Nordeste pode alcançar marco histórico em financiamento para recuperação ambiental O Nordeste está prestes a vivenciar um avanço significativo em iniciativas de sustentabilidade e recuperação ambiental. Nesta quarta-feira, 11 de dezembro, o Conselho Deliberativo da Sudene analisará uma proposta do Banco do Nordeste (BNB) que prevê a ampliação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) destinados a ações de conservação ambiental, recuperação de áreas degradadas e incentivo a atividades sustentáveis. Se aprovada, a verba para esses projetos saltará de R$ 32,8 milhões em 2024 para R$ 100 milhões em 2025, marcando um aumento expressivo de mais de 200%. O bioma da Caatinga, único exclusivamente brasileiro e já gravemente afetado pela crise climática, será um dos principais beneficiários dessa iniciativa, que busca combater a desertificação e os impactos da pobreza e da fome na região. A proposta foi elaborada após uma provocação do Instituto Escolhas em outubro deste ano, durante um encontro na sede do BNB, em Fortaleza. O diretor executivo do Instituto, Sérgio Leitão, destacou a importância de equilibrar os recursos destinados a setores que exploram intensivamente os recursos naturais e àqueles voltados para consolidar uma economia de baixo carbono. “Estamos otimistas de que esse aumento marcará uma nova era de generosidade no uso dos recursos do BNB e do FNE para fortalecer políticas voltadas à restauração da Caatinga”, afirmou Leitão. A recuperação produtiva da vegetação nativa na região é vista como um caminho promissor para gerar renda, alimentos, recuperar fontes hídricas, capturar carbono e amenizar o calor intenso característico do bioma. A Sudene, junto ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, já deu parecer favorável à proposta. Caso aprovada pelo Conselho, essa medida representará um passo importante para alinhar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade, demonstrando que o Brasil está mobilizado para enfrentar os desafios da crise climática e abrir novas frentes de progresso econômico sustentável. Fontes: Sudene/BNB.
Projeções Promissoras para Elevadores de Grãos nos EUA
O Impacto do Dólar na Demanda Interna de Grãos nos EUA A colheita nos Estados Unidos promete uma das maiores safras de milho e soja da história, com projeções de 15,4 bilhões de bushels de milho e 4,46 bilhões de bushels de soja, segundo o relatório do CoBank. Essa produção robusta resultou em uma queda nos preços para os níveis mais baixos dos últimos quatro anos, fortalecendo a demanda doméstica e as exportações. Além disso, a estabilidade no setor pecuário segue impulsionando o consumo de ração, gerando um panorama otimista para os elevadores de grãos. No entanto, o fortalecimento do dólar americano e as incertezas em torno de políticas comerciais e de biocombustíveis representam riscos à demanda externa. A desaceleração das exportações, intensificada por tarifas retaliatórias de parceiros comerciais como China e México, pode impactar negativamente o mercado internacional. Apesar disso, o mercado futuro e a base de compra mais barata devem trazer benefícios no curto prazo para o armazenamento e comercialização de grãos. Outro destaque está na demanda doméstica por soja, especialmente para a produção de diesel renovável. Apesar disso, fatores como margens de lucro mais apertadas no setor de biocombustíveis e incertezas políticas podem limitar o uso de etanol à base de milho, afetando a dinâmica do mercado interno. De acordo com Tanner Ehmke, economista-chefe de grãos e oleaginosas do CoBank, “a combinação do aumento da oferta global de milho e soja, a desaceleração das exportações e alguma redução na demanda doméstica incentivará o armazenamento. Os elevadores de grãos devem se beneficiar de maiores carregamentos no mercado futuro e de uma base mais barata nos próximos meses”. Embora o cenário apresente desafios, a demanda sólida por ração e o potencial de armazenamento reforçam o papel estratégico dos elevadores de grãos para o equilíbrio do mercado.
Aplicação de Agrotóxicos com Drones no Ceará: Aprovação Pode Vir Ainda Este Ano, Afirma Elmano
Norma sobre o Uso de Drones para Pulverização de Agrotóxicos Avança no Ceará O uso de drones na pulverização de agrotóxicos nas plantações cearenses deu um importante passo rumo à regulamentação. Durante o evento Cresce Ceará, realizado no Hotel Gran Marquise em Fortaleza, o governador Elmano de Freitas anunciou que a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) deve votar ainda este ano a norma que permitirá essa prática. “Informei aos presentes que a Assembleia votará essa questão até o final do ano, o que permitirá o uso de drones para aplicação de herbicidas na produção de frutas e em outras culturas essenciais”, destacou o governador, sendo aplaudido pela plateia. Elmano ressaltou os benefícios da medida, especialmente para a saúde e dignidade dos trabalhadores que utilizam equipamentos manuais de pulverização. “É inconcebível que a lei permita que um trabalhador carregue nas costas um equipamento cheio de herbicida, mas não autorize o uso de drones. Essa mudança trará mais cuidado e dignidade para quem atua no campo”, afirmou. Desafios para o Agronegócio no Ceará Durante o evento, Luiz Roberto Barcelos, cofundador da Agrícola Famosa, destacou os desafios enfrentados pela fruticultura no estado, incluindo a proibição da pulverização aérea. “Somos o único estado do Brasil onde a pulverização aérea não é permitida. Os drones são uma alternativa segura, mas ainda enfrentam barreiras legais aqui”, explicou. Renovação de Incentivo à Cadeia do Leite O governador também anunciou a renovação do decreto que isenta 100% do ICMS para os laticínios que adquirirem leite de produtores rurais cearenses. A medida visa fortalecer a competitividade dos produtores locais no cenário nacional. José Antunes Mota, presidente do Sindilaticínios, destacou a importância dessa renovação para a manutenção dos preços e o aumento da demanda. “Com essa isenção, o litro do leite se mantém estável, mas os produtores têm mais oportunidades de venda”, afirmou. Cresce Ceará: Agronegócio e Energias Renováveis O Cresce Ceará, promovido pelo Diário do Nordeste em parceria com o Banco do Nordeste (BNB) e a Enel, reuniu empresários, industriais e agropecuaristas para debater os avanços econômicos do estado e traçar estratégias para o futuro. Com foco no agronegócio e nas energias renováveis, o evento destacou o papel desses setores no desenvolvimento sustentável do Ceará. Os organizadores ressaltaram a importância de iniciativas como essa para fortalecer parcerias estratégicas e promover discussões qualificadas sobre o crescimento econômico regional. Foto: LC Moreira
Alta do Dólar Impulsiona Mercado de Soja em Dezembro
Dólar em Alta Impulsiona Mercado de Soja e Aumenta Competitividade Brasileira O início de dezembro trouxe maior liquidez ao mercado interno de soja, movimento impulsionado pela valorização do dólar frente ao real. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), essa alta cambial torna a oleaginosa brasileira mais competitiva no cenário global, atraindo maior interesse de compradores internacionais e elevando a demanda também no mercado doméstico. Com isso, o setor vive um momento de disputa acirrada entre consumidores locais e estrangeiros, fator que tem sustentado os preços da soja no Brasil ao longo dos últimos dias. Apesar desse contexto favorável à comercialização, as negociações não ocorrem em grande volume. Muitos produtores têm adotado uma postura cautelosa, optando por segurar os estoques da safra 2023/24 na expectativa de melhores oportunidades de venda no início de 2025. O mercado segue atento aos próximos desdobramentos, com as movimentações do câmbio desempenhando papel crucial na definição dos preços e do ritmo das negociações nos próximos meses.