O mês de outubro é marcado por uma mobilização global de conscientização sobre o câncer de mama, conhecido como Outubro Rosa. Nesse movimento, mulheres de diversas áreas se unem para promover a importância do diagnóstico precoce e o cuidado com a saúde. No campo, as mulheres do agronegócio também estão abraçando essa causa, mostrando que o cuidado com a vida vai além da produção, alcançando a proteção do bem mais valioso: a saúde. O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, com estimativas de 73 mil novos casos para o ano de 2023, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). No agronegócio, onde 20% das propriedades rurais do país já são comandadas por mulheres, o desafio de conciliar a intensa rotina no campo com os cuidados com a saúde torna-se ainda mais evidente. Muitas vezes, essas mulheres enfrentam longas jornadas de trabalho, isolamento geográfico e dificuldade de acesso a serviços médicos de qualidade, o que pode dificultar a realização de exames preventivos, como a mamografia. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, no Brasil, cerca de 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados com hábitos saudáveis e exames regulares. No entanto, mulheres que vivem em áreas rurais enfrentam barreiras adicionais no acesso à saúde, como a distância de centros especializados e a falta de informações adequadas sobre a importância do rastreamento precoce. No Ceará, por exemplo, onde o agronegócio é uma das principais forças econômicas, iniciativas voltadas à saúde da mulher rural são essenciais. De acordo com o IBGE, o estado conta com mais de 200 mil mulheres trabalhando no campo, muitas delas responsáveis pela gestão de propriedades familiares. Nesse contexto, o Outubro Rosa torna-se uma oportunidade vital para sensibilizar essas mulheres sobre a importância de cuidar da própria saúde. Organizações e entidades ligadas ao agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), têm intensificado ações educativas voltadas às mulheres rurais. Programas de saúde e bem-estar, que incluem palestras, exames preventivos e campanhas de conscientização, são promovidos em feiras agrícolas e eventos do setor, buscando atingir o maior número possível de mulheres do campo. É fundamental que as mulheres do agro abracem essa causa, promovendo entre suas comunidades a importância da prevenção. O câncer de mama, quando detectado precocemente, tem uma taxa de cura superior a 90%. Nesse sentido, as mulheres que estão à frente do agronegócio, além de serem protagonistas da produção de alimentos, também podem ser líderes na defesa da saúde e na disseminação de informações cruciais para salvar vidas. O Outubro Rosa no agro vai além da conscientização. É um chamado para que as mulheres que cuidam da terra também cuidem de si mesmas, garantindo não apenas a prosperidade no campo, mas também sua longevidade e bem-estar. Afinal, o agronegócio só cresce com a força e a saúde dessas mulheres que, dia após dia, mostram que são pilares fundamentais na construção de um Brasil mais forte.
Abacaxi e Uva Registram Maiores Altas nos Preços das Frutas no Mercado Mineiros
De acordo com o Semanal de Preços de Frutas divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), o mercado de frutas no estado apresentou variações significativas nos preços de alguns dos produtos mais comercializados. Entre as 10 frutas analisadas no período, algumas registraram aumentos notáveis, enquanto outras enfrentaram quedas expressivas. O abacaxi pérola graúdo, proveniente da Paraíba, destacou-se com uma alta de 14,3% logo na primeira semana, mantendo-se estável na segunda. Ao final do período, o preço médio dessa fruta fechou em R$ 80,00 a dúzia. A banana prata, por outro lado, começou o período com uma queda de 11,1%, mas estabilizou-se nos dias seguintes, com o preço por quilo diminuindo de R$ 4,17 para R$ 4,00. Outro destaque foi o limão tahiti extra, que apresentou aumentos consecutivos ao longo das semanas. A fruta teve altas de 10%, 9,1% e 8,3%, fechando o período a R$ 6,33 o quilo, representando um aumento médio de 18,8%. Da mesma forma, a uva itália acompanhou a tendência de alta, subindo 5,9% na primeira semana e 11,1% na segunda. O preço final da uva foi de R$ 12,08/kg, um aumento de 9,5%. Entretanto, nem todas as frutas seguiram esse comportamento de valorização. O mamão formosa, por exemplo, sofreu uma queda acentuada de 21,4% na primeira semana, seguida por uma nova redução de 9,2%. Ao final do período, o preço do mamão foi de R$ 2,77/kg. A manga tommy também registrou sucessivas quedas, com decréscimos de 7%, 7,8% e 8,4%, resultando em uma queda média de 12,5%, fechando o período a R$ 3,24 por quilo. A melancia graúda seguiu um padrão semelhante, caindo 10% na segunda semana e finalizando a R$ 1,87/kg, com uma redução média de 6,7%. Algumas frutas, no entanto, mantiveram-se estáveis durante o período analisado, como o coco verde, a laranja e a maçã gala, cujos preços não apresentaram oscilações. Segundo o levantamento, além da oferta e demanda, fatores climáticos e o volume de exportações são determinantes para as variações de preços das frutas no estado. A SEAPA, em conjunto com as suas vinculadas, Emater-MG, Epamig e IMA, realiza um acompanhamento contínuo dos preços dos principais produtos comercializados no CeasaMinas, especialmente no entreposto de Contagem. O objetivo dessa análise é monitorar o abastecimento alimentar no estado, identificando as oscilações de oferta e demanda e os impactos dessas variações no mercado. O estudo comparou os preços médios praticados entre os dias 16 e 27 de setembro de 2024, destacando as principais tendências e mudanças no mercado de frutas.