O número de empregos no agronegócio brasileiro atingiu um recorde no primeiro trimestre de 2025, segundo boletim da CNA e Cepea. De acordo com o estudo, o setor empregava 28,5 milhões de pessoas entre janeiro e março, o maior índice da série histórica iniciada em 2012. Desde o ano passado, o crescimento foi de 0,6%, refletindo a força e a diversidade do setor agropecuário. Além disso, o agronegócio representou 26,2% das ocupações totais do Brasil no período. Setor de insumos impulsiona crescimento Primeiramente, o maior destaque do trimestre foi o setor de insumos, que registrou alta de 10,2% no número de trabalhadores. Em seguida, a agroindústria cresceu 4,8% e os agrosserviços avançaram 2,4%. Em comparação com o trimestre anterior, houve um aumento de 1,1% no total de empregados. Isso significa 312,5 mil novos trabalhadores inseridos no setor em apenas três meses. Renda também apresenta avanço Além do crescimento nas vagas, os empregos no agronegócio mostraram melhora nos rendimentos. A renda média mensal aumentou 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e 0,4% frente ao quarto trimestre. Esses dados demonstram não só expansão no número de ocupações, mas também valorização das pessoas que trabalham no campo, na indústria e nos serviços associados à agropecuária. Estudo detalha participação dos segmentos De acordo com o Cepea, a pesquisa leva em conta quatro grandes segmentos: insumos, produção agropecuária, agroindústria e agrosserviços. As informações foram extraídas da PNAD Contínua trimestral do IBGE, principal referência estatística sobre o mercado de trabalho brasileiro. Por fim, os dados reforçam o papel estratégico do setor na geração de renda, inclusão social e crescimento econômico sustentável do país.
Biocombustíveis e Descarbonização
A recente decisão do governo brasileiro de elevar a mistura obrigatória de biocombustíveis e descarbonização representa um passo estratégico na política energética do país. A medida, anunciada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), amplia o teor de etanol na gasolina de 27% para 30% e o de biodiesel no diesel de 14% para 15%, a partir de 1º de agosto de 2025. Logo no início, o impacto é evidente: menos emissões, maior segurança energética e menor dependência de combustíveis fósseis. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a mudança pode reduzir em até 1,36 bilhão de litros o consumo de gasolina pura e aumentar o uso de etanol anidro em 1,46 bilhão de litros. Etanol e Biodiesel ganham protagonismo Além disso, os biocombustíveis consolidam seu papel central na matriz energética brasileira. O etanol, derivado da cana e do milho, e o biodiesel, feito em grande parte a partir do óleo de soja, movimentam o agro e fomentam o interior do país. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), essa decisão reforça o protagonismo do Brasil na agenda global de biocombustíveis e descarbonização, especialmente no ano da COP30. Isso também estimula inovação, emprego e renda nas regiões produtoras. Medida estratégica para o futuro Por consequência, a elevação das misturas traz benefícios ambientais, econômicos e geopolíticos. A substituição de fósseis por renováveis melhora a qualidade do ar, reduz doenças respiratórias e diminui a pegada de carbono do transporte. Conforme afirmou o secretário Pietro Mendes, a medida diminui a necessidade de importações e amplia a resiliência frente às crises internacionais. A produção nacional de etanol e biodiesel será fundamental para garantir essa autossuficiência. Descarbonização como política de Estado Ademais, líderes do setor reforçaram que o movimento representa mais que uma meta ambiental. Trata-se de uma política de Estado voltada à sustentabilidade, ao desenvolvimento nacional e à estabilidade do mercado interno. Segundo a Aprobio, a medida fortalece a agricultura familiar, gera divisas e valoriza excedentes do agronegócio. Grandes empresas como a Binatural e o Grupo Potencial já estão investindo em novas plantas para atender à demanda crescente. Potencial global e impacto regional Por fim, a decisão posiciona o Brasil como referência mundial em energia limpa. A elevação da mistura fortalece os laços entre energia, segurança alimentar e economia verde, beneficiando todo o sistema produtivo. O óleo de soja, hoje com mais de 75% da participação na produção de biodiesel, deverá ter demanda ampliada. Isso pode gerar novos empregos, atrair investimentos e consolidar o país como protagonista da transição energética.
Missa do Vaqueiro em Canindé
A Missa do Vaqueiro é uma das celebrações mais emocionantes e tradicionais do Nordeste brasileiro. Realizada anualmente em Canindé (CE), essa cerimônia une fé, cultura e memória. Desde o início, a Missa do Vaqueiro representa a resistência de um povo que mantém viva sua identidade cultural. Criada em 1970 por Raimundo Marreiro, a celebração surgiu como uma forma de homenagear os vaqueiros nordestinos. Com o passar dos anos, ela se transformou em um símbolo regional de devoção e tradição. Tradição que atravessa gerações Além disso, a cerimônia marca o encerramento de um ciclo e o início de outro. Os vaqueiros participam como forma de agradecer e pedir proteção para a nova safra. Assim, o evento se tornou um verdadeiro rito de passagem no calendário do sertão. Em 1976, o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, participou da missa e eternizou ainda mais seu valor simbólico. Seu canto emocionado ressoou entre os vaqueiros e tornou aquele momento inesquecível. Até hoje, sua presença é lembrada com orgulho pelos moradores da região. A mudança de cenário e o crescimento Com o crescimento da celebração, o espaço atrás da Basílica de São Francisco se tornou pequeno. Por isso, o evento foi transferido para o Parque de Exposições. Nesse novo local, os vaqueiros conseguem participar montados em seus cavalos, mantendo viva a essência do encontro. Apesar da mudança, o espírito da celebração permaneceu intacto. A simplicidade do sertanejo, sua fé e sua força continuam a guiar o evento ano após ano. O programa “Sertão Nosso”, da TV Portal AgroMais, registrou essa emoção em um episódio especial apresentado por Jaqueline Diógenes. Cultura viva e necessária Por esse motivo, a Missa do Vaqueiro não é apenas uma cerimônia religiosa. Ela é um ato de resistência cultural. Vaqueiros, famílias e jovens se reúnem para manter vivas as raízes do sertão. Além disso, a celebração fortalece a autoestima do povo nordestino e inspira novas gerações. Essa conexão entre passado e presente mostra que a cultura do sertão ainda pulsa com força e verdade. Portanto, preservar essa tradição é essencial. Não se trata apenas de uma homenagem ao vaqueiro, mas de um compromisso com a história viva do Nordeste. Assista agora ao episódio completo do programa “Sertão Nosso” sobre a Missa do Vaqueiro.Acesse o canal da TV Portal AgroMais no YouTube, comente e compartilhe com quem valoriza a cultura do nosso Brasil profundo.
ARTIGO: SE SUA GESTÃO FINANCEIRA APRESENTA ESSES SINAIS, VC PRECISA DA AJUDA DE UM ESPECIALISTA URGENTEMENTE.
Algumas empresas, travam uma batalha diária em busca de aumentar suas vendas, através da conquista de mais clientes, ou mesmo da busca por atingir novos mercados. Seu foco passa a estar muito direcionado para o aumento compulsivo do seu faturamento, como se isso fosse a única maneira de aumentar sua lucratividade, e trazer mais saúde para suas operações. Acabam deixando em segundo plano um dos pontos mais cruciais para a sustentação do seu negócio, que é a forma como se deve fazer a sua gestão financeira. Aí se esconde, grande parte das imperícias que podem fazer ruir todos os esforços empresariais. Uma gestão financeira eficaz, deve ser capaz de conter os possíveis pontos de evasão de capital da empresa, desenvolvendo controles que possam fazer o monitoramento de suas operações, de uma maneira sistêmica e, até mesmo, conseguindo isolar a visão de cada área, para se ter a possibilidade de se visualizar onde se pode fazer alguma ação de redução de custos, com base na margem de contribuição que cada Centro de Custos apresenta no todo. Além dos controles, é necessário que essa gestão financeira tenha a capacidade de construir uma boa rede de relacionamentos, com todos os componentes de sua cadeia produtiva: Clientes, Fornecedores, Concorrentes, etc. Existem alguns sinais que devem ser vistos como alarmes para definir que a sua Gestão Financeira está precisando de mais atenção. São estes alguns: A – Faturamento declinando por mau dimensionamento dos seus preços Vamos ter em mente sempre que, toda venda deve ser seguida de lucro, e que esse lucro deve ser capaz de cobrir às expectativas de resultados. A questão aqui é que, se necessita ter capacidade de saber calcular essa margem de lucro de uma maneira que obedeça a dois critérios essenciais: B – Tomadas constantes de empréstimos, sejam em bancos ou outros agentes Aqui se encontra um dos sinais mais críticos. Quando a empresa começa a tomar empréstimos para “apagar incêndios”, ou seja, para pagar contas essenciais que deveriam estar sendo cobertas pela sua atividade operacional convencional, realmente se chegou a um ponto muito crítico, e ficou claro que a gestão financeira não foi capaz de tomar medidas preventivas para não se chegar a esse ponto. Ocorrerá um afogamento do caixa da empresa, pois o acumulo de juros, IOF e outros encargos provenientes dos empréstimos sucessivos, irão corroer os já depreciados lucros, e isso empurrará a empresa para uma rua sem saída. Surgirão então as restrições financeiras, e aí todos os outros fornecedores também começarão a travar suas negociações. O cerco começa a se fechar. C – Mistura das finanças da empresa com as pessoais Um dos erros mais comuns, principalmente em empresas familiares, é a confusão que se faz entre o caixa da empresa e a retirada dos sócios. A empresa tem suas obrigações bem definidas para se conseguir manter operando, os sócios devem conseguir sobreviver com uma retirada “X”, que esteja dentro da capacidade de pagamento da empresa. Se o caixa passar a sofrer sangrias constantes e sem programação, os pagamento das contas que estavam previstas como pagamento de impostos, pagamentos de fornecedores, pagamentos de funcionários, etc, ficarão comprometidas. Esse é um clássico indicador de que a sua gestão financeira precisa de uma reordenamento disciplinar urgente. D – Fornecedores enviando títulos para protesto Uma das maneiras mais saudáveis de se financiar a operação de uma empresa, é através dos créditos e prazos concedidos pelos fornecedores, porém se a situação financeira da empresa chegou ao ponto de não estar mais permitindo cumprir com as obrigações assumidas com os mesmos, e estes já começaram a enviar seus títulos para protesto, é porque a forma como a sua gestão vinha atuando, não se antecipou de forma clara e coerente ao ponto de conseguir evitar o desgaste do relacionamento com os seus principais agentes financiadores. É preciso então reverter essa imagem através de negociações plausíveis. Lembre-se sempre que os seus fornecedores são um dos ativos mais preciosos da sua empresa. E – Atraso no pagamento de Impostos Como dito anteriormente, a gestão deve ser capaz de calcular sua margem de lucro de uma maneira que esta supra seus custos, e deixe um líquido que atenda às expectativas dos acionistas. Dentre esses custos estão os impostos. Logo, ao auferir a venda, a gestão financeira já deve ir provisionando o recurso necessário para pagamento dos impostos. Caso isto não esteja sendo feito, logicamente ela acabou destinando os recursos para outro fim que não o devido. A consequência desse não pagamento de impostos, pode ser inclusive a execução judicial dos bens da empresa, e se caso essa penhora não seja suficiente, os bens dos sócios podem ser arrolados no processo. Não deixem as dívidas com impostos se acumularem, procurem com urgência o respectivo órgão, e façam um parcelamento que esteja o mais próximo possível de sua capacidade financeira. F – Não possuir controle do fluxo de caixa Uma empresa que não possui um fluxo de caixa está à deriva em mar aberto. Está entregue à própria sorte. Pois não consegue ter uma visão dos compromissos já assumidos, e isso pode acarretar em um endividamento incontrolável. Não possuir uma controle eficiente de fluxo de caixa é a prova cabal de que a empresa não possui uma gestão financeira eficiente. G – Uso constante do cheque especial Usar o cheque especial de forma constante, é a mesma coisa de se estar tomando doses diárias de veneno. Essa é a linha de crédito mais cara que existe, e não foi desenhada para ser usada como capital de giro, como muitas empresas fazem. Ela só deve ser usada em momentos extremos e de forma isolada. O volume impagável de juros que superam em muito a margem de lucro, que se pode colocar em seus produtos, acabará aumentando em progressão geométrica chegando a um ponto que obrigará a empresa a fazer um parcelamento, ou mesmo a tomar uma linha mais barata para cobrir esse buraco. Fujam ao máximo do cheque especial. Como vimos, a Gestão Financeira se constitui como