O Ceará registrou um crescimento econômico de 4,4% no primeiro trimestre de 2024, liderando o avanço econômico no Nordeste, conforme dados do Banco Central do Brasil (Bacen). Este crescimento foi significativamente maior do que o registrado na Região Nordeste como um todo (3,2%) e no País (1%), conforme a “prévia do PIB” fornecida pelo Bacen. Comemoração e Impacto na População O governador Elmano de Freitas (PT) comemorou o crescimento, destacando que a liderança do Ceará no avanço econômico regional representa mais empregos e renda para a população local. “A economia do Ceará registrou o maior avanço do Nordeste no primeiro trimestre de 2024. A liderança do Ceará nesse crescimento econômico regional representa mais emprego e renda para nossa população. É mais oportunidade de trabalho para os cearenses,” enfatizou Elmano de Freitas. Contribuição do Banco do Nordeste Elmano de Freitas também destacou a parceria com o Banco do Nordeste (BNB), que tem sido crucial ao estimular o crédito para empresas, como um dos principais fatores para o avanço econômico. “Esse resultado positivo é fruto da política de incentivos fiscais adotada em nosso estado. Em parceria com o Banco do Nordeste, temos também trabalhado para ampliar o acesso dos cearenses às linhas de crédito para promover o desenvolvimento das empresas,” completou o governador. Políticas Econômicas e Industriais O secretário da Fazenda, Fabrízio Gomes, descreveu o crescimento como um importante indicador da consolidação das políticas econômicas estaduais. Ele apontou que o resultado de 4,4% no primeiro quadrimestre de 2024 mostra a eficácia das políticas econômicas implementadas no Ceará. “Esse é um importante indicador, um índice do Banco Central, que é uma prévia do PIB, mostrando excelentes resultados para o Estado do Ceará. O Ceará cresceu, no primeiro quadrimestre de 2024, 4,4%. Número maior do que o Brasil e do que o Nordeste, mostrando a consolidação das políticas econômicas feitas aqui,” afirmou Fabrízio Gomes. Atração de Novos Segmentos Industriais Entre as políticas econômicas, a busca pela instalação de novos segmentos industriais no Ceará tem sido um destaque. Fabrízio Gomes mencionou a redução da Selic (taxa básica de juros) e os incentivos fiscais como fatores que estão atraindo novos segmentos industriais ao estado. “A Selic vem baixando, mas, além disso, o Governo do Estado vem buscando atrair cada vez mais novos segmentos. Temos feito incentivos fiscais importantes para que esses novos segmentos venham a se instalar no Ceará. E isso está se consolidando ao longo de 2024, mostrando que o Estado tem feito um excelente trabalho de política fiscal e econômica, trazendo renda e emprego para população,” reforçou o secretário. O avanço de 4,4% na economia do Ceará no primeiro trimestre de 2024 não só coloca o estado na liderança do crescimento econômico no Nordeste, mas também destaca a eficácia das políticas econômicas e fiscais implementadas. A parceria com o Banco do Nordeste e a atração de novos segmentos industriais são componentes-chave dessa expansão, trazendo mais emprego e renda para a população cearense.
Agropecuária Responde por Quase 50% das Exportações Brasileiras em Maio
As exportações brasileiras de produtos do agronegócio totalizaram US$ 15,05 bilhões em maio de 2024, representando 49,6% das exportações totais do país. Esse valor foi 10,2% inferior aos US$ 16,76 bilhões exportados no mesmo mês de 2023, uma queda de US$ 1,71 bilhão. A diminuição ocorreu devido aos menores preços médios de exportação e à redução do volume global exportado. Produtos que Atenuaram a Queda Os produtos que mais contribuíram para mitigar a queda nas exportações foram: Destaques das Exportações Complexo Sucroalcooleiro O setor sucroalcooleiro registrou um aumento nas exportações, passando de US$ 1,24 bilhão em maio de 2023 para US$ 1,43 bilhão em maio de 2024 (+15,3%). Esse desempenho foi impulsionado pelo volume recorde de açúcar exportado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de 46,3 milhões de toneladas de açúcar para a safra 2024/2025, o maior volume da série histórica. Em maio, o Brasil exportou 2,81 milhões de toneladas (+16,7%). Carnes As carnes representaram 14,2% das vendas externas do agronegócio brasileiro, totalizando US$ 2,13 bilhões em maio de 2024, um aumento de 2,0% em relação aos US$ 2,09 bilhões exportados em maio de 2023. Registros de exportação incluem: Produtos Florestais Os produtos florestais ficaram na terceira posição, com exportações de US$ 1,55 bilhão (+25,5%). Houve um aumento nos preços médios de exportação, principalmente devido ao incremento do preço internacional da celulose, que passou de US$ 403 por tonelada em maio de 2023 para US$ 551 por tonelada em maio de 2024 (+36,8%). A China foi o principal importador desse produto. Exportações no Período de Janeiro a Maio No acumulado de 2024, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 67,17 bilhões, uma queda de 0,2%. A redução ocorreu devido à queda dos preços dos produtos exportados (-9,8%), embora o índice de quantidade tenha crescido 10,7% nos cinco primeiros meses do ano. O agronegócio representou 48,4% das exportações totais brasileiras. Acumulado de Doze Meses No período de doze meses (junho de 2023 a maio de 2024), as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 166,38 bilhões, um crescimento de 2,4% em relação aos US$ 162,53 bilhões exportados nos doze meses anteriores. A participação dos produtos do agronegócio no total exportado pelo Brasil foi de 48,5%. As importações, por sua vez, totalizaram US$ 17,49 bilhões, uma diminuição de 1,3% em comparação aos US$ 17,72 bilhões dos doze meses anteriores, representando 7,2% do total adquirido pelo Brasil no período.
Preço do Mel Deve Subir 30% Com Enchentes no RS; Produtores Cearenses Preveem Supersafra em 2024
As chuvas acima da média no Ceará e no Sul do Brasil estão transformando a dinâmica do mercado de mel no país. Enquanto as enchentes no Rio Grande do Sul valorizam o preço do produto em pelo menos 30%, os apicultores cearenses projetam uma supersafra para 2024. Supersafra no Ceará O presidente da Federação Cearense de Apicultores (Fecap), Joventino Neto, anunciou durante a PEC Nordeste 2024 que, após um ano de chuvas excessivas que prejudicaram a colheita de mel, o Ceará espera uma produção recorde para 2024. A produção estimada de 5 mil toneladas em 2023 deve dobrar, alcançando entre 8 mil e 10 mil toneladas. “A produção do mel no ano passado no Ceará foi estimada em 5 mil toneladas. Em 2024, devemos ter 8 a 10 mil toneladas. Esse ano está bem atípico. A gente vai tirar o mel mais atrasado e teremos uma supersafra de mel. É o que está sendo esperado. Nessa época, nos meus apiários eu era para estar batendo já a terceira vez (colheita) e não bati nem um esse ano.” – Joventino Neto Valorização do Preço do Mel Apesar da supersafra no Ceará, as enchentes no Rio Grande do Sul, o principal produtor nacional, devem elevar os preços do mel em até 30%. Joventino Neto acredita que, mesmo com o aumento da oferta, a demanda crescente e os problemas climáticos em outras regiões manterão os preços altos. Produção de Mel no Ceará O Ceará ocupa a oitava posição na produção nacional de mel de abelha, enquanto o Rio Grande do Sul lidera com uma produção de 9.014 toneladas em 2022. No Nordeste, o Piauí é o maior produtor com 8.321 toneladas, seguido pela Bahia com 4.911 toneladas. O Ceará é o terceiro maior produtor da região. Tributação e Competitividade Joventino Neto também destacou a questão tributária como um obstáculo para a competitividade do mel cearense. O Ceará é o único estado que cobra a alíquota cheia de 20% do ICMS para a cadeia produtiva do mel, o que encarece o produto localmente. “Todo o mel que é daqui e é comprado pelos outros estados, que são isentos. O Ceará é o único estado da Federação Brasileira que não é isento, então os outros estados compram o mel daqui sem tirar nota fiscal, embalam e vendem barato no Ceará. O mel cearense ganha prêmio em Santa Catarina, como o melhor mel do Brasil, já ganhou prêmio mundial com o nome do outro estado.” – Joventino Neto Agricultura Familiar e Desenvolvimento Local A produção de mel no Ceará é majoritariamente feita por pequenos produtores. Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), mencionou que 95% da produção vem de micro e pequenos produtores, como a Campos Mel, em Jucás, que produz cerca de 40 toneladas de mel por mês. Consumo e Educação Produtores como André Gomes, da Associação dos Apicultores de Crateús (Apicrat), trabalham para aumentar o consumo interno do mel, destacando suas qualidades nutricionais e saudáveis, além de sua utilização como alimento, não apenas como medicamento. “A gente trabalha a conscientização do consumo do mel e tem aumentado também esse consumo interno, que é uma dificuldade grande que a gente tem. As pessoas precisam entender a importância do mel, que ele não é só um medicamento, é um alimento, ele substitui o açúcar e é um alimento que além de nutritivo é saudável.” – André Gomes Em suma, o mercado de mel no Brasil enfrenta um cenário de grandes desafios e oportunidades, com uma supersafra prevista para o Ceará e a valorização do preço devido às enchentes no Rio Grande do Sul. A produção cearense tem potencial de crescimento, especialmente se questões tributárias forem resolvidas, e a educação sobre os benefícios do mel for amplificada.