Na quinta-feira (1º), a Região Nordeste alcançou seu segundo recorde consecutivo do ano na geração de energia eólica, conforme informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Às 5h48, foi registrada a geração de 19.083 MW de potência, o que representa 180,4% da demanda total da região naquele momento. O recorde anterior foi registrado em 27 de julho, quando a geração de energia eólica no Nordeste atingiu 19.028 MW. Segundo o ONS, esse valor seria suficiente para abastecer todo o Nordeste e ainda atender à demanda dos estados do Rio de Janeiro e Goiás. O ONS também informou que o período entre julho e setembro é conhecido como a temporada dos ventos, o que aumenta a possibilidade de novos recordes nas próximas semanas.
Gigante do Paraná, a maior rede de cooperativas do país, projeta faturamento bilionário
O maior sistema cooperativista brasileiro almeja atingir um faturamento de R$ 500 bilhões até 2030. No estado do Paraná, estão concentradas 225 empresas filiadas ao Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), que representam quase um terço da movimentação econômica nacional no setor. Dados compilados do último ano mostram um faturamento total de R$ 660 bilhões entre as cooperativas brasileiras, dos quais R$ 203 bilhões foram registrados no Paraná. O resultado de 2024 dependerá das movimentações de mercado, com a expectativa de fechar o ano com um faturamento entre R$ 205 bilhões e R$ 220 bilhões. Para a projeção até 2030, foi dedicado um ano de avaliação e estudos técnicos, afirma o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti. “Atingimos a marca de R$ 200 bilhões de faturamento anual seis anos antes do previsto, o que nos levou, em junho do ano passado, a iniciar este novo planejamento”, diz ele. Com um horizonte promissor, o representante da Ocepar faz um alerta: os novos indicadores são plenamente possíveis, desde que uma série de fatores colabore. “Isso inclui desde o planejamento interno até condições econômicas, abertura de mercado, questões sanitárias, legislação e comportamento de consumo”, enumera Mafioletti.
Exportações de Frutas do Brasil Atingem US$ 511 Milhões no Primeiro Semestre
Aumento Impulsionado por Alta nos Preços e Valorização Cambial, Apesar da Redução no Volume Exportado No primeiro semestre de 2024, as exportações brasileiras de frutas alcançaram US$ 511,9 milhões, representando um crescimento de 5,09% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados da Abrafrutas. Esse aumento foi impulsionado pela alta nos preços das frutas, causada pela quebra de safra e menor concorrência na União Europeia, além de uma valorização cambial. Apesar do aumento no valor, o volume exportado diminuiu 8,72%, totalizando 429.663 toneladas. O setor está otimista e espera superar o recorde de US$ 1,238 bilhões alcançado no ano anterior.
CNA solicita investigação sobre possível dumping de leite argentino
Confederação busca proteger produtores brasileiros de práticas desleais e garantir a sustentabilidade do setor leiteiro A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) está intensificando a pressão sobre o governo federal para investigar a prática de dumping no mercado de leite em pó, com foco nas importações argentinas. A entidade alega que os subsídios concedidos pelo governo argentino à produção de leite estão distorcendo a concorrência e prejudicando os produtores brasileiros. Em uma petição protocolada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a CNA argumenta que a entrada maciça de leite em pó argentino subvencionado no mercado brasileiro está prejudicando a produção nacional, reduzindo as margens dos pecuaristas e colocando em risco a sustentabilidade do setor. Segundo dados da CNA, o volume total de importações de lácteos nos últimos três anos somou 4,29 bilhões de litros, com um recorde de 2,18 bilhões de litros em 2023. O leite em pó, nas versões integral e desnatada, é o principal produto importado, respondendo por mais de 71% do volume total. “Apesar da prevalência do livre mercado, a Argentina, principal país de origem, responsável por metade do volume, aplicou subsídios diretos à produção de leite, gerando artificialidade nos preços e concorrência desleal com o produto brasileiro”, explica Guilherme Dias, assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA. Antônio Pitangui de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar, manifestou preocupação com a alta taxa de importação de leite e seus impactos na produção nacional e mineira. Salvo destacou que, apesar da melhora nos preços pagos aos produtores após a mobilização do setor durante o Minas Grita pelo Leite, a concorrência com produtos estrangeiros subsidiados coloca em risco a sustentabilidade da atividade leiteira. Antônio de Salvo ressaltou que, embora o Brasil seja altamente competitivo no setor, a concessão de benefícios governamentais aos produtores argentinos torna a produção nacional menos atrativa. “Nós continuamos atentos. Os preços praticados pelo consumidor continuam acessíveis e o preço pago ao produtor melhorou, mas as importações continuam em níveis altíssimos. Nós não temos medo de competição, mas com subsídio fica impossível de nos mantermos no campo”, afirmou Salvo. O dirigente também enfatizou a importância social da atividade leiteira, destacando que ela gera milhares de empregos em Minas Gerais e no Brasil. “Só em Minas Gerais, são mais de 218.000 produtores rurais que precisam manter-se na atividade. Além da parte econômica, é uma atividade altamente empregadora, temos a parte social também”, ressaltou. A CNA estima que o processo de investigação possa durar até 18 meses, mas acredita que a gravidade da situação justifique uma análise rápida por parte do governo. “O Decom é um órgão extremamente técnico e competente e reconhece a gravidade da situação, então acreditamos que a tramitação da iniciativa possa ser acelerada”, afirma o assessor Guilherme Dias.