Frigoríficos reavaliam embarques após tarifa dos EUA As exportações de carne bovina para os Estados Unidos estão sob forte reavaliação por parte dos frigoríficos brasileiros. Isso ocorre após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre o produto, feito pelo presidente Donald Trump. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, já impacta decisões estratégicas no setor. Desde o anúncio, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) tem acompanhado de perto o cenário. Segundo Roberto Perosa, presidente da entidade, os novos embarques estão sob análise, considerando os efeitos da nova tarifa sobre a competitividade. Tarifa afeta mercado e produção no Brasil Além disso, o impacto já pode ser sentido no mercado interno. Conforme informou Alcides Torres, da Scot Consultoria, frigoríficos reduziram as compras de animais. A incerteza quanto à nova política tarifária esfriou o mercado nacional. Ainda assim, o Brasil segue como o segundo maior fornecedor de carne bovina para os EUA. De acordo com dados da Genial Investimentos, o país representa cerca de 23% das importações norte-americanas. Empresas redirecionam embarques e avaliam riscos Por consequência, frigoríficos como a Minerva têm buscado redirecionar embarques para outros destinos. A empresa afirmou que parte da produção foi antecipadamente enviada aos Estados Unidos para minimizar riscos. Enquanto isso, especialistas apontam que a tarifa pode tornar a carne mais cara para o consumidor americano. Isso pode pressionar ainda mais os custos do setor nos EUA, que já enfrenta escassez de gado. Setor busca alternativas e novas rotas Com isso, abre-se uma janela de oportunidades para outros mercados. A Abiec avalia parcerias com países como Indonésia, enquanto negociações seguem com países asiáticos para diversificar destinos. Em conclusão, as exportações de carne bovina enfrentam um momento decisivo. O setor privado, atento às mudanças, segue buscando estratégias para manter a competitividade global.
Classificação da Soja
CNA discute modernização com Ministério da Agricultura A classificação da soja está no centro de uma discussão estratégica entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Ministério da Agricultura. Em reunião realizada em Brasília, no dia 8 de julho, representantes das duas entidades analisaram ajustes técnicos nos critérios de avaliação da oleaginosa. Desde já, o objetivo é claro: tornar os processos de classificação mais justos, transparentes e alinhados à realidade do campo. Segundo André Dobashi, presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, os parâmetros atuais, como o índice de umidade e o critério de quebra, precisam ser revistos com urgência. Novos critérios para classificação da soja Além disso, Dobashi reforçou que os atuais critérios muitas vezes penalizam injustamente os produtores. Ele defende uma abordagem mais técnica e padronizada, baseada em evidências e na real condição dos grãos. Por esse motivo, a CNA tem investido no desenvolvimento de tecnologias que possam automatizar a análise. Conforme explicou Tiago Pereira, assessor técnico da entidade, soluções digitais estão em fase de testes e buscam eliminar a subjetividade das análises visuais. Classificação impacta exportações e competitividade Do mesmo modo, Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, destacou que a classificação da soja também está no radar de mercados internacionais. Autoridades chinesas, por exemplo, acompanham de perto a qualidade do produto brasileiro. Nesse contexto, Ana Lígia Lenat, coordenadora de produção agrícola da CNA, reforçou a importância da articulação entre governo e setor privado. Para ela, modernizar os critérios é essencial para a competitividade global do agronegócio nacional. Caminhos para um sistema mais moderno Por fim, a modernização da classificação da soja representa um avanço necessário para garantir qualidade, agilidade e segurança na cadeia produtiva. A CNA continuará atuando como ponte entre os produtores e o governo para tornar esse processo mais eficiente e tecnicamente confiável.
Festival do Queijo Ceará
Evento reforça o valor do queijo coalho O Festival do Queijo Ceará movimentou a ExpoJaguar com tradição, inovação e valorização dos produtores locais. Realizado em Jaguaribe, o evento fortalece a cadeia do leite. Desde a primeira edição, o festival estimula melhorias na produção do queijo coalho. Com isso, os produtores recebem feedback técnico e se destacam em concursos nacionais. Concurso reconhece produtores premiados Além disso, a edição deste ano consagrou a queijaria Vovó Neta, de Jaguaribara, com o prêmio Super Ouro no Prêmio Queijo Brasil. O reconhecimento reforça a qualidade cearense. Com mais de 45 produtos avaliados, o concurso reuniu participantes de 10 municípios. Portanto, o Festival do Queijo Ceará se mantém como referência regional e estadual. Queijo coalho como identidade cultural Por outro lado, o festival também valoriza a tradição cultural do interior. A 16ª edição aconteceu dentro da programação da ExpoJaguar, atraindo visitantes e produtores. Apesar da pausa durante a pandemia, o evento voltou em 2023 com força total. Agora, ele fortalece a identidade do queijo coalho como símbolo do Ceará. Parcerias impulsionam o desenvolvimento local Sobretudo, instituições como SENAI e Sebrae apoiam a capacitação dos produtores. Essa colaboração garante melhorias na produção e mais competitividade no mercado. Com foco em inovação, os produtores têm acesso a técnicas modernas. Assim, o Festival do Queijo Ceará transforma a realidade do setor leiteiro regional. Tradição e futuro na mesma mesa Em conclusão, o festival une tradição e inovação no mesmo prato. O queijo coalho cearense ganha destaque e reconhecimento em todo o Brasil. Assista agora ao programa completo no canal da TV Portal AgroMais no YouTube e comente o que achou desse marco para o agro do Ceará!