Sob a supervisão da renomada zootecnista Pércia Rocha, instrutora do Senar de Minas Gerais e uma referência nacional em manejo de bovinos, 12 instrutores do Senar Ceará foram capacitados. O treinamento, com uma carga horária de 40 horas/aula, ocorreu na Fazenda Boisa, em Caucaia. “Esse curso foi uma demanda dos produtores que recebemos por meio dos sindicatos rurais. Nossa expectativa é que, em breve, os nossos instrutores estejam oferecendo esse curso em todas as regiões do Ceará”, destaca Kelly Claudio, diretora técnica do Senar Ceará. Os benefícios da doma de novilhas para ordenha são diversos e incluem o aumento da produtividade e da qualidade do leite, a redução de custos para os produtores, além de proporcionar maior segurança e bem-estar tanto para os trabalhadores quanto para os animais. Como ressalta a instrutora Pércia Rocha, “o animal estressado produz menos e tem sua imunidade comprometida”. “Esse curso facilita a vida do produtor rural, uma vez que as novilhas não domadas apresentam muita dificuldade para entrar na sala de ordenha”, explica Pércia Rocha. “Além disso, facilita a lactação, reduz o uso de ocitocina (hormônio responsável pela ejeção do leite), que pode ser transmissor de doenças, e reduz custos ao produtor.” Com três anos de experiência no Senar de Minas Gerais, Pércia Rocha destaca sua missão de proporcionar melhores condições de vida para aqueles que desempenham um papel fundamental na nossa sociedade. “No Senar, nós ensinamos fazendo”, enfatiza.

Esses números foram divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa). O crescimento em valor reflete, em grande parte, a expansão na quantidade de produtos embarcados, com um aumento expressivo de 14,6% no índice de quantum, compensando a queda nos preços dos produtos, que registrou uma redução de 8,8%. O agronegócio brasileiro manteve sua significativa contribuição para as exportações totais do país, representando 47,8% do total no primeiro trimestre de 2024, ligeiramente acima dos 47,3% registrados no mesmo período do ano anterior. Dentre os destaques desse desempenho, destacam-se o aumento nas vendas externas de açúcar, com um acréscimo de US$ 2,52 bilhões, seguido por algodão (+US$ 997,41 milhões) e café verde (+US$ 563,64 milhões). Por outro lado, houve uma queda nas exportações de milho, soja em grãos e óleo de soja, o que foi compensado pelos resultados positivos de outros produtos. No mês de março de 2024, as exportações alcançaram US$ 14,21 bilhões, representando uma diminuição de 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse declínio é atribuído à queda internacional dos preços dos alimentos, apesar do aumento de 1,3% na quantidade exportada. Os cinco principais setores exportadores em março foram o complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e café, que juntos corresponderam a 83,4% do valor total exportado pelo Brasil no mês. No que diz respeito aos países importadores, a China se mantém como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com uma participação de 35,9% ou o equivalente a US$ 5,10 bilhões, apesar de uma redução de 23,0% em relação ao ano anterior.

Promovido pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, o evento propiciou um intercâmbio de cooperações e compartilhamento de informações entre os membros das embaixadas estrangeiras envolvidas com assuntos relacionados ao setor agropecuário. No auditório Olacyr de Moraes, o secretário do Mapa, Roberto Perosa, juntamente com sua equipe, apresentou as ações e programas do ministério, destacando as recentes conquistas e os novos mercados abertos para o Brasil. A importância estratégica do país na segurança alimentar global foi ressaltada, assim como os esforços do ministério para apoiar os produtores rurais e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Roberto Perosa enfatizou o papel fundamental do encontro para promover o entendimento mútuo entre os países e destacou os esforços do ministério para fortalecer as relações internacionais e expandir o comércio agrícola brasileiro. Ele destacou a retomada do diálogo produtivo e da diplomacia eficaz sob a liderança do ministro Carlos Fávaro, evidenciando os resultados positivos alcançados, como o aumento das exportações e a abertura de novos mercados. Durante o evento, Luiz Felipe Nastari, diretor da Datagro, apresentou o Global Agribusiness Forum (GAFFFF), um dos maiores eventos de cultura agro do mundo, que ocorrerá em junho. O festival será uma oportunidade para líderes e especialistas discutirem temas como mudanças climáticas na agricultura, segurança alimentar, novas tecnologias e o futuro do setor agropecuário mundial. Os representantes das embaixadas presentes, que incluíram países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Argentina, entre outros, também tiveram a oportunidade de expor as demandas de seus países e discutir possíveis oportunidades de cooperação e negócios com o Brasil. Esse encontro reforça o compromisso do Mapa em promover o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário e fortalecer as relações internacionais do Brasil no campo agrícola.