Uma das principais propostas demandadas pelos produtores rurais gaúchos e formatada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a suspensão imediata do vencimento das parcelas de operações do crédito rural já estão em vigor. A resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (13) autoriza as instituições financeiras a prorrogar, de forma automática, o vencimento das parcelas de principal e juros das operações de crédito rural que tenham vencimento entre 1º de maio e 14 de agosto deste ano para o dia 15 de agosto. A medida vale para empreendimentos localizados em municípios do estado do Rio Grande do Sul, com decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública no período de 30 de abril a 20 de maio de 2024, reconhecida pelo governo federal, em decorrência de enchentes, alagamento, chuvas intensas, enxurradas, vendaval, deslizamentos ou inundações. Após se reunir com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), representantes de mais de 100 sindicatos rurais do estado e cooperativas, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, apresentou a proposta para a suspensão dos pagamentos na reunião ministerial na sala de situação do Palácio do Planalto. “Pedimos ao CMN a prorrogação imediata dos débitos do setor. Este é o primeiro passo. Também estamos trabalhando na estruturação de novos créditos, com um fundo garantidor, permitindo que os produtores gaúchos possam reconstruir suas propriedades”, explicou o ministro. Na última sexta-feira (10), o CMN realizou sessão extraordinária para aprovar a proposta de renegociação das operações de crédito rural no Rio Grande do Sul.
Safra de tomate retrocede e deve voltar ao patamar de 2022
Conforme levantamento realizado pela Tomate BR, a área de cultivo deve ultrapassar 19 mil hectares, uma revisão das projeções divulgadas pela associação no início deste ano, quando se esperava um aumento de 7% do espaço ocupado pelas plantações. A produção deve atingir em torno de 1,7 milhão de toneladas, e os números das colheitas devem ficar bem próximos dos registrados em 2022, conforme demonstra a projeção mais recente da entidade. Projeções eram otimistas, mas… “O ano de 2023 foi um dos mais rigorosos da última década com o tomate e este ano as projeções eram mais otimistas, porém estamos enfrentando diversas dificuldades”, afirma o diretor da Tomate BR, Vlamir Breternitz. Ele explica que as altas temperaturas nos meses de janeiro, fevereiro e março contribuíram para a migração de agentes transmissores de viroses, como a mosca branca, vindos de culturas como a soja. “Com isso, as primeiras lavouras sofreram sérios danos e algumas tiveram até mesmo que ser erradicadas.” Adversidades climáticas adicionais Além disso, as chuvas intensas registradas em março dificultaram o transplante das mudas, atrasando o cronograma e reduzindo a área de algumas lavouras. “Os produtores perderam muitas mudas ainda em viveiro, devido a esse atraso no transplante. Alguns reduziram até mesmo o espaço de plantio para evitar colheitas durante meses de riscos climáticos elevados, considerando que a partir do segundo semestre teremos a presença de outro evento climático, o La Niña, caracterizado por fortes chuvas a partir do mês de setembro, nas regiões onde se concentram as principais lavouras do país”, conclui.