O Projeto de Integração do Rio São Francisco dará um salto importante em sua eficiência. A transposição do São Francisco receberá seis novas bombas de abastecimento no Eixo Norte. Desde já, essa ampliação dobra a capacidade atual de bombeamento, passando de 24 m³/s para 49 m³/s. O investimento total será de R$ 491,3 milhões, parte do Novo PAC. Ampliação estratégica no Eixo Norte Antes de mais nada, as novas bombas vão reforçar as Estações de Bombeamento da transposição do São Francisco, atendendo à crescente demanda por água no semiárido. Além disso, a medida fortalece dois grandes ramais: Apodi e Salgado, que juntos somam mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos. Esses ramais levarão água a regiões ainda não atendidas de forma contínua. Segurança hídrica para o Nordeste De forma prática, essa ampliação vai garantir abastecimento para 12 milhões de pessoas. Os estados diretamente beneficiados são Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Com o reforço no sistema, será possível atender comunidades urbanas, pequenas produções agrícolas e atividades produtivas diversas em regiões vulneráveis à seca. Estrutura robusta e tecnológica Atualmente, o Eixo Norte já possui três estações principais. As estações elevam a água do São Francisco até 188 metros de altura, o equivalente a um prédio de 58 andares. Com seis conjuntos de motobombas, válvulas e tubulações forçadas, o sistema garante transporte contínuo da água por centenas de quilômetros, até os reservatórios dos estados beneficiados. Avanços sociais e econômicos Por consequência, a transposição do São Francisco gera impacto direto na qualidade de vida. Ela amplia o acesso à água, estimula a agricultura familiar e fortalece a economia local. Segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, mais de 600 milhões de metros cúbicos já foram distribuídos desde o início da operação do Eixo Norte. Um projeto essencial para o futuro Sem dúvida, a instalação das novas bombas representa um marco no avanço do projeto. O aumento da vazão garantirá mais eficiência no uso dos recursos hídricos. Ao mesmo tempo, a obra reforça o compromisso do Governo Federal com a segurança hídrica e o desenvolvimento sustentável do Nordeste.
Conservação dos Recursos Genéticos
O Brasil acaba de dar um passo importante na conservação dos recursos genéticos. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou a Política Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Recursos Genéticos (RGen+Sustentável). Desde o início, a política contou com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Juntas, essas pastas propõem ações integradas para valorizar a biodiversidade, promover inovação agropecuária e garantir a segurança alimentar da população. Objetivos da RGen+Sustentável Em primeiro lugar, a conservação dos recursos genéticos visa proteger e valorizar a base biológica da agricultura e da pecuária. Essa política reúne estratégias voltadas para a preservação de plantas, animais, microrganismos e outros organismos essenciais à produção de alimentos. Além disso, o programa busca estimular sistemas agropecuários sustentáveis e fomentar a geração de bioinsumos e cultivares adaptadas ao clima brasileiro. Isso aumenta a resiliência da produção frente às mudanças climáticas. Conhecimento tradicional como base de inovação Outro ponto essencial da RGen+Sustentável é a valorização do conhecimento tradicional de povos indígenas, agricultores familiares e comunidades tradicionais. Essas populações manejam recursos genéticos há séculos e devem participar diretamente das decisões sobre uso e conservação. Portanto, a nova política também assegura a repartição justa dos benefícios gerados pelo uso dos recursos genéticos, como previsto em convenções internacionais. Comitê gestor e articulação entre ministérios Na cerimônia de lançamento, os ministérios assinaram uma portaria interministerial que cria o Comitê Gestor da RGen+Sustentável. Com 20 representantes do governo e da sociedade civil, o grupo coordenará a política nacional e sua integração com outras iniciativas, como a Estratégia Nacional de Bioeconomia. Por fim, a conservação dos recursos genéticos fortalece a posição do Brasil como referência em sustentabilidade e inovação agrícola. Essa é uma ação estruturante, que une ciência, tradição e políticas públicas em benefício da sociedade.
Nutrição Animal no Semiárido
A nova tabela BR Caprinos e Ovinos transforma a nutrição animal no semiárido. O sistema traz dados precisos sobre alimentação adequada para caprinos e ovinos no clima tropical. Desperdício evitado com base científica Até então, produtores do semiárido utilizavam tabelas internacionais, desenvolvidas para animais de regiões frias. Isso resultava em gastos excessivos e menor aproveitamento nutricional dos alimentos. Com a nova tabela nacional, os pesquisadores da UFC e de outras instituições propõem ajustes técnicos com base em estudos desenvolvidos desde 2008, voltados à realidade do semiárido brasileiro. Rações mais eficientes e acessíveis Além disso, o BR Caprinos e Ovinos recomenda rações com 12% de proteína bruta, em vez dos 16% usados anteriormente. Essa mudança reduz o custo sem afetar a produtividade. O farelo de soja, principal fonte proteica, custa caro no Nordeste. Logo, diminuir sua proporção na dieta dos animais representa economia direta para o produtor rural. Produção com menor impacto ambiental Por consequência, os animais aproveitam melhor os nutrientes e geram menos resíduos no solo. Assim, o sistema evita desperdícios e contribui com a sustentabilidade das pequenas propriedades. Outro ponto importante é a redução do uso de fósforo em excesso, já que a nova fórmula atende exatamente às exigências do animal em cada fase. Competitividade para o Nordeste Atualmente, o Ceará lidera a criação de cabras no Brasil, com mais de 2,5 milhões de animais. Portanto, melhorar a nutrição animal no semiárido é essencial para fortalecer o agro nordestino. O material está disponível gratuitamente no site da Universidade Federal do Ceará, facilitando o acesso ao conhecimento e à inovação por parte dos produtores. Por fim, assista ao episódio completo do Inova Agro e deixe seu comentário no canal da TV Portal AgroMais no YouTube. A ciência está transformando o campo.