Com o reajuste médio de 25% nas tarifas de energia elétrica no Ceará, em vigor desde o último dia 22, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) calcula um aumento de 32,7% nos custos energéticos para os produtores rurais. “Esse acréscimo será extremamente significativo para o nosso setor e, inevitavelmente, será refletido no preço dos alimentos”, alertou o representante. A mudança impactará cerca de 395 mil propriedades rurais no Estado, abrangendo cadeias produtivas como frutas, hortaliças, carne, leite, queijo e camarão, entre outros. Em resposta a essa realidade, o presidente da FAEC anunciou que a instituição buscará o Ministério Público para mover uma ação civil pública contra a Enel.
Novidades no Mercado da Soja: Tudo o Que Você Precisa Saber
Mercado da Soja: Cenário Atual nos Estados Brasileiros Mato Grosso do Sul: Redução na Participação da Soja na Receita Total A soja, embora ainda tenha um papel de destaque na economia do Mato Grosso do Sul, apresenta queda na sua participação total na receita do estado. No mercado local, o cenário está travado, com preços entre R$ 136 e R$ 137 por saca FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Apesar da estabilidade, produtores têm solicitado valores acima de R$ 140, o que tem dificultado os negócios. Rio Grande do Sul: Queda de Preços no Porto e Interior Os preços no Rio Grande do Sul recuaram tanto no porto quanto no interior, conforme dados da TF Agroeconômica. No porto, a cotação foi de R$ 143,80 para entrega em novembro, com pagamento previsto para 27/12. No interior, as principais praças registraram preços de: Já o preço direto para o produtor, na praça de Panambi, manteve-se em R$ 127,00 por saca. Santa Catarina: Ofertas Estáveis e Avanço no Plantio Em Santa Catarina, os preços no porto variaram entre R$ 133,80 (entrega em fevereiro e pagamento em março) e R$ 140,10 (entrega em junho e pagamento em julho). A Conab informou que 77% da área pretendida já foi plantada, acima do ritmo do ano anterior. No porto de São Francisco, a saca foi cotada a R$ 145, enquanto em Chapecó ficou em R$ 135,50. Paraná: Preços Variados e Avanço do Plantio No Paraná, terceiro estado a finalizar o plantio da safra 2024/25, os preços apresentaram variação: Mato Grosso: Alta nos Custos e Preços Insuficientes No Mato Grosso, os preços atuais ainda não cobrem o custo total da safra 2024/25. Confira as principais cotações por região: Mesmo com oscilações no mercado, a combinação de preços e custos apresenta um desafio para os produtores locais. Considerações Finais O mercado da soja segue desafiador, com variações regionais e uma combinação de preços estáveis e custos elevados. A capacidade de negociação dos produtores e as condições climáticas desempenharão um papel fundamental nos resultados da safra 2024/25.
Mercado de Trigo no Sul do Brasil: Um Panorama de Lentidão
Mercado de Trigo no Sul do Brasil: Comercialização Travada e Desafios Regionais Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de trigo nos estados do Sul do Brasil enfrenta uma comercialização praticamente paralisada. Vendedores e compradores mantêm posturas cautelosas, com negociações lentas em meio a uma combinação de baixa demanda e dificuldades de precificação. Rio Grande do Sul: Oferta externa e estoques locais pesam sobre o mercado No Rio Grande do Sul, a presença de trigo argentino no porto de Rio Grande reforça a lentidão nas negociações. A comercialização para retirada em dezembro e janeiro segue extremamente travada, com vendedores próximos ao porto ou com acesso a logística ferroviária buscando liquidez no canal de trigo padrão moagem. Estima-se que as vendas alcancem 520 mil toneladas, enquanto as indicações de compradores permanecem não firmes, girando em torno de R$ 1.300,00 por tonelada na Serra para embarques entre janeiro e fevereiro, com pagamento em março. Já os moinhos no centro do estado indicam valores mais baixos, próximos a R$ 1.250,00. Apesar disso, ainda há 1,845 milhão de toneladas disponíveis, volume que não cobre integralmente a demanda local e de outros estados. Santa Catarina: Demanda fraca por farinhas paralisa negociações Em Santa Catarina, a falta de demanda por farinhas mantém o mercado de trigo em ritmo lento. Moinhos indicam valores de R$ 1.350,00 CIF para trigo diferido, mas os vendedores, à espera de preços mais elevados, negociam de forma cautelosa. A dificuldade em equilibrar o preço da farinha com os custos da matéria-prima contribui para essa paralisação, embora ambas as partes reconheçam uma possível tendência de alta no médio prazo. Paraná: Preços recuam, mas custos ainda desafiam o mercado No Paraná, os preços do trigo recuaram cerca de R$ 3,00 por saca, mas ainda permitem uma margem de lucro de 3,66% devido à queda nos custos de produção. Moinhos indicam valores entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00, dependendo da localização, mas enfrentam resistência dos vendedores, que preferem focar em negociações para janeiro e fevereiro. Além disso, o trigo gaúcho, ofertado a R$ 1.250,00 FOB, tem sido considerado caro pelos moinhos paranaenses quando somados os custos de frete e ICMS, o que contribui para a estagnação do mercado na região. O cenário nos três estados evidencia um mercado pressionado por fatores internos e externos, com vendedores e compradores aguardando melhores condições para avançar nas negociações.