Consumo Mundial de Café Alcança 177 Milhões de Sacas em 12 Meses Entre outubro de 2023 e setembro de 2024, o consumo global de café atingiu 177 milhões de sacas de 60 kg, um crescimento de 2,25% em relação ao período anterior. Essa expansão foi acompanhada por um aumento de 5,82% na produção mundial, que passou de 168,2 milhões para 178 milhões de sacas. Produção Global: Distribuição por Espécies Do total produzido, 102,2 milhões de sacas (57,41%) foram da espécie Coffea arabica (arábica), enquanto 75,8 milhões de sacas (42,59%) corresponderam à Coffea canephora (robusta e conilon). Regiões Produtoras: América do Sul Lidera Os dados do relatório de novembro de 2024 da Organização Internacional do Café (OIC) mostram que a produção global foi dividida entre quatro grandes regiões: Consumo: Países Importadores vs. Produtores O consumo também reflete uma divisão interessante: Esse panorama confirma a relevância dos países importadores na demanda global e destaca a importância contínua das regiões produtoras na oferta de café para o mercado mundial.
Panorama da Soja: Situação Atual nos Estados Brasileiros
Avanço do Plantio da Safra de Soja 2024/25 no Brasil O plantio da safra de soja 2024/25 no Brasil registrou um avanço significativo, atingindo 78,2% da área total prevista até 14 de novembro. Este desempenho supera tanto os números do mesmo período no ano passado quanto a média dos últimos cinco anos, refletindo o ritmo acelerado em várias regiões do país. Entre os estados, Mato Grosso se mantém como líder, com 98% da área semeada, seguido de perto por Mato Grosso do Sul (97%) e Paraná (94%). Outros estados também demonstraram bom desempenho: São Paulo alcançou 87%, Goiás 80% e Minas Gerais 78%. No sul, Santa Catarina chegou a 67%, enquanto a Bahia avançou para 60%. No Maranhão, 59% da área destinada à soja já foi plantada, seguido pelo Tocantins, com 50%. Os demais estados totalizam 49%. Por outro lado, o Rio Grande do Sul apresentou o menor índice de avanço, com apenas 38% da área semeada até o momento. Na comparação semanal, em 8 de novembro, o plantio estava em 69,1%, com os seguintes números por estado: Rio Grande do Sul (24%), Paraná (88%), Mato Grosso (94%), Mato Grosso do Sul (88%), Goiás (83%), São Paulo (77%) e Minas Gerais (70%). Outros estados apresentaram o seguinte desempenho: Bahia (35%), Santa Catarina (60%), Maranhão (40%), Piauí (33%), Tocantins (38%) e demais estados com 35%. O avanço para 78,2% nesta semana reflete o esforço intensificado dos produtores, com destaque para estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, que vêm liderando o ritmo do plantio. Esse progresso mostra a eficiência do setor agrícola brasileiro na condução de uma das culturas mais importantes para a economia nacional.
Estoques de Suco de Laranja Podem se Esgotar até o Final de 2024/25
Análise do Cepea aponta incertezas sobre safra de laranjas e estoques críticos de suco até 2024/25 De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), mesmo com a retomada das chuvas em outubro de 2024, o cenário para a safra 2025/26 de laranjas em São Paulo e no Triângulo Mineiro permanece incerto. Apesar do significativo florescimento observado após as precipitações, o desempenho da próxima safra dependerá fortemente das condições climáticas ao longo dos próximos meses. Enquanto o futuro é incerto, a safra atual (2024/25) apresenta números preocupantes. O Fundecitrus estimou a produção em 223,14 milhões de caixas de 40,8 kg, uma retração de 27,4% em comparação à safra anterior (2023/24). Este desempenho abaixo do esperado no principal cinturão citrícola do Brasil deve levar os estoques de suco de laranja a níveis praticamente nulos até o encerramento da safra atual. A recuperação do setor está atrelada à performance da safra 2025/26. Contudo, mesmo com a redução das exportações em 2024/25, os dados do Cepea indicam uma queda acentuada nos estoques de suco de laranja, aumentando a pressão por matéria-prima nas indústrias processadoras. Crise também afeta concorrente internacional Nos Estados Unidos, a Flórida, principal competidora do Brasil no mercado global de suco de laranja, enfrenta sérias dificuldades. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), a produção da safra 2024/25 foi revisada para apenas 12 milhões de caixas, uma redução de 20% em relação à previsão de outubro. A crise no estado é agravada por fatores como o avanço do greening e os estragos causados pelo furacão Milton em outubro, destacaram os especialistas do Cepea. Com esse cenário desafiador, tanto no Brasil quanto no exterior, a atenção do setor se volta para as condições climáticas e estratégias que possam mitigar os impactos da redução dos estoques e garantir o abastecimento de suco de laranja no mercado global.
Produção Mundial de Milho Pode Cair em 2025
Dinâmicas Divergentes Marcam o Mercado de Milho em 2025, Aponta Cepea O mercado de milho inicia 2025 com cenários distintos, conforme análise divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta segunda-feira (6). No Brasil, os preços do cereal no mercado spot superam os níveis observados no começo de 2024, enquanto as cotações futuras indicam tendência de queda. Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos estão abaixo dos valores registrados no início do ano anterior, sem perspectivas de recuperação imediata. Perspectivas no BrasilA expectativa de uma safra maior em 2025, comparada a 2024, tem exercido pressão sobre os preços futuros. Ainda assim, a valorização do milho no segundo semestre de 2024 pode incentivar os produtores a expandirem a área plantada na segunda safra de 2025. Com o plantio acelerado de culturas como a soja, o milho tende a ser semeado dentro do período ideal, o que favorece uma produção mais robusta. No entanto, o consumo interno também segue em alta e deve alcançar níveis recordes, impulsionado pelo setor de proteína animal e pela crescente demanda da indústria de etanol de milho. Esse aumento na utilização doméstica pode reduzir os volumes disponíveis para exportação, limitando o excedente interno. Cenário GlobalEm escala global, a produção de milho para 2025 deve apresentar recuo, enquanto o consumo continua em expansão. Essa dinâmica deve reduzir a relação estoque/consumo mundial, o que pode sustentar os preços internacionais. Tal movimento torna o mercado externo mais atrativo para os agricultores brasileiros, que podem buscar oportunidades em exportações. Nos Estados Unidos, a oferta e a demanda internas permanecem estáveis. Entretanto, o elevado excedente exige exportações consistentes, em um contexto de incertezas políticas associadas à transição governamental no país. Desafios e OportunidadesA análise do Cepea destaca que 2025 será um ano de busca por equilíbrio no mercado de milho. A combinação de maior produção nacional, aumento do consumo interno e um cenário global de estoques reduzidos pode impactar significativamente as estratégias de comercialização. Esse contexto exige atenção redobrada tanto para o mercado interno quanto para o externo, onde as flutuações nos preços e nas políticas podem moldar o desempenho do setor ao longo do ano.