Agro impulsiona PIB do Ceará no 1º trimestre de 2025 A agropecuária cearense segue em ritmo acelerado de crescimento e foi o setor que mais contribuiu para o avanço do PIB do Ceará no primeiro trimestre de 2025. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), o setor registrou um aumento de 18,43% em relação ao mesmo período de 2024, consolidando-se como pilar de sustentação da economia estadual. Essa taxa é significativamente superior à média geral da economia, que teve expansão de 4,18%, e ao desempenho da indústria (2,87%) e dos serviços (3,41%), reforçando o protagonismo da agropecuária no cenário atual. O Valor Adicionado Bruto (VAB) do setor agropecuário, que mede efetivamente a contribuição das atividades produtivas ao PIB, também mostrou força, com alta de 18,43%. Desempenho acumulado confirma trajetória ascendente O desempenho positivo não se limita a este trimestre. Ao se analisar os últimos quatro trimestres (de 2º trimestre de 2024 a 1º de 2025), a agropecuária acumula crescimento de 25,47%, superando com folga os demais setores e contribuindo para o VAB total de 6,35% no período. Esse resultado reforça uma tendência consistente observada ao longo de 2024, quando o setor cresceu 25,16% ao longo do ano. Entre os trimestres de 2024, os destaques foram o segundo trimestre, com expressiva alta de 36,14%, e o quarto, com 24,80%, indicando um desempenho sustentado e não pontual. Setor mostra resiliência e potencial de expansão A força da agropecuária no Ceará está associada à combinação entre avanços tecnológicos, ampliação da produtividade, adaptação às condições climáticas e valorização de cadeias produtivas estratégicas, como a fruticultura irrigada, a produção de leite e o crescimento de culturas como milho e sorgo. Com o apoio de instituições como o Sistema FAEC/SENAR, Sebrae e políticas voltadas à assistência técnica e à capacitação rural, o setor tem se posicionado de forma competitiva, atraindo investimentos e fortalecendo o desenvolvimento regional. Além disso, é importante destacar que o crescimento do agro contribui diretamente para a geração de emprego e renda no interior do estado, colaborando para a redução das desigualdades e o fortalecimento das economias locais. Oportunidades à frente Com os bons resultados, o agro desponta como uma das maiores oportunidades para impulsionar a economia cearense em 2025. O fortalecimento das cadeias produtivas, a inovação e a sustentabilidade são os principais caminhos para manter o setor competitivo. É nesse contexto que surgem iniciativas como o EPROCE – Encontro de Produtores Rurais do Ceará, que tem mobilizado produtores e lideranças para discutir o futuro do agro cearense com visão estratégica. 📺 Comenta aqui, compartilhe e fique ligado na TV Portal AgroMais para mais novidades sobre o agro no Ceará!
Doenças Fúngicas no Milho
A ameaça silenciosa nas lavouras Apesar do manejo constante, as doenças fúngicas no milho seguem como um dos maiores desafios para a produtividade das lavouras. Quando não identificadas a tempo, essas doenças podem reduzir a colheita em até 50%. Recentemente, a engenheira agrônoma Djaia Mussengue reforçou esse alerta ao compartilhar imagens de campo com sintomas de duas doenças recorrentes: ferrugem comum (Puccinia sorghi) e mancha foliar de Turcicum (Exserohilum turcicum). Ambas afetam diretamente a capacidade fotossintética da planta e comprometem seu vigor produtivo. Como identificar os sinais no campo Por outro lado, muitos sintomas passam despercebidos no início. A ferrugem comum surge como pústulas alaranjadas que liberam esporos e se espalham com facilidade. Já a mancha foliar de Turcicum apresenta lesões ovais e escuras que se alongam nas folhas, dando à planta um aspecto queimado. Além disso, essas infecções prejudicam o enchimento dos grãos e aumentam os custos da produção. Isso ocorre porque exigem o uso mais intensivo de fungicidas e demandam maior atenção no manejo. Estratégias de controle mais eficazes Felizmente, é possível reduzir os impactos com práticas integradas. O monitoramento constante das lavouras, o uso de cultivares resistentes e a rotação de culturas são métodos comprovados para controlar essas doenças fúngicas no milho. Adicionalmente, a aplicação racional de fungicidas, com base em diagnóstico técnico, melhora a eficiência e reduz perdas financeiras. Por isso, o diálogo entre agrônomos, técnicos e produtores é essencial. Conclusão: conhecimento e experiência no controle Portanto, enfrentar as doenças fúngicas no milho exige integração entre ciência e prática de campo. Essa troca fortalece o controle fitossanitário e garante colheitas mais saudáveis. Djaia finaliza com um convite: “Você já viu esses sintomas nas lavouras? Quais estratégias têm dado certo na sua região?”
Irã e Israel: Cooperação em Recursos Naturais
Introdução: um passado que surpreende Embora o cenário atual aponte para conflito, a cooperação em recursos naturais entre Irã e Israel já foi estratégica. O passado revela alianças que hoje soam improváveis. Antes da Revolução Islâmica de 1979, Irã e Israel mantinham relações diplomáticas e comerciais. O Irã foi o segundo país muçulmano a reconhecer o Estado de Israel oficialmente. Infraestrutura energética como elo central Além disso, os dois países cooperaram em projetos de alto impacto. O oleoduto Eilat-Ashkelon foi criado para evitar o Canal de Suez e facilitar o transporte de petróleo. Por consequência, o Irã forneceu petróleo a Israel mesmo durante crises internacionais. Atualmente, o país ainda busca compensações financeiras por acordos firmados nesse período. Apoio humanitário e conhecimento técnico Por outro lado, Israel prestou ajuda significativa ao Irã durante catástrofes naturais. Após o terremoto de Buin-Zahra, arquitetos e urbanistas israelenses apoiaram o plano de reconstrução local. Ainda assim, pouco se fala sobre esse episódio histórico. A cooperação incluiu transferência de tecnologia e consultoria técnica em urbanismo sustentável. Agricultura: herança tecnológica duradoura Além do setor urbano, a cooperação em recursos naturais teve forte impacto no campo. Sistemas israelenses de irrigação por gotejamento permanecem em uso no Irã até hoje. Inclusive, a Netafim, empresa israelense de referência, foi responsável pela implementação inicial dessas soluções. Muitos produtores ainda utilizam a marca como referência técnica. Avanço autônomo e inovação iraniana Por sua vez, o Irã buscou caminhos próprios após o isolamento econômico. Suas universidades investiram em pesquisa, gerando autossuficiência em tecnologias ambientais e agrícolas. Nesse contexto, líderes iranianos como Masoumeh Ebtekar defenderam o compartilhamento dessas inovações em fóruns globais. A proposta era usar a ciência como ponte diplomática. Cooperação ambiental como futuro possível Finalmente, a sustentabilidade pode unir antigos rivais. Ecossistemas semelhantes, escassez hídrica e desafios climáticos criam oportunidades para retomar a cooperação em recursos naturais. Recentemente, o CSIS publicou um relatório sobre cooperação ambiental no Golfo. A iniciativa inclui Israel e sugere caminhos possíveis para a construção de alianças verdes. Conclusão: reconstruir com base no passado Portanto, mesmo em tempos de tensão, o legado de colaboração entre Irã e Israel permanece relevante. Ele mostra que, em momentos de visão estratégica, inimigos podem se tornar parceiros. Se a paz for possível, será pela via da sustentabilidade, da ciência e do reconhecimento mútuo. E esse passado conjunto é uma semente pronta para germinar.
Indicação Geográfica no Agro
O que é Indicação Geográfica? Antes de tudo, é importante entender o conceito de indicação geográfica. Esse selo reconhece produtos cuja reputação está diretamente ligada ao seu território de origem. Ele pode ser um grande diferencial competitivo para pequenos e médios produtores. Por que a Origem Importa? Além da qualidade, o local de produção agrega valor ao produto. A indicação geográfica mostra ao consumidor que aquele item carrega tradição, história e autenticidade. Como Funciona a Certificação? De acordo com a Lei nº 9.279/1996, existem dois tipos de indicação geográfica: indicação de procedência e denominação de origem. Ambas são regulamentadas pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Quais São os Tipos de Selo? Por um lado, a indicação de procedência reconhece regiões com fama consolidada na produção de um item. Por outro, a denominação de origem exige que as características do produto estejam diretamente ligadas ao território. Exemplos Reais no Ceará No Ceará, encontramos vários exemplos. O camarão da Costa Negra tem denominação de origem, por apresentar sabor e textura únicos da região. Já as redes de dormir de Jaguaruana têm indicação de procedência, pois a cidade é tradicionalmente reconhecida pela produção. Por que Investir Nesse Selo? Além disso, o selo fortalece a economia local, estimula o turismo e valoriza o produtor. Com essa indicação, o consumidor reconhece o produto como especial. Como Solicitar a Indicação Geográfica? Em primeiro lugar, é preciso que a associação ou cooperativa responsável organize a documentação e comprove a notoriedade. Depois, é necessário submeter o pedido ao INPI. Conclusão: Valor que Nasce do Chão Por fim, investir em indicação geográfica é investir em identidade, exclusividade e competitividade. Seu produto deixa de ser comum e passa a ter origem reconhecida. Assista ao episódio completo de “Da Porteira para Fora” no canal da TV Portal AgroMais no YouTube.Comente, compartilhe e descubra como colocar seu território no mapa do Brasil — e do mundo.