A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, nesta semana, de uma missão com parlamentares, autoridades e lideranças do setor produtivo nos Estados Unidos. A delegação realizou uma série de visitas técnicas a unidades da Corteva e participou de reuniões com entidades norte-americanas em Washington, Indianapolis e Johnston. O objetivo foi aprofundar o conhecimento sobre as diferenças na produção agrícola entre os dois países e entender o sistema de crédito rural dos EUA. André Dobashi, presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, foi um dos integrantes da delegação. A comitiva também incluiu a senadora Tereza Cristina, os deputados federais Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e Alceu Moreira, além de outros representantes do setor agropecuário brasileiro. Em uma das agendas, a delegação se encontrou com a Associação Americana de Produtores de Soja (ASA), a National Corn Growers Association (NCGA) e o Crop Insurance and Reinsurance Bureau (CIRB), discutindo temas de interesse comum entre os dois países. “Discutimos barreiras ao comércio, sinergias entre brasileiros e americanos e conhecemos o modelo de seguro agrícola dos EUA”, disse André Dobashi. Ele mencionou que a relação entre EUA e China foi um dos temas debatidos, destacando que as retaliações geralmente recaem sobre produtos agrícolas. A delegação brasileira também discutiu os desafios do agro no Brasil, incluindo questões ambientais e a responsabilidade dos produtores em preservar suas áreas sem apoio financeiro. A programação incluiu visitas a campo, onde a delegação conheceu os benefícios do uso de tecnologias de edição genômica e previsões de futuros lançamentos. Em outro compromisso, a comitiva visitou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e se reuniu com Heather Manzano, gestora de conformidade e diretora adjunta de gerenciamento de riscos do USDA, para entender o sistema de securitização rural nos EUA. O economista-chefe do USDA, Seth Meyer, deu uma aula sobre as perspectivas de mercado das commodities, destacando o uso doméstico da soja para produção de biodiesel e a importância de um bom sistema de armazenamento e escoamento da produção. Parte da agenda foi acompanhada pela adida agrícola da Embaixada do Brasil, Ana Lúcia, e pelo diplomata Arthur Naylor. A delegação visitou a casa oficial da embaixada brasileira nos EUA, a convite da embaixadora Maria Luiza, para debater parcerias e estratégias entre Brasil e Estados Unidos. A delegação também conheceu as operações de sementes da Corteva em Johnston, Iowa, visitando o laboratório de genotipagem, casas de vegetação automatizadas e o centro de pesquisa em tratamento de sementes. Eles se reuniram com Tony Klemm, vice-presidente da Corteva, Shona Sabnis, vice-presidente de assuntos externos, e representantes das áreas de qualidade de sementes, P&D e com Kevin Diehl, diretor regulatório de edição genômica.
CNA participa de Assembleia da Plataforma Global do Café na Holanda
A Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) esteve presente na Assembleia de Membros da Plataforma Global do Café (GCP), realizada nos dias 25 e 26 de junho em Amsterdã, na Holanda. O evento reuniu representantes de seis países produtores de café, incluindo o Brasil, Vietnã, Indonésia, Honduras, Uganda e Quênia, além de traders, indústria e visitantes de países consumidores. Os principais temas abordados foram o Código de Referência de Sustentabilidade do Café e os Mecanismos de Equivalência, que buscam alinhar os conceitos de sustentabilidade na indústria cafeeira. Durante a assembleia, foi apresentado o Relatório de Compras Sustentáveis de Café (Snapshot Report), que destaca o aumento na demanda por cafés oriundos de práticas sustentáveis. A GCP também anunciou investimentos estratégicos para melhorar a renda dos cafeicultores em diversas regiões produtoras. O presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Fabrício Andrade, destacou a contribuição da cafeicultura brasileira para as metas da Plataforma Global do Café e o comprometimento dos produtores na adoção de práticas sustentáveis. “Essas práticas vão além dos aspectos ambientais, trazendo prosperidade a milhares de famílias de pequenos e médios produtores e contribuindo para o desenvolvimento das diferentes regiões produtoras em todo o território brasileiro”, afirmou. Fabrício também ressaltou os esforços da CNA junto ao Governo Federal, representantes dos trabalhadores e à Organização Internacional do Trabalho (OIT) para promover o trabalho sustentável na cafeicultura. “Por meio do Pacto pela Cafeicultura e da Mesa Tripartite de Diálogo, temos trabalhado para um ambiente de segurança jurídica e maior diálogo entre produtores, trabalhadores e governo”. Durante a apresentação de um estudo da GCP sobre a distribuição de valor na cadeia produtiva do café, Fabrício abordou os custos de produção da cafeicultura brasileira e a necessidade de uma remuneração justa que cubra todos os custos, incluindo depreciação e investimentos, proporcionando uma renda satisfatória aos cafeicultores. Ele destacou a importância do levantamento de custos de produção realizado pela CNA através do Projeto Campo Futuro e da Assistência Técnica e Gerencial do Senar. O encerramento da Assembleia contou com a despedida do brasileiro Carlos Brando, que presidiu o Conselho da Global Coffee Platform por seis anos. A colombiana Adriana Mejía assumiu o cargo, enfatizando a necessidade de união no setor cafeeiro para ações coletivas.
Governo do Ceará e Neoenergia assinam memorando para desenvolvimento de estudos de geração de energia eólica offshore no estado
O Governo do Ceará e a Neoenergia assinaram um memorando de entendimento (MoU) nesta semana para o desenvolvimento de estudos conjuntos que incentivem projetos de geração de energia eólica offshore no litoral cearense. O acordo é um marco significativo na diversificação sustentável do portfólio energético do estado, aproveitando a grande capacidade dos ventos marítimos. O projeto visa não apenas reduzir as emissões de CO2, mas também gerar empregos e impulsionar o crescimento econômico na região. Este já é o quinto acordo de cooperação firmado pela Neoenergia para o desenvolvimento da geração eólica offshore no Brasil. A companhia também realiza estudos para avaliar a viabilidade de projetos eólicos em alto-mar no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. “O Ceará tem um grande potencial para a geração de energias renováveis e, diante disso, o Governo do Estado tem colaborado para a consolidação de investimentos que impulsionarão o desenvolvimento de negócios voltados para a geração de energia limpa. O projeto da Neoenergia, empresa líder no setor elétrico, para produção de energia eólica offshore, contribui, de forma significativa, com o processo de diversificação sustentável do portfólio energético do estado, aproveitando a grande capacidade dos ventos marítimos. A iniciativa reduz as emissões de CO2, além de gerar empregos e impulsionar o crescimento econômico na região”, destacou o governador Elmano de Freitas. O evento de assinatura ocorreu no Palácio da Abolição, em Fortaleza, com a presença do superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes; da secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Vilma Freire; do secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho; do presidente do Complexo Portuário e Industrial do Pecém, Hugo Figueiredo; do diretor de Hidráulica e Offshore da Neoenergia, além de outras autoridades e executivos da empresa.
CNA participa de Fórum Mundial do Agronegócio
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou do Global Agribusiness Festival (GAF), que reuniu, entre os dias 27 e 28 de junho, em São Paulo (SP), autoridades de diversos países, empresários, lideranças e representantes do setor. Nesta edição, o fórum debateu os rumos do setor agropecuário e seus principais desafios, principalmente em relação às mudanças climáticas, preservação de recursos naturais e soluções sustentáveis para uma população em crescimento. A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, destacou, em palestra na sexta (28) pela manhã, o papel do produtor rural no processo de enfrentamento das mudanças climáticas. Sueme participou de um painel sobre a cooperação internacional para ações climáticas. Segundo ela, quando se fala em debater a importância do produtor rural no processo de produção sustentável, é necessário pensar no tripé da sustentabilidade, que envolve as questões econômicas, ambientais e sociais. “A atividade agropecuária é uma atividade comercial que precisa gerar renda. Então, é importante ter esse equilíbrio quando se fala do papel do produtor para ajudá-lo por meio de cooperação internacional, nacional e políticas públicas, respeitando a atividade na geração de renda.” Sueme também reforçou a necessidade de o Brasil estar presente nos debates internacionais. “É impossível tratar de temas relevantes do ponto de vista do agro e de mudanças climáticas sem que o Brasil esteja presente. Temos muita relevância do ponto de vista comercial e de contribuição para a segurança alimentar. Por isso, temos de levar a voz do produtor para este debate.” Participaram do painel o presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles, o gerente de competitividade do Sebrae, Carlos Eduardo Pinto Santiago, e o gerente de agronegócio da Apex-Brasil, Laudemir André Muller. A assessora técnica da CNA, Elisangela Pereira Lopes, também palestrou na sexta (28) no palco Futuro Fértil do Fórum Arena. No painel “Logística: Desafios e Futuro”, ela destacou o aumento da produção de grãos no país e a diferença das exportações do complexo soja e milho pelos portos dos Arcos Norte e do Sul. Em 2023, a produção de grãos acima do Paralelo 16 totalizou 197,5 milhões de toneladas, um crescimento anual de 10,2 milhões de toneladas desde 2009. Já a exportação pelos portos do Arco Norte cresceu 3,9 milhões de toneladas ao ano no mesmo período. A diferença anual é de 6,2 milhões de toneladas. Em sua apresentação, a assessora também falou sobre os altos custos dos transportes de cargas no país e a diferença entre o frete pago pelos produtores brasileiros para escoar a produção agrícola com produtores dos Estados Unidos e da Argentina. Ainda em sua fala, Elisangela Lopes mostrou a defasagem da armazenagem no Brasil, comparando a capacidade estática dos armazéns com a produção agrícola. Em 2024, por exemplo, a produção total de grãos somou 319,9 milhões de toneladas e a capacidade de armazenamento era de 201,2 milhões/ton, totalizando um déficit de 118,7 mi/ton. Segundo a representante da CNA, Mato Grosso é o estado com maior déficit de armazenagem de grãos (52,2 milhões de toneladas). A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) aparece em segundo lugar com -18 milhões/toneladas. Juntos, somam cerca de 60% do déficit de capacidade estática no Brasil. Participaram do painel o CEO da Hidrovias do Brasil, Fábio Schettino, e o coordenador geral da Esalq/LOG, Thiago Guilherme Péra. O chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, moderou o debate.
Presidente e equipe gestora da Adagri se reuniram para avaliação e planejamento das ações
Próximo de encerrar o primeiro semestre de 2024, o presidente da Adagri, Elmo Aguiar, se reuniu durante toda esta quinta-feira (28) com a equipe gestora da Agência para avaliação das ações realizadas neste período e elaboração do cronograma do segundo semestre. O presidente fez a abertura do encontro. Estavam presentes na reunião os diretores Amorim Sobreira (Defesa Animal) e Rubens Almeida (Planejamento e Gestão Interna); os gerentes Gleyber Cartaxo – representando a diretora de Defesa Vegetal, Neiliane Sombra –, Dimas Oliveira, Jarier Moreno, David Caldas, Erisvaldo Maia e Luiz de Oliveira; a assessora da presidência, Janine Colares; o assessor de controle interno e ouvidoria, Vinicius Sales; os assessores técnicos Joaquim Sampaio, Cristina Holanda e os 14 supervisores regionais da Adagri. Na pauta, cada diretoria apresentou os resultados semestrais de sua área, bem como o cronograma de ações para o próximo semestre. O assessor técnico Tito Carneiro, coordenador da Comissão de Transição da Adagri, também apresentou seu planejamento para o trânsito agropecuário nesse período, assim como a gerente administrativa Renata Marques e o gerente de tecnologia da informação Victor Coelho. “Discutimos assuntos de interesse da Agência, metas concluídas e aquelas que terão uma atenção maior nesse próximo semestre para serem concluídas. Foi um momento muito proveitoso para troca de informações e, consequentemente, para melhorias dos serviços prestados pela Adagri. Este ano vem sendo de muito trabalho, mas também de muitas conquistas”, concluiu Elmo Aguiar. O encontro foi finalizado com um momento de fala de cada supervisor regional, onde puderam apresentar demandas específicas de suas regiões. A Adagri conta com 40 Escritórios de Atendimento instalados no estado e 14 Supervisões Regionais. Estavam presentes os supervisores regionais: Dagoberto Sanders (Grande Fortaleza); Ricardo Pierre (Cariri); Willame Lopes (Centro Sul); Elenimar Bezerra (Litoral Oeste); Igor Gurgel (Litoral Norte); Daniel Victors (Litoral Oeste/Vale do Curu); Hermeline Quirino (Maciço de Baturité); Silvério Moita (Serra da Ibiapaba); Willians Lopes (Sertão Central); Eudson Júnior (Sertão de Canindé); Iracelma Arruda (Sertão de Sobral); Hamilton Fernandes (Sertão de Crateús); Yussef Feitosa (Sertão dos Inhamuns) e Douglas Carpegiany (Vale do Jaguaribe).