A força do sertão na maior premiação de queijos artesanais do país A princípio, o Ceará brilha no Queijo Brasil e reforça sua presença como potência na produção artesanal de laticínios. Nos dias 8 e 9 de julho, o estado conquistou 20 medalhas na maior edição da história do Prêmio Queijo Brasil, realizada em Blumenau (SC), com mais de 2.200 produtos avaliados. Além disso, a frase-chave “Ceará brilha no Queijo Brasil” representa não só os resultados, mas o reconhecimento nacional da agroindústria nordestina. Entre os destaques, o laticínio Volvoneta, de Jaguaribara, entrou para a seleção dos 10 melhores queijos do Brasil. Já a fazenda Tibaúba, de Hidrolândia, foi homenageada por sua produtora, Sheilane, eleita a melhor queijeira do Ceará. Participação histórica dos queijeiros cearenses A delegação contou com produtores dos municípios de Jaguaribe, Morada Nova, Limoeiro do Norte, Quixeramobim, Quixadá, Russas e Hidrolândia. Todos levaram ao evento o sabor do sertão com queijos, manteigas, doces de leite e derivados. Por isso, o Ceará brilha no Queijo Brasil mais uma vez, consolidando o talento da agricultura familiar e a dedicação das mulheres do campo. Esse protagonismo reforça a identidade cultural do Nordeste e abre portas para novos mercados. Prêmio Queijo Brasil valoriza o Nordeste O evento é hoje o mais relevante do setor artesanal de laticínios. Ele valoriza a diversidade e a inovação de pequenos produtores, impulsionando o desenvolvimento sustentável nas regiões participantes. Para saber mais, acesse o site oficial do Prêmio Queijo Brasil. Conclusão Por fim, com premiações expressivas e reconhecimento técnico, o Ceará brilha no Queijo Brasil e se consolida como um polo de excelência na produção artesanal. Cada medalha representa não apenas qualidade, mas também história, esforço coletivo e a identidade de um povo. Assista ao episódio completo no canal da TV Portal AgroMaisComente, compartilhe e se inscreva. Valorize o agro nordestino.
COP30 enfrenta impasse global
A ausência dos EUA na COP30 preocupa líderes e pode comprometer o avanço de pautas essenciais, como o financiamento climático. O evento ocorrerá em Belém, no Pará. Para o especialista Marcelo Brito, o cenário geopolítico atual cria um impasse global. Segundo ele, a falta de consenso e a ausência dos EUA inviabilizam decisões relevantes, como novas metas para o fundo climático. Impasse global dificulta avanços na COP30 De acordo com Brito, sem os EUA na mesa, as negociações não avançam. A COP30 tende a não repetir feitos históricos como o Acordo de Paris. Além disso, o modelo da ONU exige consenso. Portanto, a oposição de uma única nação paralisa qualquer decisão, especialmente quando se trata de financiamento climático. COP30 deve focar em implementação Diante das limitações, a COP30 deve se concentrar na execução de compromissos já assumidos. A conferência dará destaque à transição energética, preservação da floresta e transformação da agricultura. Ainda assim, países como China e União Europeia mantêm-se abertos ao diálogo. Isso pode permitir avanços parciais mesmo sem os EUA. Agronegócio pode liderar soluções Marcelo Brito também destacou o papel do setor privado na agenda climática. Hoje, o agronegócio brasileiro já capta 70% de seus recursos fora do governo. Por isso, o setor pode protagonizar iniciativas de financiamento e descarbonização. A COP30 será uma vitrine para isso, segundo Brito. Nesse sentido, o agronegócio é visto como “uma caixinha de soluções”. Com inovação e responsabilidade, o Brasil pode atrair investimentos verdes e liderar o desenvolvimento sustentável. Imagem internacional do Brasil é positiva Durante a Semana do Clima de Londres, Brito afirmou que o Brasil foi bem recebido. A comunidade internacional reconhece o potencial do país para combater o desmatamento e promover agricultura regenerativa. Com isso, a COP30 se torna uma oportunidade estratégica. Mesmo com o impasse global, o Brasil pode consolidar sua liderança na agenda climática mundial.
Tarifa dos EUA afeta Ceará
A princípio, a nova tarifa dos EUA imposta aos produtos brasileiros pode gerar impactos desproporcionais no agronegócio do Ceará. A medida anunciada por Donald Trump estabelece uma alíquota de 50% a partir de 1º de agosto. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), o prejuízo pode ser maior no Estado do que no restante do país. Isso porque os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do agro cearense, representando um terço das exportações em 2024. Tarifa dos EUA afeta diretamente as exportações cearenses De acordo com Amílcar Silveira, presidente da Faec, o valor exportado pelo Ceará chegou a US$ 500 milhões em 2024. Desse total, cerca de US$ 160 milhões foram destinados aos EUA. Por essa razão, a nova tarifa dos EUA compromete os planos de expansão do setor. A meta de dobrar as exportações nos próximos cinco anos, atingindo US$ 1 bilhão, agora está sob risco. Produtores devem buscar alternativas comerciais Com a medida, vários produtos locais perderão competitividade no mercado norte-americano. Isso abre espaço para fornecedores de outros países. Diante do cenário, Amílcar defende cautela e estratégia. Segundo ele, é necessário fortalecer relações comerciais com outros mercados para evitar prejuízos ainda maiores. Faec critica a condução política da crise O presidente da Faec também criticou a postura dos presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva. Para Amílcar, Trump foi impulsivo e Lula, inconsequente. Ele destaca que a questão não deve ser politizada. Trata-se de um tema econômico que exige maturidade e responsabilidade de ambas as partes. Por fim, Amílcar alertou que o agro cearense precisa de estabilidade e parcerias sólidas. A manutenção da competitividade depende de articulação diplomática e comercial eficiente.