O Projeto de Fertilização in Vitro (FIV) do Ceará, fruto de uma parceria entre a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) e o Sebrae, irá disponibilizar embriões de alto valor genético a pequenos e médios produtores do estado. O objetivo do projeto é beneficiar mais de 900 produtores, com a meta de alcançar 2.700 prenhezes nos próximos três anos, melhorando assim a qualidade genética do rebanho cearense. Os embriões produzidos por FIV proporcionam um avanço genético de 5 a 7 gerações e são produzidos por laboratórios certificados pelo Ministério da Agricultura. Os interessados em participar devem procurar o Sindicato Rural da sua região.
Embrapa e INPI apresentam resultados sobre edição gênica na agropecuária
Cinco representantes da Embrapa contribuíram para o estudo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sobre edição gênica na agropecuária, publicado em 25 de junho. O estudo faz parte da série Radar Tecnológico, que mapeia patentes em temas científicos importantes. A equipe da Embrapa inclui Aline Zacharias, Ana Luiza Dias, Ana Paula Vaz, Lívia Junqueira e Simone Tsuneda, da Gerência-Geral de Estratégias para o Mercado (DENE). A edição anterior, sobre bioinsumos na agricultura, foi lançada em janeiro. A edição gênica é uma tecnologia avançada que modifica o genoma de plantas, animais e microrganismos de forma eficiente, sem introduzir material genético externo. Utilizando a ferramenta CRISPR e a enzima Cas9, esta técnica tem revolucionado a genética global, permitindo desenvolver culturas agrícolas resistentes, corrigir genes defeituosos em animais e reescrever genomas de microrganismos. Essa tecnologia é mais aceitável para o público, que ainda resiste aos transgênicos. Simone Tsuneda, gerente-geral e autora do estudo, destaca que, apesar da relevância global, as informações sobre edição gênica ainda estão dispersas no Brasil e no mundo. O estudo do INPI e da Embrapa mapeia os pedidos de patente, identificando instituições e indivíduos envolvidos, proporcionando uma visão clara dos avanços na agropecuária, especialmente no Brasil. O estudo é parte de um Acordo de Cooperação Técnica entre o INPI e a Embrapa, que planeja desenvolver dez estudos de prospecção tecnológica para o desenvolvimento da agropecuária no Brasil. As primeiras edições abordaram bioinsumos e edição gênica, com novos temas ainda a serem definidos. Tsuneda ressalta que a participação da Embrapa no Radar Tecnológico direciona áreas do conhecimento cruciais para a agropecuária brasileira.
Mapa recolhe cerca de cinco toneladas de agrotóxicos ilegais apreendidos
Em uma operação conjunta, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da equipe de auditores fiscais federais agropecuários da Superintendência da Agricultura e Pecuária do Paraná (SFA-PR), recolheu cerca de cinco toneladas de agrotóxicos e embalagens ilegais apreendidos no estado de Santa Catarina. A apreensão foi realizada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) e por outros órgãos responsáveis pelo combate aos agrotóxicos ilegais na última semana. O auditor fiscal federal agropecuário Roberto Siqueira Filho, que coordenou o recebimento dos produtos, destacou que essa apreensão representa apenas uma pequena parte do que tem sido retirado do mercado pelas equipes de auditoria e fiscalização do Mapa e dos órgãos estaduais de fiscalização agropecuária em Santa Catarina. Entre os produtos apreendidos estão agrotóxicos ilegais, que eram falsificados e contrabandeados, além de embalagens e matérias-primas de produtos utilizados na fabricação clandestina de agrotóxicos e outras fraudes. “Os procedimentos envolvendo o armazenamento, acondicionamento, transporte e destinação por incineração de agrotóxicos ilegais apreendidos são complexos e de alto risco, por isso necessitam de uma estrutura adequada”, afirmou o chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal do Paraná, responsável pelo projeto de destinação adequada de agrotóxicos ilegais da SFA-PR. Os produtos apreendidos foram todos agregados em uma carga e transportados pela equipe da CIDASC até o depósito licenciado, que fica no município de Ibiporã (PR). No local, ficarão armazenados até o encaminhamento para a destinação final, que será a incineração em fornos apropriados, realizado por empresa autorizada e licenciada, garantindo a devida proteção ambiental.
Caju: pior doença da cultura está prestes a atacar; saiba como se prevenir
O oídio do cajueiro, causado pelo fungo Oidium anacardii, é atualmente a principal doença que afeta as castanhas e pedúnculos de cajueiros anão e comum. Essa condição prejudica significativamente a produção e a qualidade dos frutos, causando grandes prejuízos aos produtores. Para combater a doença, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) recomenda uma série de medidas preventivas e de controle. O engenheiro agrônomo da Ematerce, Egberto Targino, alerta que, neste período, próximo ao início da safra do caju e ao final do período chuvoso, há uma maior incidência de pragas e doenças na cultura. Além do oídio, outras pragas como a broca-das-pontas e a traça-das-castanhas também podem afetar as plantações. Alguns sintomas do oídio são característicos, como a presença de uma massa branca pulverulenta no limbo foliar, que interfere no processo de fotossíntese. A queda de flores é comum, assim como deformações e rachaduras no pedúnculo. Para prevenir a doença, recomenda-se realizar três pulverizações preventivas no início da floração das plantas, espaçadas de 7 a 14 dias, conforme indicado na bula dos produtos. Após essa fase, é essencial monitorar as plantas semanalmente. Caso o fungo seja identificado, deve-se realizar de uma a três pulverizações adicionais, dependendo da severidade da doença, mantendo o intervalo de 7 a 14 dias entre elas. A Ematerce ressalta a importância de usar apenas produtos registrados junto ao Ministério da Agricultura para o controle de pragas e doenças. Existem diversos produtos no mercado especificamente indicados para o oídio do cajueiro. Com a adoção dessas práticas, espera-se que os produtores consigam minimizar os impactos do oídio, garantindo uma produção de caju de melhor qualidade.