Exportações firmes sustentam cenário positivo O mercado de suínos vive um momento favorável, impulsionado por exportações fortes e uma oferta interna bem ajustada. Essa combinação tem garantido preços elevados e margens atrativas para os produtores. Logo no início do ano, os preços do suíno vivo reagiram de forma significativa. Em fevereiro, o valor médio no estado de São Paulo alcançou R$ 8,74 por quilo, com alta de 10% em relação a janeiro e 31,5% frente a fevereiro de 2024. Apesar de uma leve estabilidade registrada em março, os preços permanecem em patamares historicamente altos. Custos sob controle aumentam a rentabilidade Enquanto os preços sobem, os custos de produção mostram estabilidade. O milho registrou aumento em alguns estados, mas teve queda de 1% em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Além disso, o recuo no preço do farelo de soja compensou parte da elevação no custo do milho. Como consequência, o impacto nos custos foi limitado a 0,3% em média. Ao mesmo tempo, o spread da suinocultura saltou para 36%, garantindo um retorno de até R$ 270 por animal finalizado. Exportações continuam em alta No cenário internacional, o desempenho das exportações segue firme. Em fevereiro, o Brasil embarcou 101 mil toneladas de carne suína, um aumento de 19,9% em relação ao mesmo período de 2024. Ainda que o real tenha se valorizado, o spread da exportação ficou em 78%, acima da média histórica. Apesar de uma retração nas compras da China e do Chile, países como Filipinas, Japão e México ampliaram suas compras. Com isso, o Brasil pode ocupar espaços deixados por concorrentes, especialmente após a imposição de tarifas chinesas sobre a carne suína dos Estados Unidos. Expectativas seguem positivas Diante desse cenário, o mercado de suínos mantém uma tendência de estabilidade com viés de alta. Com oferta ajustada, exportações ativas e custos sob controle, os produtores seguem otimistas para os próximos meses.
Central de sêmen equino
Investimento inédito impulsiona reprodução de cavalos no Brasil A central de sêmen equino da Seleon Biotecnologia marca um avanço histórico para o setor da equinocultura brasileira. Com um investimento de R$ 10 milhões, a empresa está implantando a primeira central do país com tecnologia de padrão internacional. Atualmente, o Brasil possui mais de 5 milhões de cavalos, mas grande parte da reprodução ainda ocorre nos próprios haras, com pouco controle sanitário. Diante disso, a Seleon decidiu transferir sua expertise em genética bovina para a reprodução de equinos, promovendo qualidade, segurança e inovação. Estrutura moderna garante rigor sanitário Para atender às exigências do mercado, a central contará com laboratório avançado, banco criogênico, redondel, pistas de grama e areia, além de espaços para soltura controlada e alimentação monitorada. Segundo a empresa, todo o processo seguirá protocolos sanitários rigorosos, garantindo a integridade do material genético. Com isso, garanhões de elite do Brasil e do exterior poderão ser atendidos com total segurança. Além disso, o projeto já nasce com foco em atender o mercado nacional e internacional, com certificações e padrões de qualidade reconhecidos. Equinocultura com tecnologia e retorno estratégico Pensando no futuro, a Seleon também planeja criar um espaço para eventos e desfiles, além de parcerias com seguradoras para proteger o investimento dos criadores. De acordo com o diretor executivo, Rafael Zonzini, a expectativa é recuperar o investimento em três anos. Portanto, a nova central de sêmen equino fortalece a cadeia produtiva, promove inovação e eleva o nível da equinocultura brasileira, unindo tecnologia, bem-estar animal e visão estratégica.
Doma racional no campo
Transformando o manejo com bem-estar e produtividade A doma racional vem revolucionando a forma como lidamos com os animais no campo. Por esse motivo, produtores buscam alternativas mais humanas e eficazes. Essa técnica, que valoriza o respeito e a paciência, promove benefícios reais tanto para o trabalhador rural quanto para os animais. O que é doma racional? Antes de mais nada, é essencial entender que a doma racional substitui métodos agressivos por uma abordagem de confiança. Enquanto a doma tradicional utiliza força, gritos ou ferrões, essa nova técnica foca em estímulos positivos e no tempo do animal. Além disso, ela respeita o bem-estar animal e reduz significativamente o estresse. Como resultado, o manejo se torna mais seguro, e os animais, mais produtivos. Capacitação com foco prático Recentemente, o Senar Ceará, em parceria com o Senar Minas Gerais, realizou um curso de doma racional com 15 instrutores. Durante o curso, a metodologia “aprender fazendo” garantiu a aplicação prática do conteúdo. Desse modo, os participantes vivenciaram cada etapa da técnica diretamente com os animais. Consequentemente, esses instrutores estão preparados para multiplicar o conhecimento em diferentes regiões do Brasil. Benefícios da doma racional no dia a dia do produtor De fato, os resultados da doma racional aparecem logo nos primeiros dias: Portanto, aplicar essa técnica é um investimento inteligente, que gera retorno no curto e longo prazo. Um novo futuro para o agro Com isso, investir em capacitação fortalece não só o produtor, mas também o agronegócio como um todo. O Senar, que completa 30 anos, segue apoiando formações que unem tradição, técnica e cuidado com o campo.