Serasa: 85% dos produtores são sustentáveis Um estudo da Serasa Experian revelou que 85% dos produtores sustentáveis de soja e milho no Centro-Oeste operam em conformidade com as exigências socioambientais do crédito rural. Desde o início, os dados mostram que esses produtores seguem as diretrizes do Manual de Crédito Rural (MCR), sem embargos, conflitos fundiários ou problemas com áreas protegidas. Isso reforça sua confiabilidade como tomadores de crédito. Análise georreferenciada comprova sustentabilidade no campo Além disso, o estudo cruzou imagens de satélite com bases de dados ambientais e econômicos. A Serasa analisou 166 mil imóveis com plantio de grãos nos últimos cinco anos. Com isso, ficou evidente que os produtores sustentáveis apresentam maturidade socioambiental. Eles cumprem normas e demonstram baixo risco de inadimplência, segundo critérios oficiais do MCR. Perfil de risco atrai crédito e investimentos Por outro lado, 48% dos imóveis analisados não possuem nenhum impeditivo ambiental ou financeiro. Outros 37% requerem análise mais detalhada, conforme o perfil de risco de cada instituição. Ainda assim, o levantamento mostra que a maioria do agro está preparada para receber crédito com responsabilidade. Isso fortalece o setor como um pilar seguro da economia nacional. Regiões se destacam pela regularidade ambiental Além disso, estados como Goiás e Mato Grosso do Sul lideram em conformidade. Cidades como Rio Verde (GO) e Dourados (MS) concentram propriedades sem restrições, atraindo capital para o campo. Portanto, o estudo destaca que regularidade ambiental somada à produtividade abre caminho para mais acesso ao crédito e políticas de incentivo ao setor. Conclusão: sustentabilidade gera confiança no agro Por fim, o levantamento da Serasa Experian mostra que os produtores sustentáveis de milho e soja ajudam a consolidar o Brasil como referência em produção responsável e financeiramente segura.

Brasil vive hora de liderar no agro mundial O Brasil atravessa um momento estratégico para liderar no agro mundial. Em um cenário global marcado pela transição de hegemonias, o país desponta como uma potência agroalimentar com credibilidade crescente. Segundo o professor Geraldo Eugênio, da UFRPE-UAST e membro da ABCA, há uma convergência histórica rara. O avanço científico, a consolidação de práticas sustentáveis e o protagonismo internacional formam uma base sólida para esse protagonismo. Transição global favorece o agro brasileiro Antes de tudo, é importante destacar que a perda de força dos Estados Unidos e a ascensão da China reconfiguram o cenário geopolítico. Nesse vácuo de poder, o Brasil conquista espaço como fornecedor confiável de alimentos. Além disso, a atuação da Embrapa, desde 1973, garantiu segurança técnica ao campo. Hoje, o país exporta mais de 320 milhões de toneladas de grãos por ano e lidera iniciativas como o plantio direto e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Inovação e ciência fortalecem a liderança Ao mesmo tempo, cresce o número de startups voltadas para o agro. A nova geração rural é empreendedora, conectada e comprometida com o futuro. O Brasil, portanto, tem como liderar no agro com tecnologia nacional. Contudo, o texto aponta entraves. A ideologização de lideranças, a politização do comércio exterior e a dependência de insumos estratégicos podem limitar esse avanço. Sustentabilidade e imagem internacional em jogo Entretanto, há um alerta claro: é necessário enfrentar o negacionismo ambiental e social. A imagem do agro brasileiro depende da coerência entre prática e discurso. O mundo observa com atenção. Por isso, fortalecer o espírito público no setor é essencial. Separar bons exemplos de narrativas distorcidas ajuda a preservar a confiança internacional e atrair novos parceiros. Conclusão: o agro brasileiro pode ser líder global O Brasil tem solo fértil, tecnologia, juventude no campo e reconhecimento internacional. Nunca foi tão possível liderar no agro mundial como agora. O país precisa de estratégia, união e visão de longo prazo.