A parceria entre a Bayer e o Banco do Brasil, intitulada CPR Preservação, tem como objetivo incentivar práticas agrícolas sustentáveis e promover a conservação de áreas florestais. A iniciativa se baseia na Cédula do Produtor Rural Verde (CPR Verde), que oferece crédito a agricultores que preservam vegetação nativa, Áreas de Preservação Permanente (APPs) e áreas de Reserva Legal. Para isso, o Banco do Brasil desenvolveu uma metodologia própria para valorar essas áreas, buscando estimular a preservação ambiental e contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O projeto piloto da CPR Preservação envolve 60 agricultores de Rio Verde, Goiás, e está focado no Cerrado, um dos biomas mais desmatados do Brasil, responsável por 61% do desmatamento total do país em 2023. “Nossa base de atuação está centrada em agricultores comprometidos com a agricultura regenerativa e focados na proteção de florestas. Reconhecer a importância de considerar todo o ecossistema no caminho para a sustentabilidade inclui oferecer benefícios aos agricultores, como linhas de crédito atraentes vinculadas a boas práticas ambientais e à proteção florestal. Este é apenas o primeiro de muitos produtos que estamos desenvolvendo por meio de parcerias, sempre com o intuito de apoiar o produtor rural nessa jornada sustentável”, afirma Fabio Passos, líder do negócio de Carbono da Bayer para a América Latina. A CPR Preservação é emitida com base na certificação de ativos ambientais, gerada pelo programa PRO Carbono da Bayer, que verifica as áreas florestais e avalia o cumprimento de 13 critérios socioambientais. O processo de certificação é facilitado com o uso de tecnologias de sensoriamento remoto e o sistema MRV (Monitoramento, Relatório e Verificação). Uma vez certificada, a área preservada possibilita ao produtor acessar o crédito junto ao Banco do Brasil, com uma redução de 0,5% na tarifa de análise. O benefício pode ser solicitado através da plataforma Orbia, desde que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) esteja ativo e os critérios socioambientais sejam cumpridos. A certificação é concedida em até 72 horas pela Conecta PRO Carbono, e o produtor pode então apresentar a documentação ao Banco do Brasil para obter a linha de crédito. A CPR Preservação tem validade de 360 dias e está diretamente vinculada à conservação de vegetação nativa e à redução de emissões de gases de efeito estufa, com prazos de pagamento que podem chegar a até 720 dias. Essa iniciativa visa não apenas apoiar financeiramente os produtores rurais, mas também incentivar práticas que garantam a sustentabilidade do setor agrícola, integrando a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico.
Próximo Encontro do EPROCE traz Cristiano Maia como Embaixador e propostas para o Agro cearense
O próximo Encontro dos Produtores Rurais do Ceará (EPROCE), movimento focado na uniāo e fortalecimento do agronegócio cearense, será realizado no dia 27 de setembro e trará importantes novidades para o setor. A nomeação de Cristiano Maia como Embaixador dos Produtores Rurais do Ceará é um dos destaques do evento. Cristiano, uma figura amplamente reconhecida no meio agro, trará ainda mais representatividade ao movimento, fortalecendo a conexão entre os produtores e as pautas de desenvolvimento do agro no estado. Além disso, a apresentação da empresa Amireia Pajoara, pioneira em soluções sustentáveis e tecnológicas para a produção rural, promete trazer inovação ao evento. Líder na produção industrial de Amireia no Brasil, a empresa se destaca como uma referência global no setor pecuário. Fundada em 1996, em Campo Grande/MS, no coração do oeste brasileiro, a Amireia Pajoara construiu uma trajetória marcada pelo compromisso com a qualidade e a excelência em pesquisa. Um de seus grandes marcos foi o desenvolvimento da Amireia 200S, um produto revolucionário criado com tecnologia de ponta. A empresa, que já atende grandes pecuaristas e formuladores no Brasil e no mundo, promete ser um parceiro estratégico na modernização das atividades agropecuárias do Ceará. Um dos momentos mais esperados do encontro será a participação dos candidatos à prefeitura de Fortaleza, principal mercado consumidor do agronegócio cearense. Nesta edição, o EPROCE receberá o candidato André Fernandes, que terá a oportunidade de expor suas propostas sobre o setor agropecuário e sua relação com os produtores rurais do estado. Esse diálogo é considerado crucial pelos produtores, que desejam compreender como cada candidato planeja apoiar o agronegócio. Este é mais um passo do EPROCE na sua missão de unificar o setor, buscando soluções para os gargalos e promovendo a representatividade e o fortalecimento do agronegócio no Ceará. Com eventos como este, a entidade reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a inovação, elementos fundamentais para a prosperidade do campo cearense. EPROCE | Ediçāo SetembroData: 27.09.2024Local: Cocobambu SulHora: a partir das 12h
Grandes Produtores de Citricultura Implementarão Irrigação em 2.400 Hectares
Uma das maiores agroindústrias do mundo, responsável por aproximadamente 10% do comércio agrícola global, em parceria com um dos maiores produtores de frutas cítricas do Brasil, está pronta para implementar um sistema de irrigação por gotejamento em 2.400 hectares de pomares localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Essa colaboração foi firmada com a multinacional israelense Rivulis, uma empresa líder no mercado de irrigação com mais de 30 anos de atuação no Brasil e quase 100 anos de experiência global. A irrigação por gotejamento é uma técnica avançada que oferece economia de água e nutrientes, aplicando-os diretamente nas raízes das plantas de forma precisa e eficiente. Este método é especialmente benéfico para os citros, que são particularmente sensíveis ao estresse hídrico em determinadas fases do seu desenvolvimento. A aplicação controlada de água ao longo do ciclo de frutificação melhora o tamanho, a qualidade e a uniformidade dos frutos, contribuindo para um aumento significativo no rendimento e na sustentabilidade da produção agrícola. Eran Ossmy, presidente da Divisão de Micro Irrigação da Rivulis, destacou que essa iniciativa dos principais produtores de citros do Brasil reflete o comprometimento dessas empresas com a sustentabilidade e a eficiência de seus processos. “Estamos preparados para apoiar esses desafios, oferecendo serviços completos de microirrigação, que incluem desde o planejamento e a instalação dos sistemas até o suporte técnico no campo. Nossos sistemas são amplamente reconhecidos pela sua eficiência no uso de recursos e pela capacidade de distribuir nutrientes por meio da fertirrigação”, afirmou Ossmy. A citricultura é uma indústria de extrema importância para a economia brasileira, gerando cerca de US$ 2 bilhões em receitas anuais e empregando diretamente 200.000 pessoas no estado de São Paulo. No entanto, o setor enfrenta desafios significativos, como a queda de 24% na produção neste ano, resultado de fatores como a disseminação do greening dos citros (HLB), uma grave doença bacteriana, além das variações climáticas, com secas prolongadas e chuvas irregulares. A adoção de tecnologias avançadas de irrigação, como a oferecida pela Rivulis, é vista como uma solução promissora para mitigar esses impactos negativos, garantindo uma produção mais estável e sustentável, mantendo o Brasil como líder global na produção de citros.
Agricultura: Área Plantada de Arroz Deve Crescer 5,3% na Próxima Safra
O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentou na última segunda-feira (26) as estimativas para a safra de arroz 2024/2025 no Rio Grande do Sul. Durante o “Dia do Arroz” na 47ª Expointer, foram divulgadas as projeções que indicam um aumento significativo na área plantada para a próxima safra. O estado deverá semear 948.356 hectares, o que representa um crescimento de 5,3% em relação à safra anterior, quando foram plantados 900.203 hectares. Esse aumento corresponde a um acréscimo de 48.153 hectares, com destaque para algumas regiões específicas. As regiões da Planície Costeira Interna e da Zona Sul se destacam nesse crescimento. A Planície Costeira Interna deverá expandir sua área plantada em 8,2%, o que equivale a mais 10.907 hectares. Já a Zona Sul deve registrar uma elevação de 7,5%, com um aumento de 11.668 hectares. Essas informações foram fornecidas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul. No entanto, nem todas as regiões seguirão essa tendência de crescimento. A Planície Costeira Externa, por exemplo, é a única região que deverá registrar uma redução na área plantada, com uma diminuição de 0,6%, o que significa 600 hectares a menos. Em contrapartida, a Fronteira Oeste deve ampliar sua área plantada em 6,7%, correspondendo a um acréscimo de 17.640 hectares. A região Central também deverá ver um aumento de 6,5%, com mais 7.753 hectares plantados. Em relação à soja cultivada em várzeas, o levantamento do Irga aponta uma tendência oposta, com uma queda de 4,3% na área plantada, totalizando 403.941 hectares em comparação com a safra passada. A região Central foi a que mais se destacou, com um aumento expressivo de 110% na área plantada, o que representa mais 25.714 hectares. Por outro lado, a maior redução foi observada na Fronteira Oeste, onde a área plantada diminuiu 40,5%, resultando em 20.278 hectares a menos. Ainda durante a coletiva de imprensa, a diretora técnica do Irga, Flávia Tomita, apresentou os números finais da safra 2023/2024. O Rio Grande do Sul produziu 7.198.527 toneladas de arroz em 900.203 hectares, com uma produtividade média de 8.387 quilos por hectare. A área perdida foi de 46.991 hectares, o que equivale a 5,22% da área total plantada. Esses dados foram coletados pelo Departamento Técnico do Irga (Dater), em colaboração com os núcleos da autarquia e orizicultores espalhados pelo interior do estado. Essas informações são fundamentais para entender o panorama da produção de arroz no Rio Grande do Sul e as expectativas para a próxima safra.
Produtores Brasileiros se Afastam da Soja com Queda do Dólar e Oscilações em Chicago!
Os preços da soja no país fecharam em baixa nesta segunda-feira, com grande disparidade regional O mercado de soja no Brasil começou a semana em ritmo lento nesta segunda-feira (16). Os preços oscilaram entre estáveis e mais baixos, reflexo da queda do dólar e da volatilidade na Bolsa de Chicago. Diante desse cenário, os produtores optaram por se afastar das negociações, enquanto a diferença entre os preços praticados se mantém expressiva. Cotações Regionais: Mercado Internacional: Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o dia em baixa, pressionados pelo início da colheita da maior safra dos Estados Unidos e pela instabilidade dos mercados vizinhos. O bom desempenho do petróleo e a desvalorização do dólar frente ao real amenizaram as perdas. A NOPA (Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais) informou que o esmagamento de soja em agosto foi de 158,008 milhões de bushels, o menor nível desde setembro de 2021, abaixo das expectativas do mercado (161,453 milhões). As inspeções de exportação dos EUA somaram 401.287 toneladas na semana encerrada em 12 de setembro, contra 365.003 toneladas da semana anterior, segundo o USDA. Além disso, os exportadores reportaram a venda de 132.000 toneladas de soja em grãos para a China, com entrega prevista para a temporada 2024/25. Os contratos de soja em grão para novembro caíram 1,75 centavos, fechando a US$ 10,04 1/2 por bushel, enquanto a posição para janeiro terminou em US$ 10,23 1/2 por bushel, uma perda de 1,25 centavos. Nos subprodutos, o farelo para dezembro subiu US$ 0,90, cotado a US$ 323,80 por tonelada, e o óleo de soja para o mesmo mês fechou em alta de 0,18 centavos, a 39,11 centavos de dólar por libra-peso. Câmbio: O dólar comercial encerrou o dia em queda de 1,01%, cotado a R$ 5,5095 para venda e R$ 5,5075 para compra. A moeda oscilou entre uma mínima de R$ 5,4975 e uma máxima de R$ 5,5805 ao longo da sessão.