UFC Inova com Tecnologia para Produção Industrial de Pele de Tilápia A Universidade Federal do Ceará (UFC), através do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos, apresentou uma solução pioneira para o tratamento de queimaduras: o uso da pele de tilápia. Essa tecnologia inovadora é resultado de mais de dez anos de pesquisas e já demonstrou resultados promissores em ensaios clínicos. Um Biomaterial de Alta Eficácia Os estudos revelaram que o biomaterial à base de pele de tilápia liofilizada é altamente eficaz. O processo de produção envolve desidratação, embalagem e esterilização, garantindo segurança e qualidade. Segundo Edmar Maciel Lima Jr., coordenador geral da pesquisa, a pele de tilápia possui uma alta concentração de colágeno tipo 1, superior à encontrada na pele humana, o que contribui significativamente para o sucesso dos tratamentos. Patente e Expansão para Escala Industrial Em dezembro do último ano, a UFC finalizou o registro de patente do biomaterial. Agora, com a abertura do edital de licitação, empresas poderão produzir a pele de tilápia em escala industrial, tornando o tratamento mais acessível para a população. Esse avanço marca a primeira aprovação pela ANVISA de uma pele animal para uso na área da saúde. Benefícios da Pele de Tilápia A pele de tilápia oferece diversas vantagens, tanto médicas quanto ambientais: Impacto Social e Acadêmico A patente da pele de tilápia representa um marco não apenas para a UFC, mas também para a sociedade. Odorico de Moraes, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos, enfatiza a relevância de transformar o conhecimento acadêmico em soluções acessíveis para a população. O projeto também contou com a participação ativa de estudantes, como a mestranda em biologia Candeias Santos, que destacou seu orgulho em contribuir para uma iniciativa de tamanha relevância. Outras Aplicações e Potencial Econômico Além de seu uso em queimaduras, a pele de tilápia liofilizada se diferencia por sua conservação sem umidade, reduzindo o risco de contaminação. O material também apresenta potencial para tratamentos veterinários e outras aplicações médicas. Do ponto de vista econômico, a tecnologia abre novas oportunidades para os produtores de tilápia, transformando um resíduo antes descartado em um subproduto comercializável. Brasil como Referência em Inovação Científica Com o avanço dessa pesquisa, o Brasil reforça sua posição como líder em inovação científica, promovendo soluções sustentáveis e acessíveis para desafios globais. A produção industrial da pele de tilápia promete transformar a vida de milhares de pessoas, unindo ciência, sustentabilidade e impacto social.

BNDES Libera R$ 4,8 Bilhões para o Plano Safra 2024-2025 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta quinta-feira (23), a liberação de R$ 4,8 bilhões em recursos destinados ao crédito rural como parte do Plano Safra 2024-2025. Desse total, R$ 2,7 bilhões serão direcionados para linhas voltadas à agricultura empresarial, enquanto R$ 2,1 bilhões atenderão à agricultura familiar. Com essa nova liberação, o BNDES ainda dispõe de R$ 11 bilhões em recursos disponíveis nos diferentes Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF), que poderão ser utilizados até junho de 2025. Os recursos têm como objetivo atender produtores rurais, cooperativas e agricultores familiares em diversas finalidades, como o custeio de atividades, investimentos na ampliação da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, construção de armazenagem e aplicação em inovações tecnológicas. Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, a iniciativa reforça o compromisso do banco com o agro brasileiro: “Essa nova liberação de recursos demonstra o papel estratégico do BNDES no governo do presidente Lula no apoio ao agro brasileiro, promovendo tanto o crescimento da agricultura familiar quanto o desenvolvimento da agricultura empresarial. Nosso objetivo é garantir que pequenos e médios produtores tenham acesso ao crédito necessário para investir em inovação, modernização e práticas sustentáveis, fortalecendo a cadeia produtiva e contribuindo para a transição a uma economia mais verde.” O BNDES é um dos principais agentes financiadores do setor agropecuário no Brasil. No Plano Safra 2024-2025, o banco já aprovou R$ 27,9 bilhões, distribuídos em mais de 126 mil operações indiretas realizadas por agentes financeiros credenciados. Além disso, o BNDES também oferece soluções próprias, como o BNDES Crédito Rural, que já totalizou R$ 3,7 bilhões em operações aprovadas na safra atual, assegurando o suporte contínuo ao setor agro durante todo o ano.

De acordo com Antônio Alves, consultor rural com ampla experiência no setor, o sucesso da colheita mecanizada de cana-de-açúcar envolve mais do que alcançar bons números. Ele destaca que a eficiência e a sustentabilidade dessa operação dependem de princípios sólidos, que combinam conhecimento técnico, liderança e compromisso com a segurança e o desenvolvimento contínuo. Alves afirma que a segurança deve ser o alicerce de qualquer operação. O uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos regulares e inspeções rigorosas das máquinas são medidas indispensáveis para garantir que os protocolos de segurança sejam sempre seguidos. Ele reforça que nenhuma produtividade pode justificar riscos ou acidentes. Além disso, a gestão eficiente dos equipamentos desempenha um papel crucial. Planejar manutenções preventivas, organizar a logística operacional e otimizar o uso de recursos, como combustível, são práticas que asseguram maior eficiência e reduzem custos. No campo da liderança, Alves ressalta a importância de inspirar e motivar a equipe. Para ele, um ambiente de trabalho positivo é criado por meio de comunicação aberta, reconhecimento e valorização dos colaboradores. Esse clima colaborativo é essencial para alcançar os melhores resultados. Por fim, Alves defende que a liderança deve ter uma visão sistêmica do processo produtivo, integrando todas as etapas, desde o plantio até o transporte. Essa abordagem permite maximizar a eficiência operacional e a rentabilidade, sem comprometer a sustentabilidade. “Ser líder na colheita mecanizada de cana-de-açúcar é um desafio que exige a união de conhecimento técnico, habilidades de gestão, visão integrada e um forte compromisso com a sustentabilidade. É um trabalho constante, mas extremamente recompensador”, conclui Alves.