Ameaça da Lagarta-da-Panícula no Cultivo de Arroz e Estratégias de Manejo A lagarta-da-panícula, cientificamente chamada Pseudaletia sequax, tornou-se uma preocupação crescente para os produtores de arroz no Brasil. Essa praga é especialmente prejudicial na fase de formação das panículas, causando danos significativos ao consumir grãos em desenvolvimento e enfraquecendo as plantas. Como resultado, aumenta a suscetibilidade da lavoura a doenças secundárias e reduz a qualidade e a produtividade da colheita. Relatos de perdas substanciais em diferentes regiões do país apontam para o aumento da incidência dessa praga, muitas vezes relacionado a fatores como mudanças climáticas e a prática da monocultura. Diante disso, controlar a lagarta-da-panícula é essencial para proteger a produção nacional de arroz, garantir a segurança alimentar e manter a competitividade no setor agrícola. Identificação e Ciclo de Vida A detecção precoce da lagarta-da-panícula é fundamental para um manejo eficiente. Nas primeiras fases larvais, ela apresenta coloração esverdeada, evoluindo para tons mais escuros com listras claras e escuras. Essa praga é mais ativa durante a noite, abrigando-se na base das plantas durante o dia, o que dificulta sua observação. Outro desafio é o ciclo de vida acelerado da lagarta em condições de temperatura elevada. O clima favorável pode levar à rápida multiplicação da população, exigindo monitoramento contínuo por parte dos produtores. Estratégias Sustentáveis de Controle O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a abordagem mais recomendada para combater a lagarta-da-panícula de forma sustentável. Ele combina práticas culturais, biológicas e químicas para minimizar os danos à lavoura. Conclusão A lagarta-da-panícula representa um desafio significativo para a produção de arroz no Brasil, mas o uso de estratégias integradas de manejo pode minimizar seus impactos. A combinação de práticas preventivas, monitoramento constante e métodos sustentáveis é fundamental para preservar a produtividade e a qualidade das lavouras, garantindo a continuidade da produção nacional. Foto: Arquivo.
Impactos do La Niña no Campo no Verão de 2025
Verão 2025: Os Desafios do La Niña para o Setor Agropecuário no Brasil O verão de 2025 no Brasil, que começou em 21 de dezembro de 2024 e vai até 20 de março de 2025, promete ser marcado por condições climáticas desafiadoras para o setor agropecuário. Segundo previsões conjuntas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o fenômeno La Niña deverá desempenhar um papel significativo na alteração dos padrões de chuva e temperatura em diferentes partes do país. Chuvas e Temperaturas: O Que Está por Vir? As projeções climáticas apontam cenários variados para as diferentes regiões do Brasil: Efeitos no Setor Agrícola e Pecuário A safra de verão 2024/2025 será diretamente afetada pela irregularidade das chuvas. Na região do MATOPIBA, fundamental para a produção de grãos, a distribuição irregular de precipitações prejudicará áreas estratégicas no Maranhão e no Piauí. No Centro-Oeste, embora o retorno das chuvas tenha facilitado o plantio, a inconsistência nos volumes pode comprometer o desenvolvimento das culturas ao longo da estação. As culturas como soja e milho, que demandam alta disponibilidade de água, exigirão atenção redobrada dos produtores. Monitorar os níveis de umidade do solo e ajustar práticas de manejo será essencial para mitigar os efeitos climáticos adversos. No Sul, a redução significativa das chuvas poderá impactar a formação de pastagens e a disponibilidade hídrica, dificultando a criação de gado e outras atividades dependentes de água. Com a chegada do verão, a adaptação às condições climáticas se torna indispensável. Produtores, técnicos e gestores do setor precisam estar atentos às atualizações meteorológicas para tomar decisões estratégicas que minimizem os impactos do La Niña e garantam a melhor produtividade possível.