O EPROCE – Encontro dos Produtores Rurais do Ceará – nasceu devido ao abandono por décadas dos governos municipais, estadual e federal com os produtores de alimentos cearenses que não vivem do assistencialismo e nem do fisiologismo. Jogados ao ostracismo pelas políticas públicas, pelo sistema bancário, massacrados pela mídia citadina. O grito de revolta entalado na garganta de todos, saiu feito um aboio por Amílcar Silveira. Imediatamente respondido por Marcos Carneiro (Marcão), logo organizando o primeiro encontro na cidade de Maracanaú. Comparecendo vinte e cinco produtores rurais em 18 de janeiro de 2019. No mês seguinte, em 12 de fevereiro, Alexandre Fontelles batizou o evento, EPROCE – ENCONTRO DOS PRODUTORES RURAIS DO CEARÁ. De lá pra cá, mais e mais produtores rurais escutaram o barulho das ações realizadas. Se deslocando dos quatro cantos do estado para unir forças. Obtendo vez e voz. Reunindo demandas, unindo forças, conquistando representatividade. É um movimento contínuo, livre, jamais aceitando cabresto, seja público ou privado. Contempla o espírito respeitoso, porém arrojado e determinado do sertanejo. Receptivo, mas cabreiro, atento, refutando os interesseiros. O EPROCE impressiona como retrata o sentimento da coletividade, mas tendo uma personalidade própria. No EPROCE a força do grupo está na força do grupo. Por isso segue adiante de maneira impessoal. A cada fase recebendo novos participantes e coordenadores, todos trabalhando de maneira espontânea e voluntária. Lembrando os tradicionais mutirões do sertão antigo. Quando a força do indivíduo residia na força do grupo que integrava. Assim, em sua marcha cadenciada, hoje dá um passo adiante com a conquista desse espaço. Fruto do esforço de Jakeline Diógenes e do pantaneiro Diego Trindade – dois atuantes coordenadores do EPROCE. Aqui divulgaremos notícias, igualmente reflexões e questionamentos. Não tendo apenas essa caneta, mas de todos os produtores rurais do EPROCE. Pois nossas conquistas são sempre coletivas. Estamos resgatando a cultura de nossos antepassados sertanejos, com a mentalidade proativa e unida. Vamos reunir para unir. Pois unidos somos mais fortes—————————————Esta coluna é escrita por Alexandre Fontelles, articulador de desenvolvimento do EPROCE.
Semeadura da Primeira Safra de Feijão Avança e Alcança 11,5% no Brasil
De acordo com o mais recente Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura do feijão da primeira safra atingiu 11,5% do total previsto até o momento. O estado do Paraná apresentou um avanço significativo no plantio, com aproximadamente um terço da área destinada à cultura já semeada. A maior parte das lavouras no estado encontra-se nas fases de emergência e desenvolvimento vegetativo, e as condições de crescimento são consideradas favoráveis, indicando boas perspectivas para essa safra inicial. No Rio Grande do Sul, o plantio do feijão preto está em andamento, beneficiado pelas chuvas que auxiliaram no processo de germinação das sementes. Apesar do bom desempenho inicial, algumas áreas semeadas registraram um leve atraso no desenvolvimento das plantas, causado por períodos de alta nebulosidade e temperaturas relativamente baixas, que afetam o crescimento. Em Santa Catarina, as condições climáticas também têm sido favoráveis, especialmente na região do Planalto Norte. As chuvas regulares, associadas a uma maior incidência de radiação solar e temperaturas elevadas, têm contribuído para o bom andamento tanto do plantio quanto da emergência das lavouras. No entanto, na região do Meio-Oeste do estado, o plantio ainda está no início, enquanto no Extremo-Oeste a semeadura já apresenta um avanço mais expressivo, impulsionando o desenvolvimento da cultura nessa área. No que se refere ao feijão da terceira safra, a colheita foi concluída no estado de Goiás. Mesmo com as temperaturas elevadas que influenciaram o ciclo das lavouras, a qualidade final dos grãos foi avaliada como boa. Na Bahia, a colheita também foi finalizada, encerrando o ciclo produtivo dessa safra no estado. Esses dados indicam um panorama positivo para a produção de feijão no país, apesar de algumas variações regionais nas condições climáticas que podem influenciar o desenvolvimento das lavouras em algumas áreas específicas.
Vendas no WhatsApp e Instagram: Simplicidade e Eficiência para o Produtor Rural | #1
E a Marketeira do Agro tá on! Hoje estreando minha coluna de Marketing e Vendas Da Porteira Pra Fora! Sabemos que o processo de comercializaçāo é bastante complexo! E quantos de nós ja perdeu uma boa venda porque deixou o cliente esperando ou porque esqueceu de responder?! Hora de usar a tecnologia a nosso favor! Duas das plataformas mais poderosas para quem quer alcançar clientes de forma direta são o WhatsApp e o Instagram. Elas permitem um contato rápido, personalizado e direto com o público, facilitando a comercialização e fortalecendo a relação entre produtor e consumidor. >> WhatsApp: O Canal Direto com o Cliente O WhatsApp já é uma ferramenta indispensável no dia a dia, e agora se tornou uma poderosa plataforma de vendas. Seja para um pequeno produtor de mel ou uma grande fazenda de frutas, o WhatsApp facilita a comunicação com clientes, seja para tirar dúvidas, enviar catálogos de produtos ou até fechar pedidos. Como Usar para Vender? Exemplo Prático: Se você vende queijo artesanal, pode mandar uma mensagem automática para os seus contatos toda vez que tiver um novo lote disponível, garantindo que eles fiquem por dentro das novidades antes de qualquer outro canal. >> Instagram: Mostre Seu Produto e Conte Sua História O Instagram vai muito além de fotos bonitas. Ele é uma vitrine poderosa para mostrar o dia a dia da sua produção, contar histórias e, claro, vender. A combinação de imagens e vídeos com as ferramentas de engajamento (comentários, directs e stories) aproxima o produtor rural do consumidor final, criando uma relação de confiança. Como Usar para Vender? Exemplo Prático: Se você produz frutas orgânicas, pode usar o Instagram para fazer um tour virtual pela sua fazenda, mostrando o processo de colheita até o produto final. Isso ajuda a criar conexão com o consumidor, que vai valorizar ainda mais a origem do que está comprando. Dicas para Maximizar as Vendas no WhatsApp e Instagram Crie promoções exclusivas: Dê vantagens para quem segue seu Instagram ou faz parte da sua lista de WhatsApp, como descontos especiais ou produtos em pré-venda. Integre as plataformas: Use o Instagram para atrair novos clientes e o WhatsApp para manter o contato próximo e fechar vendas. Seja consistente: Publique regularmente, tanto no Instagram quanto no WhatsApp, para manter seu público engajado. Virando a Chave da Comercializaçāo: Venda de Forma Simples e Eficiente O WhatsApp e o Instagram são ferramentas simples, mas extremamente poderosas, que podem transformar a forma como o produtor rural vende seus produtos. Além de aproximar o produtor do consumidor final, essas plataformas oferecem um espaço para mostrar a qualidade e a origem do que é produzido, fortalecendo a confiança e, claro, as vendas. A chave é saber usar cada plataforma de forma estratégica, aproveitando ao máximo as funcionalidades que cada uma oferece. Com um pouco de organização e criatividade, é possível criar uma base fiel de clientes e aumentar as vendas de maneira significativa. Gostou desse conteúdo? Compartilha com aquele amigo que ta precisando de uma ajudinha! ———————————Esta coluna é escrita por Jakeline Diógenes, a Marketeira do Agro, a mulher que faz mais zuada nesse Ceará. Seguindo um senso de propósito, Jakeline atua desenvolvendo estratégias de Marketing e Comunicaçāo que impulsionam a uniāo, o fortalecimento e desenvolvimento do agro cearense.
Alta nos preços de tomate e cenoura em Minas Gerais
Segundo o mais recente Semanal de Preços da Horticultura, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), foram analisadas as 10 hortaliças mais comercializadas no CeasaMinas. Entre elas estão a abóbora moranga, abobrinha, alho, batata, cebola, cenoura, chuchu, pimentão, quiabo e tomate. Dentre as principais variações de preço, o maior destaque foi para a abóbora moranga, que registrou um aumento expressivo de 75% na primeira semana, seguido por uma elevação adicional de 20,1%, resultando no preço de R$ 3,66 por quilo. A variação média da abóbora foi de 34,7%, o que demonstra uma elevação considerável no período analisado. A abobrinha italiana, por sua vez, apresentou uma queda inicial de 36,2%, atingindo o valor de R$ 1,22 por quilo, mas logo após passou por uma recuperação de 27%, encerrando o período a R$ 1,55 por quilo. Apesar dessa recuperação parcial, a média semanal indicou uma redução de 9,9%. Já a cebola teve uma trajetória de queda contínua, com decréscimos de 9,1% e 20%, chegando ao preço de R$ 2,00 por quilo na segunda semana, e registrando uma queda média de 18,8% ao longo do período. Outras hortaliças, como o pimentão verde, também apresentaram quedas acentuadas. Na segunda semana, o pimentão caiu 19,9%, fechando o período a R$ 2,22 por quilo. O chuchu, que teve uma queda inicial de 33,5%, viu uma alta expressiva de 67,5%, alcançando o preço final de R$ 2,63 por quilo. Já o tomate longa vida AA enfrentou duas quedas significativas, de 18,2% e 44,4%, mas se recuperou na segunda semana, resultando em uma variação média positiva de 4%. No relatório, foi observado também que os preços do alho brasileiro, batata e quiabo mantiveram-se estáveis ao longo do período analisado. Por outro lado, os produtos que registraram aumentos foram a abóbora moranga, a cenoura e o tomate. Em contrapartida, hortaliças como abobrinha italiana, cebola, chuchu e pimentão apresentaram reduções nos preços. As variações nos preços dessas hortaliças foram influenciadas por diversos fatores, incluindo condições climáticas, questões logísticas e a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Por exemplo, a redução na colheita de inverno impactou diretamente a oferta de tomate, enquanto as altas temperaturas prejudicaram a integridade dos bulbos de cebola, comprometendo sua qualidade. A SEAPA, em colaboração com instituições vinculadas como a Emater-MG, Epamig e IMA, realiza o monitoramento contínuo dos preços dos principais produtos comercializados no CeasaMinas, no entreposto de Contagem. O objetivo desse acompanhamento é garantir o abastecimento alimentar em Minas Gerais, identificando tendências de oferta e demanda. A análise mais recente, que cobre o período de 16 a 27 de setembro de 2024, se baseou nos preços médios praticados na unidade Grande BH, fornecendo informações valiosas para o mercado agrícola do estado.
A Importância do Processo Eleitoral para o Futuro do Agro Cearense
O período eleitoral está batendo à porta, e com ele, a responsabilidade de escolher quem irá traçar os rumos não só de Fortaleza, mas de todo o Estado. Para o agro cearense, que desempenha um papel crucial na economia do Nordeste, essa escolha é ainda mais significativa. Fortaleza, maior mercado consumidor do Ceará e um dos principais centros econômicos do Brasil, precisa estar atenta às necessidades do campo e das cadeias produtivas que a abastecem. Fortaleza, com seus mais de 2,7 milhões de habitantes, é uma peça chave na engrenagem que movimenta a economia do estado. Segundo dados do IBGE, a capital cearense representa cerca de 45% do PIB estadual e figura entre as 10 maiores economias municipais do Brasil. Isso significa que, para o agronegócio cearense prosperar e continuar sendo um dos pilares da nossa economia, é necessário que políticas públicas eficientes e voltadas para o agro sejam prioritárias na agenda dos futuros governantes. As eleições municipais de Fortaleza têm o poder de definir estratégias que impactam diretamente o setor agropecuário. A infraestrutura logística, o consumo dos produtos do campo, as políticas de incentivo fiscal e de desburocratização para escoar a produção agrícola são pautas fundamentais. Isso sem mencionar as ações voltadas à segurança hídrica e ao incentivo à inovação tecnológica, que já são, hoje, demandas urgentes para os produtores rurais. O cenário eleitoral também abre espaço para uma reflexão sobre a representatividade do agro nas decisões políticas. A capital consome uma enorme quantidade de produtos vindos do interior do estado, seja de pequenos produtores, seja das grandes fazendas de grãos, fruticultura, camarão e outras atividades. Por isso, é necessário que os futuros prefeitos e vereadores não vejam apenas o campo como um fornecedor, mas como um parceiro estratégico no desenvolvimento econômico. Dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE) apontam que, atualmente, o agronegócio cearense responde por cerca de 13% do PIB do estado e é responsável por milhares de empregos diretos e indiretos. Só a cadeia do camarão, por exemplo, representa mais de 20 mil empregos no interior. Boa parte dessa produção tem como destino os mercados da capital, que precisa cada vez mais de uma gestão voltada para o fortalecimento dessa cadeia. Por isso, escolher bem os candidatos que compreendam a importância do agro, suas necessidades e que sejam comprometidos em incentivar políticas de desenvolvimento sustentável é essencial. Fortaleza não pode caminhar sem olhar para o campo, e o campo depende da cidade para prosperar. Essa simbiose precisa ser valorizada nas urnas. Essa é a hora de decidir o futuro de Fortaleza e, por extensão, o futuro do desenvolvimento do agro cearense. Uma escolha consciente agora pode significar um ciclo de crescimento para o nosso setor nos próximos anos. Estamos ligados! ——————————————Esta coluna é escrita por Diego Trindade, sul-mato-grossense que escolheu o Ceará como sua casa. Diego atua conectando o agro e traz para você informações exclusivas sobre acordos, projetos e inovações que impulsionam o setor.
Ceará lidera a produção de cera e pó de carnaúba no Brasil: confira os números
O Pó de carnaúba é utilizado na fabricação da cera, importante produto da pauta exportadora cearense. A carnaúba, elemento marcante na história do Ceará – a ponto de figurar na bandeira do estado –, encontra nas terras cearenses seus maiores polos produtores de pó e cera, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município de Granja lidera a produção de pó de carnaúba, com 1.045 toneladas, matéria-prima essencial para a fabricação da cera. Granja também se destaca como a maior produtora de cera de carnaúba, com um volume de 220 toneladas, equivalente a R$ 12,5 milhões em valor. Outras cidades do Ceará que se destacam no cenário nacional são Camocim, que produziu 897 toneladas de pó de carnaúba, e Coreaú, com 490 toneladas. Santana do Acaraú fecha o grupo com 470 toneladas, colocando o estado com quatro municípios entre os maiores produtores de pó de carnaúba do Brasil em 2023. Quando se trata de cera de carnaúba, o Ceará domina o ranking nacional, com oito cidades entre as dez maiores produtoras. Além de Granja, Groaíras produziu 62 toneladas, Itarema 59 toneladas, Sobral 52 toneladas, Morrinhos 49 toneladas, seguidas por Cariré (20 toneladas), Pacatuba (18 toneladas) e Caucaia (9 toneladas). O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, destaca a importância econômica da carnaúba para a região norte do estado, que exporta mais de US$ 60 milhões em cera anualmente. Ele reforça a relevância da cultura da carnaúba para o desenvolvimento do Ceará. O pó de carnaúba, utilizado na fabricação da cera, também tem uma ampla gama de aplicações, desde a produção de medicamentos até embalagens e componentes eletrônicos, como chips de celulares. A extração da carnaúba é uma atividade que gera cerca de 90 mil empregos diretos e indiretos no estado durante o período da safra, segundo Edgar Gadelha, presidente do Sindicato das Indústrias Refinadoras de Cera de Carnaúba (Sindcarnaúba). A árvore, cujo nome científico é Copernicia prunifera, conhecida na mitologia tupi como “árvore que arranha”, é um dos pilares econômicos do semiárido nordestino. Além disso, iniciativas estão sendo discutidas para melhorar a produtividade, como o uso de secadores que aumentam a eficiência da extração do pó de carnaúba, uma tecnologia mencionada por Amílcar Silveira. Ranking de Produção Pó de Carnaúba (em toneladas): Cera de Carnaúba (em toneladas): Fonte: IBGE