Na última sexta-feira (21), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) esteve presente na Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra. O evento, promovido pela Abramilho e Canal Rural, ocorreu em Nova Mutum, Mato Grosso (MT). Participação da CNA no Evento Tiago Pereira, assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, foi um dos expositores no painel principal do evento, onde se discutiu a sustentabilidade e o impacto da moratória da soja. Impacto da Moratória da Soja Durante sua apresentação, Pereira destacou que os produtores de soja na Amazônia Legal estão sujeitos a um pacto privado entre os maiores compradores do grão, que impõem exigências além do Código Florestal vigente no país. Ele criticou a moratória por não distinguir entre desmatamento legal e ilegal e por seu caráter punitivo, ao invés de colaborativo. “Temos dados que demonstram que este tipo de acordo prejudica o produtor brasileiro. Estamos falando nesse momento da Amazônia Legal, mas esse acordo privado pode ter revisões futuras para incluir outros produtos e biomas, afetando o setor como um todo”, alertou Pereira. Debatedores do Painel O painel também contou com a participação de importantes figuras do setor agrícola, como o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, a deputada federal Coronel Fernanda, o presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão, e a secretária-adjunta de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Luciane Bertinatto. A participação da CNA na Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra reforçou o compromisso da entidade em debater temas cruciais para a sustentabilidade e o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. As discussões sobre a moratória da soja e seus impactos destacam a necessidade de acordos que sejam justos e colaborativos, visando a proteção ambiental sem prejudicar os produtores rurais.
Ministro Fávaro Debate Políticas Sustentáveis em Reunião no Mapa
Nesta quinta-feira (20), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu o presidente nacional do Partido Verde, José Luiz Penna, e sua equipe no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para discutir políticas sustentáveis e desenvolvimento rural, além das ações de apoio ao novo Plano Safra 2024/25, que será lançado na próxima semana. Enfatizando o Clima como Ativo do Brasil Durante a reunião, Fávaro ressaltou o clima como o maior ativo do Brasil, permitindo que o país se destaque globalmente na produção agrícola. “Temos uma terra muito boa, e, para continuar intensificando a produção de alimentos, não há necessidade de desmatar qualquer área preservada do país”, afirmou o ministro. Adoção de Boas Práticas Agrícolas O ministro destacou a importância do trabalho dos produtores rurais brasileiros na adoção de boas práticas agrícolas. “Precisamos premiar os nossos produtores que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis”, ressaltou Fávaro, enfatizando o compromisso dos agricultores com a sustentabilidade. Sustentabilidade do Algodão Brasileiro Na reunião, Fávaro apresentou ao presidente do Partido Verde a sustentabilidade do algodão brasileiro, mostrando como os consumidores podem rastrear a origem do produto desde a etiqueta da camiseta até o campo. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), 98% dos produtores cumprem a legislação ambiental. A reunião reforçou o compromisso do Ministério da Agricultura e Pecuária com políticas sustentáveis e o desenvolvimento rural, destacando a importância das boas práticas agrícolas adotadas pelos produtores brasileiros. As discussões também sublinharam o papel do Brasil como líder na produção agrícola global, utilizando práticas que preservam o meio ambiente e promovem a sustentabilidade.
Gestão de Risco Não Acompanha Avanço do Crédito Rural, Diz CNA
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destacou que as ferramentas de gestão de risco, especialmente o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), não têm acompanhado o avanço do crédito rural no país. Essa observação foi feita por Guilherme Rios, assessor técnico da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, durante a 8ª Reunião da Rede Zarc Embrapa de Pesquisa e Desenvolvimento, realizada de 18 a 20 de junho, em Brasília. Descompasso entre Crédito e Seguro Rural Guilherme Rios ressaltou que, embora as contratações de custeio agrícola estejam crescendo anualmente, o seguro rural não tem seguido o mesmo ritmo. Isso resulta na redução da área de cobertura e na emissão de apólices. “O seguro é uma ferramenta crucial para que os produtores não apenas gerenciem riscos, mas também acessem o mercado de crédito”, explicou Rios. Dados Comparativos: 2020 e 2023 Em 2020, o desembolso para custeio agrícola foi de R$ 46,55 bilhões, distribuídos em 327 mil contratos, com uma área coberta por seguro rural de 13,24 milhões de hectares (188 mil apólices). Em contraste, em 2023, o volume de recursos do custeio agrícola subiu para R$ 143,91 bilhões (538 mil contratos), enquanto a área segurada caiu para 6,2 milhões de hectares (106 mil apólices). Desafios no Plano Safra Rios apontou que o seguro rural não foi incluído como um instrumento de gestão de riscos no último Plano Safra. Em 2023, foram liberados R$ 940 milhões para o PSR, mas o montante ainda enfrenta contingenciamentos, tornando-o insuficiente e suscetível a cortes. Propostas da CNA Para o Plano Agrícola e Pecuário 2024/25, a CNA apresentou várias propostas, incluindo: A CNA enfatiza a necessidade de maior alinhamento entre o avanço do crédito rural e as ferramentas de gestão de risco, como o seguro rural. As propostas visam fortalecer a segurança financeira dos produtores rurais, garantindo que possam enfrentar adversidades e continuar contribuindo para a economia agrícola do país.
Projeto de Desenvolvimento e Melhoramento Genético da Bovinocultura de Leite no Estado do Ceará
O projeto de desenvolvimento e melhoramento genético da bovinocultura de leite no Ceará visa proporcionar um avanço significativo na qualidade genética do rebanho leiteiro do estado. Através da utilização de embriões produzidos por Fertilização in Vitro (FIV), o projeto promete um avanço genético de 5 a 7 gerações, equivalente a um progresso de 25 anos, comparado aos métodos tradicionais como a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que alcança, no máximo, 5 gerações. Convênio Faec e Sebrae A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) firmou um convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para disponibilizar embriões de alto valor genético aos pequenos e médios produtores do Ceará. O objetivo é promover o avanço do rebanho bovino leiteiro cearense através de consultorias especializadas em melhoramento genético. Meta e Alcance do Projeto O Projeto de Fertilização in Vitro do Ceará beneficiará mais de 900 produtores com 2.700 prenhezes ao longo de três anos. Os laboratórios responsáveis pela produção dos embriões possuem certificação do Ministério da Agricultura, garantindo a qualidade e a segurança do material genético. Impacto no Rebanho Cearense Com a introdução de cerca de três mil animais de alto valor genético, oriundos de doadoras e reprodutores testados e avaliados em provas de desempenho genético, o rebanho leiteiro cearense verá uma melhoria significativa. Estes animais, selecionados por sua alta performance genética, contribuirão para a elevação da produtividade e qualidade do leite no estado. O projeto de desenvolvimento e melhoramento genético da bovinocultura de leite no Ceará é uma iniciativa crucial para o avanço do setor agropecuário no estado. A parceria entre Faec e Sebrae, aliada ao uso de tecnologias avançadas como a FIV, garante um progresso significativo na qualidade genética do rebanho. A melhoria genética contribuirá para o aumento da produção leiteira, beneficiando diretamente os pequenos e médios produtores e fortalecendo a economia local.
Panorama do Agronegócio Brasileiro em 2024
O panorama do agronegócio brasileiro em 2024 reflete um cenário de otimismo e evolução. As estimativas apontam para um crescimento significativo no PIB do setor, impulsionado por diversos fatores como o aumento da produtividade e a expansão das exportações. A projeção é de que o agronegócio continue sendo um dos pilares da economia nacional, contribuindo de forma expressiva para o desenvolvimento do país. Crescimento do PIB do Agronegócio O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro é um dos principais indicadores econômicos do país. Em 2024, as estimativas e projeções indicam um cenário promissor no setor agropecuário. A adoção de novas práticas sustentáveis e inovações nas cadeias produtivas são fatores que contribuirão para o aumento do PIB do agronegócio. A participação do agronegócio no PIB nacional tem se mantido robusta nos últimos anos, evidenciando a relevância do setor para a economia brasileira. As projeções para 2024 indicam que essa participação continuará sendo expressiva. A constante evolução tecnológica e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento têm impulsionado o crescimento econômico e a competitividade internacional do Brasil. Importância Estratégica do Agronegócio O agronegócio brasileiro continua desempenhando um papel fundamental na economia do país, refletindo diretamente em sua participação no PIB nacional. Em 2024, espera-se que o setor mantenha sua relevância e contribua significativamente para a geração de riqueza e empregos. A crescente demanda por alimentos e recursos naturais destaca o agronegócio como um dos pilares da economia brasileira, impulsionando a produção local e as exportações para diversos mercados ao redor do mundo. Tendências para o Agronegócio em 2024 As tendências para o agronegócio em 2024 apontam para um cenário marcado pela adoção de novas tecnologias e práticas sustentáveis. A busca por inovações que melhorem a eficiência produtiva, aliada ao crescente interesse pelo ESG (Environmental, Social, and Governance), evidencia a preocupação do setor com a sustentabilidade e responsabilidade socioambiental. Essa abordagem orientada para o futuro reforça a posição competitiva do agronegócio brasileiro no mercado global. Novas Tecnologias e Inovações O agronegócio brasileiro em 2024 está passando por uma revolução impulsionada por novas tecnologias e inovações. A adoção de soluções como IoT, drones e big data tem transformado a gestão das lavouras, permitindo maior precisão na aplicação de insumos e ganhos significativos de produtividade. A integração de softwares de gestão agrícola facilita o monitoramento remoto das atividades no campo, otimizando processos e reduzindo custos operacionais. A utilização da robótica e da inteligência artificial promete revolucionar o setor, permitindo previsões mais assertivas e decisões em tempo real. Impacto da Inteligência Artificial nas Lavouras A utilização da inteligência artificial nas lavouras tem revolucionado a forma como os agricultores gerenciam suas plantações. Algoritmos avançados e sensores permitem monitorar as condições do solo, prever pragas e doenças, e otimizar o uso de insumos agrícolas. Esse impacto vai além da eficiência operacional, resultando em colheitas mais abundantes e sustentáveis e na redução dos impactos ambientais. Crescimento do ESG na Agroindústria O crescimento do ESG (Environmental, Social, and Governance) na agroindústria brasileira em 2024 é uma tendência importante. As empresas do setor estão se comprometendo cada vez mais com práticas sustentáveis e responsáveis, visando não apenas o lucro, mas também a preservação ambiental e o bem-estar social. A preocupação com a sustentabilidade está impulsionando mudanças significativas na forma como as atividades agrícolas são conduzidas, com investimentos em tecnologias que reduzem o uso de recursos naturais e promovem relações justas com colaboradores e comunidades locais. Mecanização e Avanços na Produção O agronegócio brasileiro tem passado por importantes avanços na mecanização e na produção. A adoção de máquinas e equipamentos modernos tem aumentado a eficiência e a produtividade no campo. Tecnologias como GPS, drones e sensores inteligentes permitem um manejo mais preciso das lavouras, garantindo uma utilização mais eficiente dos recursos naturais. A automatização de processos vem contribuindo para reduzir custos operacionais e otimizar o tempo dos produtores rurais. Digitalização da Aquisição de Insumos A digitalização da aquisição de insumos no agronegócio brasileiro em 2024 tem se mostrado cada vez mais relevante. Plataformas online especializadas permitem que os agricultores pesquisem preços, comparem produtos e realizem compras de forma rápida e segura. A digitalização proporciona maior transparência nas negociações e uma gestão mais eficaz dos recursos disponíveis, facilitando o monitoramento das compras e estoques. Impacto Internacional: Perspectivas para o Mercado O agronegócio brasileiro em 2024 está cada vez mais conectado com o mercado internacional. As perspectivas para o setor são promissoras, com a demanda global por produtos agrícolas do Brasil continuando a crescer. A qualidade dos produtos brasileiros é reconhecida mundialmente, fortalecendo a presença do país no cenário global. As parcerias comerciais estabelecidas pelo Brasil com outros países impulsionam as trocas de conhecimento e tecnologia, favorecendo a modernização e sustentabilidade do agronegócio nacional. Conclusão: Panorama do Agronegócio Brasileiro e o Futuro O panorama do agronegócio brasileiro em 2024 é de um setor robusto e promissor, impulsionado por avanços tecnológicos e inovações constantes. Com estimativas positivas para o PIB do agro e uma participação significativa na economia nacional, o Brasil continua se destacando como potência agrícola. As tendências incluem a adoção de novas tecnologias, foco no ESG, avanços na mecanização e digitalização da aquisição de insumos. As perspectivas internacionais indicam um mercado global aquecido, com oportunidades de expansão e parcerias comerciais vantajosas. O futuro do agronegócio brasileiro é brilhante, com investimentos contínuos em inovação e sustentabilidade garantindo um desenvolvimento sólido e duradouro para o setor.