Conforme dados divulgados pela União Nacional da Bioenergia (UDOP), os preços do açúcar no mercado internacional continuam subindo, impulsionados pela instabilidade climática e o risco de quebra de safra no Brasil. Na terça-feira (15), o açúcar bruto registrou alta nas bolsas, após um início de sessão em queda, influenciada pela queda nos preços do petróleo. Na ICE Futures de Nova York, o contrato de açúcar bruto para março de 2025 foi negociado a 22,82 centavos de dólar por libra-peso, um avanço de 1,9% ou 43 pontos em relação ao fechamento anterior, segundo os dados da UDOP. Em Londres, o açúcar branco também apresentou valorização. O contrato para dezembro de 2024 foi negociado a US$ 577,70 por tonelada, representando um acréscimo de 0,4% em comparação ao dia anterior, conforme os dados da ICE Futures Europe, divulgados pela UDOP. O mercado permanece atento às condições climáticas no Brasil, maior produtor de açúcar do mundo, onde incêndios e seca estão prejudicando as plantações de cana-de-açúcar. Esses fatores estão pressionando os preços e aumentando as expectativas de uma oferta global mais restrita, conforme informou a entidade. GOSTOU DESSE CONTEÚDO? COMPARTILHE!
Setor de maçãs projeta colheita promissora para a safra 2024/25
Valores da maçã aumentam em Santa Catarina, porém a previsão é de redução em outubro. Segundo o Boletim Agropecuário de outubro, publicado pela Epagri e pelo Observatório Agro Catarinense, o mercado de maçãs em Santa Catarina e no Brasil está enfrentando estoques reduzidos nas centrais de classificação, com uma previsão de recuperação na produção para a safra 2024/25. Entre agosto e setembro de 2024, os preços das maçãs no atacado catarinense registraram uma alta, embora se espere uma queda em outubro, influenciada pela concorrência com frutas importadas e pela qualidade do produto nacional. Na Ceasa/SC, o preço médio das maçãs subiu 4,4% entre agosto e setembro, representando um aumento de 30,8% em comparação com setembro de 2023. A variedade Gala teve um incremento de 1,2% nos preços durante o período, com uma valorização de 34,9% em relação ao ano anterior. Já a maçã Fuji registrou uma alta de 8,1% entre agosto e setembro, além de um aumento de 26,7% comparado a setembro de 2023. No terceiro trimestre de 2024, os preços médios das maçãs aumentaram 29,4% em relação ao mesmo período de 2023 e 50,9% quando comparados a 2022. A variedade Gala teve um crescimento de 37,8%, enquanto a Fuji valorizou 20,9% no mesmo período. Em setembro de 2024, o preço da categoria 1 subiu 2,1% em relação ao mês anterior, enquanto as categorias 2 e 3 registraram aumentos de 5,4% e 6,2%, respectivamente. Entretanto, os estoques permanecem baixos nas centrais de classificação, principalmente em Fraiburgo/SC, onde frutas com menor durabilidade estão sendo comercializadas. A expectativa é que a venda das maçãs remanescentes da safra atual leve a uma redução nos preços em outubro. Na Ceagesp, os preços das maçãs catarinenses subiram 1,8% entre agosto e setembro, apesar da menor demanda, com um aumento de 24,8% em relação a setembro de 2023. Na Ceasaminas, os preços subiram 20% em relação ao mês anterior, ficando 17,7% acima dos valores de setembro do ano passado. As maçãs de Santa Catarina representaram 17,2% do volume total comercializado e 15,4% do valor total na central mineira. Nas regiões produtoras catarinenses, como Fraiburgo e São Joaquim, as variedades Gala e Fuji já estão em fase de floração, com variação entre 25% e 75%, dependendo da etapa de cultivo. A recuperação da produção é esperada para a safra 2024/25, com uma previsão de aumento de 55,5% em relação ao ciclo anterior. Entre os municípios com maior área de plantio estão São Joaquim, Fraiburgo e Bom Jardim da Serra. A produção da variedade Fuji, que representa 53,9% do total, deverá crescer 59,6% em comparação à safra anterior, enquanto a variedade Gala, que responde por 46,2%, tem uma expectativa de aumento de 54%.
Exportações de café do Brasil alcançam novo recorde
Preços do café seguem em alta no mercado interno Segundo o Rabobank, setembro foi um mês marcante para o Brasil, com a exportação de 4,5 milhões de sacas de café de 60 quilos, registrando um volume recorde para o período. Esse excelente desempenho elevou o total de exportações do país em 2024 para 36,4 milhões de sacas, representando um aumento de 39% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O crescimento da demanda global pelo café brasileiro reforça a posição do Brasil no cenário internacional. No entanto, o setor ainda enfrenta desafios logísticos significativos. A falta de espaço nos portos e a alta procura por contêineres têm provocado atrasos nas operações. Como consequência, estima-se que cerca de 2 milhões de sacas de café deixaram de ser exportadas, o que pode impactar os resultados do setor no fechamento do ano. No mercado doméstico, os preços do café continuam em ascensão. Em setembro, o preço médio do café arábica chegou a R$ 1.459 por saca, um aumento de 49% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O café conilon, por sua vez, registrou uma média de R$ 1.497 por saca, refletindo uma valorização de 87% em comparação a 2023. Esses aumentos indicam uma forte demanda no mercado interno. O Rabobank projeta que essa tendência de alta pode levar as torrefadoras locais a ampliar o uso de arábica em suas misturas. Além disso, o banco destaca a importância de acompanhar de perto as condições climáticas, como chuvas e temperaturas altas, que podem influenciar a safra de café brasileiro para o ciclo 2025/2026, exigindo atenção constante do setor.