foi conselheiro titular do CONAT/CE.
Inteligência artificial e edição gênica
Inteligência artificial e edição gênica impulsionam produtividade A princípio, o uso de inteligência artificial e edição gênica promete transformar a produção global de soja até 2035. Essa foi a principal conclusão do 10º Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja, realizado em Campinas (SP), sob organização da Embrapa Soja. Durante o evento, cientistas do Brasil, China, Canadá, Estados Unidos e Argentina apresentaram avanços que unem algoritmos e biotecnologia para aumentar a produtividade da oleaginosa. Segundo os especialistas, a IA terá papel essencial ao interpretar grandes volumes de dados genéticos com mais precisão e agilidade. Pesquisadores apontam novos caminhos para a soja Segundo o pesquisador chinês Zhixi Thian, a cultura da soja precisa de uma transformação científica. Ele reforçou que, sem inovação, a soja ficará atrás de outras culturas como o milho e o trigo. Para ele, o foco deve estar nas raízes, especialmente em regiões de baixa umidade. No Canadá, François Belzile destacou a importância de adaptar a soja a climas mais frios, substituindo culturas como trigo e canola. Já o geneticista Scott Allen Jackson, dos EUA, defendeu que a IA será decisiva para vencer os altos custos do sequenciamento genético. IA acelera eficiência e precisão no campo Além disso, a Argentina aposta em soja mais resistente à seca, herbicidas e com mais proteína. Lá, a edição gênica e as ferramentas de RNAi são combinadas com modelos de inteligência artificial. No Brasil, os esforços priorizam produtividade, sanidade e melhorias na composição nutricional. Por outro lado, a pesquisadora Liliane Henning apontou entraves legais relacionados ao uso do CRISPR. Embora mais barato que os transgênicos, o método ainda enfrenta indefinições sobre patentes e direitos de uso. Sustentabilidade também é prioridade Por fim, o chinês Weicai Yang apresentou estudos sobre a simbiose entre soja e bactérias fixadoras de nitrogênio. A proposta visa reduzir o uso de fertilizantes químicos e aumentar a sustentabilidade do cultivo. Parte dos pesquisadores estima que, com o uso combinado das novas tecnologias, a produtividade da soja pode crescer até 25% até 2035, mesmo diante das mudanças climáticas.
Rendimento do Trabalhador Rural
Salário médio cresce no início de 2025 De acordo com o anuário da Contag e do Dieese, o rendimento do trabalhador rural subiu 5,5% no primeiro trimestre de 2025. Essa alta elevou o valor médio de R$ 2.022 para R$ 2.133. Disparidade regional ainda preocupa Embora o crescimento nacional seja positivo, os números revelam desigualdades marcantes entre as regiões. No Centro-Oeste, mesmo com queda de 7,9%, o salário médio chegou a R$ 3.492. Já o Nordeste apresenta a menor média: R$ 1.081. O Norte segue com R$ 1.997. Tanto Sudeste quanto Sul registraram R$ 3.147. Regiões Norte e Sul mostram avanço Enquanto o Norte apresentou aumento de 21%, o Sul cresceu 9,7%. No Nordeste, o avanço foi de 7,5%. Já o Sudeste subiu apenas 1,7%. Essas variações mostram realidades diferentes na distribuição da renda rural brasileira. Mulheres do campo conquistam mais espaço Segundo o levantamento, a taxa de desemprego feminino rural caiu para 7,6%, o menor índice desde 2015. O progresso reflete diretamente o avanço educacional das mulheres. Em 12 anos, o número de trabalhadoras com ensino superior triplicou, passando de 2% para 6%. Qualificação reduz desigualdade de gênero Além disso, a proporção de mulheres com ensino médio completo cresceu de 14% para 25%. Ao mesmo tempo, reduziu-se o número de trabalhadoras com menos de um ano de estudo. Esse índice caiu de 14% para 10%, o que aponta progresso no campo. Contag cobra políticas públicas mais eficazes Conforme declarou Vânia Marques Pinto, presidente da Contag, os dados devem guiar políticas públicas voltadas aos povos do campo, da floresta e das águas. A entidade reforça o papel da qualificação e da valorização da mão de obra rural.