A terceira safra de milho no Nordeste do Brasil vem crescendo significativamente tanto em área cultivada quanto em produção, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). A entidade vê grande potencial na região e está incentivando novos produtores locais a entrarem na atividade. Segundo Cesário Ramalho, presidente da Abramilho, o objetivo é que o Nordeste contribua com a produção de 5 milhões de toneladas de milho em um curto período de tempo. Para isso, a associação está atuando em estados como Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas, além de Sergipe, que já produz entre 600 e 700 mil toneladas. Este crescimento pode abastecer o mercado regional, especialmente o setor avícola, que é forte em Pernambuco e consome cerca de 900 mil toneladas de milho. Além disso, há potencial para que o milho nordestino chegue a outros estados brasileiros e até mesmo seja exportado, aproveitando a proximidade com os portos nacionais. Importação de Milho Transgênico dos Estados Unidos Sobre a liberação da importação de milho transgênico dos Estados Unidos para o Brasil, Cesário Ramalho vê a situação com naturalidade. Ele compara a operação à importação de milho de países do Mercosul, como Paraguai e Argentina, e afirma que a viabilidade da operação dependerá da decisão individual de cada indústria. Ramalho também acredita que a importação de milho transgênico dos Estados Unidos possa abrir caminho para que os produtores brasileiros cultivem essas variedades no país. Segundo ele, essas variedades são mais produtivas e atendem à demanda da China, que atualmente compra esse produto dos Estados Unidos. A Abramilho continua a promover o crescimento da produção de milho no Nordeste, incentivando a adoção de novas tecnologias e práticas agrícolas que aumentem a produtividade e a sustentabilidade da cultura.